Pelo
menos 36 civis foram hoje mortos pelas forças de segurança na
Síria durante manifestações pela imposição de uma zona de
exclusão aérea destinada a pôr fim à sangrenta repressão dos
protestos. (Veja vídeo em inglês no final do texto)Clique para visitar o dossiê Revoltas no Magrebe e no
Médio Oriente
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Forças de segurança mataram hoje 36 civis na Síria. Os
confrontos ocorreram durante várias manifestações a favor da imposição de uma
zona de exclusão aérea destinada a pôr fim à sangrenta repressão dos protestos,
que desde março já fez 3000 mortos.
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Os ativistas da oposição apelaram na rede social Facebook para a
realização de manifestações hoje a favor de "uma zona de exclusão aérea", à
imagem da que foi imposta na Líbia.
"Apelamos à comunidade internacional para impor uma zona de
exclusão aérea para permitir ao "exército sírio livre" trabalhar com mais
liberdade", refere a página dos ativistas no Facebook.
O denominado "exército sírio livre" é uma força armada da
oposição cuja criação foi anunciada em julho pelo coronel Riad al-Asaad, que
desertou e se refugiou na Turquia. As deserções e confrontos entre militares e
os que deixaram as fileiras aumentaram nas últimas semanas.
Autoridades disparam contra manifestantes
As forças de segurança dispararam balas reais para dispersar
manifestantes em Homs e Hama, dois focos de contestação ao regime.
"Oito civis foram mortos em diversos bairros da cidade de Hama,
20 na cidade de Homs e um civil em Qousseir, na região de Homs", onde há várias
semanas decorrem operações do exército sírio, indicou em comunicado o
Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Um civil foi igualmente morto e dez ficaram feridos por disparos
das forças de segurança em Tsil, na província de Deraa (sul).
Em Homs, tiveram lugar várias manifestações após as orações do
meio-dia, em particular no bairro de Deir Balaa, onde perto de 20 mil pessoas
desfilaram pedindo o fim do regime do Presidente Bashar al-Assad, segundo
ativistas.
Em Hama, ocorreram confrontos entre alegados desertores e
elementos das forças da ordem.
No noroeste, as forças armadas e de segurança detiveram 13
pessoas na província de Idleb, perto da fronteira turca, de acordo com o
OSDH.
Na mesma região, "o funeral de um soldado desertor
transformou-se, em Maaret al-Nomaane, numa importante manifestação" contra o
regime, indicou o observatório.
Segundo a ONU, a repressão na Síria já fez cerca de 3000 mortos
desde que a vaga de contestação teve início, em meados de março.
40 detidos em Damasco
Em Damasco, apesar do destacamento maciço de forças de segurança,
dezenas de jovens desfilaram pela liberdade no bairro de Barzé. Mais de 40 foram
detidos, indicou o OSDH.
Segundo os comités de coordenação local, que organizam as
manifestações no terreno, agentes de segurança cercaram as mesquitas no bairro
histórico de Salhié, no centro da capital, para impedir as manifestações.
Na Síria, as concentrações anti-Assad realizam-se em geral à
saída das mesquitas e principalmente à sexta-feira.
ONU pode intervir
A nível internacional, o embaixador francês junto da ONU, Gérard
Araud, declarou ontem que os 15 países membros do Conselho de Segurança podem
reunir-se para uma nova iniciativa sobre a Síria.
"Estamos horrorizados com o que se passa na Síria. As promessas
de reformas não levam a nada", disse Araud aos jornalistas.
No início de outubro, a China e a Rússia impediram a aprovação de
uma resolução com a ameaça de sanções a Damasco.
A Lituânia anunciou hoje que ficam impedidos de entrar no seu
espaço aéreo os aviões sírios com destino ou provenientes do enclave russo de
Kalinegrado, receando que estes voos sejam utilizados para transportar material
militar.
A Espanha convocou hoje o embaixador da Síria em Madrid depois de
opositores sírios residentes no país se queixarem de intimidação por parte da
embaixada.
A repressão por parte das autoridades sírias foi hoje condenada
por ativistas indonésios que realizaram uma marcha em Jacarta. Houve também
manifestações no Sudão, de solidariedade para com o povo sírio.
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