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17 de novembro de 2017

Mártires no império (XVI)





3.18. Mártires a não mais acabar - Martiri a non finire No mesmo ano 250, na Ásia Menor, foi martirizado Acácio, bispo de Antioquia da Psídia, que teria sido enganado pelo legado do imperador Décio: - Vives sob a lei romana; amas, então, os nossos príncipes.

- Ninguém ama o imperador mais do que nós - respondeu Acácio - que dirigimos a Deus constantes orações pela sua longa vida de governo justo dos povos na paz; oramos também pela salvação dos saldados e pela prosperidade do império e do mundo, mas o imperador não pode exigir que nós que aos deuses sacrifiquemos.

Máximo, homem do povo, que exercia o pequeno comércio, preso e lavado diante do procônsul da Ásia, suportou as torturas em nome do Senhor, achando-as doces como bálsamo em relação às eternas.

- Se fosse infiel aos mandamentos do meu Senhor - dizia - se não seguisse o Evangelho, perderia a minha vida... não sinto nem as chicotadas, nem as unhas de ferro, nem o fogo, pois está em mim a graça de Cristo.

Em Nicomédia (ainda na Ásia Menor) entre 250 e 251 foram queimados vivos Luciano, que, de antigo "perseguidor", tornara-se "pregador", e Marciano, que já havia adorado deuses falsos e se tinha convertido ao culto do Deus verdadeiro.

3.19. Martírio de Conão Na Panfília (Ásia Menor) foi martirizado o velho Conão, "servo de Cristo, sem malícia, alma simples". O governador: Diz-me, grande homem, de onde és? Quem são os teus pais, e qual o teu nome? Conão: Sou de Nazaré da Galiléia, mas não tenho parentela com o Cristo, que nós reconhecemos como Deus do universo e a quem servimos de pai para filho.

O tirano: Se reconheces o Cristo, porque não reconhecer os nossos deuses? Conão: Que descaramento blasfemar assim contra o Deus do universo! O tirano, então, ordenou que o fizessem correr com os pés presos ao seu carro, enquanto era chicoteado por dois soldados; ele, porém, não opunha resistência, mas cantava as palavras do salmo.


- Coloquei toda a minha esperança no senhor, que se curva para mim e escuta a minha oração. Perdidas as forças, caiu elevando os olhos ao Mestre: - Senhor Jesus Cristo, recebe a minha alma... Depois, entregou a alma a Deus.


Organizado e publicado por
Domingos Teixeira Costa