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12 de dez. de 2007

Após bomba de Argel, Ban promete rever segurança da ONU

Reuters/Brasil Online

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, prometeu na quarta-feira rever a segurança das operações da entidade em todo o mundo, depois do ataque que matou pelo menos 11 funcionários na Argélia.

Os funcionários da entidade estavam entre as vítimas da explosão de dois carros-bomba diante de um prédio da ONU e um do governo, em Argel. O braço norte-africano da Al Qaeda reivindicou a autoria dos ataques, afirmando que eles tinham como alvo "os escravos dos Estados Unidos e da França".

Ban falou à Assembléia Geral da ONU por videoconferência desde Bali, na Indonésia, onde participa da conferência sobre o clima. Ele disse que as bombas foram um "ato repugnante contra indivíduos que servem aos mais elevados ideais da humanidade, sob a bandeira da ONU" e afirmou que se tratou "de um ataque contra todos nós".

O secretário-geral disse ter enviado Kemal Davis, chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que perdeu vários funcionários, à Argélia para supervisionar o apoio às vítimas e suas famílias.

"A segurança e o bem-estar da equipe da ONU está acima de tudo", disse Ban. "Vamos tomar todas as providências para garantir sua segurança, na Argélia e em todos os lugares, a começar por uma revisão imediata de nossas precauções e políticas de segurança."

Ban disse que a entidade já havia reforçado a segurança depois da explosão de uma bomba em Bagdá, em 2003, que matou 22 pessoas, além do chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

"Nossos corajosos homens e mulheres continuam fazendo seu difícil e perigoso trabalho," disse ele. "O ataque de Bagdá não vai nos deter. Nem o ataque mais recente," afirmou Ban à Assembléia Geral, depois do minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

O sindicato de funcionários da ONU pediu na terça-feira uma investigação completa para "determinar se medidas de segurança adequadas estavam em vigor para impedir um ato tão hediondo."

Equipes de socorro ainda buscavam sobreviventes na quarta-feira. O ministro das Relações Exteriores da Argélia, Mourad Medelci, disse à TV Europe 1 que o número oficial de mortos estava em 30, mas na terça-feira uma fonte do Ministério da Saúde tinha falado em 67 mortos.

(Reportagem de Claudia Parsons)

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/12/12/327562564.asp

11 de dez. de 2007

Garibaldi a Virgílio: 'Em torno desta carta não vamos divergir'

Agência Senado

BRASÍLIA - O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), candidato à presidência do Senado, recebeu na noite desta terça-feira a carta com os pressupostos que o PSDB considera necessários para apoiá-lo no cargo. O documento foi entregue pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Garibaldi mais uma vez frisou a necessidade de união para recuperar a credibilidade do Senado.

- Uma coisa é clara: temos um compromisso com a Casa, e tenho certeza que em torno desta carta não vamos divergir - declarou o peemedebista.

A carta pede, além da recuperação da imagem da instituição, que o candidato, ao se eleger, se empenhe para que sejam feitas as reformas política e partidária. Dela consta a defesa de que o presidente da República cumpra as reiteradas promessas de encaminhar ao Congresso a proposta de reforma tributária e de defesa do pacto federativo.

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10 de dez. de 2007

Lisboa afirma que UE está próxima de posição sobre Kosovo

Bruxelas, 10 Dez (Lusa) - O presidente do Conselho de Ministros da União Européia (UE), Luís Amado, afirmou que foi dado "mais um passo" para uma posição convergente entre os 27 países do bloco em relação ao futuro estatuto do Kosovo. A Presidência portuguesa da UE não confirmou se o Chipre é o único Estado-membro do bloco que se recusa a reconhecer de forma coordenada uma eventual proclamação unilateral de independência por parte da província sérvia do Kosovo. "O debate de hoje serviu para desenvolver ainda mais esse processo de convergência de posições, de partidas diferentes em muitos casos, mas que têm vindo a aproximar-se na perspectiva de uma posição comum da UE, que será um instrumento de estabilização fundamental", afirmou o chefe de diplomacia portuguesa. As declarações de Luís Amado foram feitas após uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco. Nesta segunda-feira, o grupo de negociações internacional para o Kosovo (UE, Estados Unidos e Rússia) entregou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o relatório sobre a sua intermediação nas negociações entre as autoridades sérvias e kosovares, que fracassaram. Estatuto Manifestando-se "certo" de que a UE deu "mais um passo" para uma posição comum sobre o estatuto final do Kosovo, Amado afirmou que ainda é preciso dar "mais alguns passos nas próximas semanas". A questão do futuro estatuto do Kosovo, uma das mais sensíveis do panorama político internacional, entra agora numa fase decisiva, mas o momento das grandes decisões deverá acontecer depois do término da presidência portuguesa da União Européia, que se encerra em 31 de dezembro. Apesar da entrega do relatório das negociações entre Belgrado e Pristina, fontes diplomáticas consideram improvável que aconteça proclamação unilateral de independência por parte da província sérvia sem o consentimento da Sérvia aconteça até o final da Presidência portuguesa da UE. Em 19 de dezembro, o estatuto do Kosovo deverá ser discutido no Conselho de Segurança das ONU. Até essa data, a UE deverá manter uma posição relativamente discreta, mesmo com a cúpula de chefes de Estado e de Governo. Na reunião do Conselho de Segurança, deverão ser expostas mais uma vez as divergências existentes na questão. A Rússia apóia a Sérvia, que apenas admite conceder uma autonomia ampliada à sua província, enquanto os Estados Unidos e alguns países europeus apóiam os kosovares albaneses, que não cedem na sua reivindicação de independência. Na ausência da adoção de uma resolução, poderá ser marcada nova reunião para janeiro, e apenas nesse mês as autoridades de Pristina deverão tomar uma decisão, que poderá passar pela definição da data de proclamação unilateral da independência.

Cristina Kirchner assume Presidência argentina com desafios

Por César Illiano

BUENOS AIRES (Reuters) - Cristina Fernández de Kirchner recebeu na segunda-feira, entre lágrimas, a Presidência da República Argentina das mãos de seu marido, Néstor Kirchner.

Diante de líderes de todo o continente no Congresso, Cristina, de 54 anos, jurou "por Deus, pela pátria e os Santos Evangelhos" como primeira mulher eleita nas urnas para presidir a Argentina.

Usando um sóbrio vestido branco, a nova presidente se comprometeu a manter as políticas de seu marido contra a pobreza e disse que seguirá o exemplo de luta de Eva Perón.

"Sempre faltará a vitória definitiva até que haja um pobre na pátria", ressaltou ela no discurso improvisado e de tom severo, em que aproveitou também para estender a mão ao vizinho Uruguai, com quem a Argentina mantém uma disputa diplomática.

De carro, ela percorreu o trajeto que separa o Congresso da Casa Rosada, acenando pela janela a centenas de seguidores.

"Vai ser uma boa presidente, tem uma boa atitude, um caráter forte e vai lutar pelos pobres", disse a dona-de-casa Silvia Sergio, 59 anos, que vive no subúrbio de Buenos Aires.

Cristina chega à presidência depois de uma longa carreira na militância política e de quase duas décadas como parlamentar.

"Isso mostra a mudança de época, as mulheres por fim estão ocupando o lugar que merecem na história latino-americana", disse o presidente do Equador, Rafael Correa.

A nova presidente, que manterá a maioria dos ministros do marido, prometeu preservar o modelo voltado para o consumo doméstico, o que permite à Argentina crescer mais de 8 por cento ao ano desde 2003, embora tenha ressuscitado o risco de inflação, que beira os 9 por cento ao ano.

Segundo cifras oficiais, em cinco anos a pobreza caiu de mais de 54 por cento da população para 23 por cento.

Outro desafio do governo Cristina será o da infra-estrutura, especialmente energética.

AGENDA INTERNACIONAL

Com estreitas relações com o presidente esquerdista da Venezuela, Hugo Chávez, a nova presidente enfrentará o desafio de definir qual será sua relação com os Estados Unidos. O governo de Néstor Kirchner se caracterizou pela discrição em questões internacionais.

Em seu discurso, Cristina mostrou sua proximidade com Chávez ao afirmar que espera que em breve o Congresso brasileiro aprove a adesão da Venezuela ao Mercosul.

Ela também aproveitou a presença de seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, para mandar uma mensagem de conciliação a respeito da disputa entre os dois países por causa da construção de uma fábrica de papel no lado uruguaio da fronteira.

"[O Uruguai] não terá desta presidente um só gesto que aprofunde as diferenças que temos", disse ela. "Mas também com a mesma sinceridade quero lhe dizer que esta situação que hoje atravessamos não é imputável a nós."

A nova presidente também se comprometeu a colaborar com a Colômbia pela libertação de reféns da guerrilha Farc, entre os quais está a ex-candidata colombiana a presidente Ingrid Betancourt.

(Reportagem de César Illiano, com a colaboração de Karina Grazina, Damian Wroclavsky e Lucas Bergman, texto de Alejandro Lifschitz)

Uribe confirma intenção da Colômbia de aderir ao Banco do Sul

da Efe, em Bogotá

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, confirmou nesta segunda-feira em Buenos Aires a "vontade" de seu país de aderir ao Banco do Sul, cuja ata de fundação foi assinada este domingo na capital argentina.

"Nossa vontade é que a Colômbia se some ao Banco do Sul", disse o colombiano em entrevista coletiva após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uribe está em Buenos Aires para a posse de Cristina Fernández como presidente da Argentina. Ele se diferenciou da proposta de seus colegas da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, sobre a possibilidade que os membros do Banco do Sul contribuam com reservas depositadas no exterior.

"A Colômbia não pode fornecer dinheiro das reservas já que estas pertencem ao Banco Central, que é autônomo, mas deverá utilizar só dinheiro do orçamento", explicou Uribe.

Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e Venezuela assinaram ontem em Buenos Aires a ata de fundação do Banco do Sul, que também terá o Uruguai. A instituição foi criada com o objetivo de fomentar o desenvolvimento regional da América do Sul.

A ata de criação da nova entidade --que terá sede em Caracas e sub-sedes em Buenos Aires e La Paz-- foi assinada pelos presidentes Lula, Correa e Chávez, assim como por seus colegas da Bolívia, Evo Morales, do Paraguai, Nicanor Duarte, e o agora ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner.

Espera-se que o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, representado no ato por seu embaixador em Buenos Aires, Francisco Bustillo, assine a ata hoje.

9 de dez. de 2007

Ônibus espacial Atlantis só vai voar em janeiro, diz Nasa

Espaçonave voltou a enfrentar problemas durante processo de abastecimento. Agência espacial decidiu que, depois dessa, missão só será conduzida após Ano Novo.
Do G1, em São Paulo

A Nasa adiou mais uma vez o lançamento do ônibus espacial Atlantis, iniciativa que empurrou a missão para o início do ano que vem. O vôo deveria ter começado neste domingo (9), após dois adiamentos, mas uma nova falha em um dos sensores do tanque de combustível externo impediu a tentativa.

Foto: Nasa
Ônibus espacial Atlantis repousa na plataforma, esperando lançamento (Foto: Nasa)

A agência espacial americana tem tido problemas com esses sensores -- responsáveis por indicar o nível de combustível no tanque -- desde o retorno aos vôos após o acidente do Columbia, em 2005.

Os engenheiros não fazem idéia do porquê das falhas constantes dos sensores (são quatro, no total). Em geral, elas acontecem de forma intermitente. Quando dois deles falharam durante o abastecimento na quinta-feira, a Nasa promoveu o primeiro adiamento. O segundo ocorreu no sábado, transferindo o vôo para o domingo -- quando uma nova falha de um dos sensores ocorreu.

O Atlantis tinha a responsabilidade de realizar a última missão dos ônibus no ano, levando o módulo-laboratório europeu Columbus à Estação Espacial Internacional. Agora, com o adiamento, a agenda da Nasa fica ainda mais apertada para concluir a montagem do complexo até o fim de 2010, data em que os veículos americanos serão aposentados.