Os sonhos de José ainda em Canaã,
foram revelações de Deus para a descendência de Abraão em meio as nações da
época, de imediato, foram utilizados por seus irmãos como instrumentos de ciúmes
e perseguições ao sonhador, mas também foi sombra para futuras revelações de
Deus a todos os povos da terra. Tendo em vista que o segundo sonho tem uma
semelhança com o capítulo 12 do Livro de Apocalipse (Gn 37.5-10 Ap 12.1-18),
que trás detalhes para os nossos dias, no mundo inteiro, assim como foi para
Canaã e África naquela época.
O primeiro sonho apontava para uma
situação futura que se abateria sobre José e sua família, onde ele seria mais
importante que seus irmãos, diante do qual todos eles se curvariam em um futuro
muito próximo. O fato cumpriu-se no Egito, diante da fome que atingiu a África
e Oriente Médio.
No segundo sonho, José via que o sol,
a lua e as estrelas, se curvavam a ele. Seus irmãos desde o sonho anterior já
ficaram enciumados, e logo entenderam que seu pai era representado pelo sol,
sua mãe pela lua, e eles pelas estrelas. Como se fosse possível evitar o futuro,
imaginaram tirar a vida do sonhador, como se isso fosse a solução que evitaria o
cumprimento do que já estava determinado por Deus, porém, o sonho não foi uma
criação de José, veio de Deus, como aviso, e querendo o Senhor, quem poderá
impedi-lo? Ninguém o poderá.
Certo dia Seu irmãos decidiram matar a
José, mas a ideia não era igual em todos, porém, precisavam livrar-se do rapaz
que já era de dezessete anos de idade (Gn 37.2). Então resolveram vede-lo. O
jovem foi parar em uma prisão no Egito, os sonhos se cumpriram e José salvou a
eles e seu pai, da fome que veio sobre os povos da época, e a descendência de
Abraão prosperou e habitou no Egito durante quatrocentos e trinta anos (Ex
12.40,41), e tornou-se uma grande nação sobre a terra, como projeto de Deus
para o mundo, de geração em geração, até ao fim da humanidade.
Em Apocalipse capítulo doze estar
escrito: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a
lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E
estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à
luz.” Quanto a este texto, entendo que a mulher durante certo tempo represente
a nação de Israel, e depois o simbolismo seja duplo: O povo hebreu e a Igreja
do Deus Eterno.
Se tratando de Israel como nação; vai
desde a saída do Egito até o triunfar de Jesus sobre a morte. Daí até a volta
de Jesus, se trata da Igreja.
A
mulher vestida do sol, em Apocalipse doze, não se pode negar que não seja a
nação de Israel. Criada por Deus para trazer luz ao mundo, para revelar as
grandezas de Deus a todas as nações da terra, a fim de que os povos conhecessem
através deles a vontade do Deus eterno para com a humanidade.
Seu
posicionamento tendo a Lua debaixo dos pés, isto indica o propósito de Deus de formar
a nação, firmada na lei e no conhecimento dos mandamentos e promessas de Deus. Tendo-se
em mente que a Lua não tem luz própria e apenas reflete a luz que recebe do
Sol, assim era a lei de Moisés, considerando-se o que escreve o autor da carta
aos hebreus: "PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem
exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem
cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam." (He 10.1). As doze
estrelas sobre a cabeça da mulher; simbolizam a nação, que é formada por doze
tribos geradas dos doze filhos de Jacó, são eles as estrelas da nação
descendente de Abraão como promessa de Deus em Canaã. A nação foi estabelecida
e protegida por Deus, em especial, entre as demais da terra, para que por ela a
luz de Deus brilhasse, e o mundo conhecesse seu Criador.
O
texto diz que a mulher estava grávida, e gritava com as dores do parto,
sofrendo tormentos para dar à luz Ap 12.2. No verso 5 a mulher dar a luz
conforme está escrito: “E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as
nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu
trono.”
Quando
contextuamos o tema, não encontramos dificuldade alguma diante do que estar
escrito no salmo 2.6-9 “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.
Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua
possessão. Tu os esmigalharás com uma
vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.”
Em Oséias 5.2-4 o profeta diz: ”Mas tu, Belém
Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me
sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até o tempo em que
a que está de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos voltará aos
filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará o povo na força do Senhor,
na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora ele
será grande até os fins da terra.”
Estar registrado em Ap 2. 25-27
“mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei
autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo
como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu
Pai;” o nosso Senhor dar direito aos santos de juntamente com ele também
regerem as nações com vara de ferro (I Co 6.2 Ap 3.21). "E da sua
boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com
vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do
Deus Todo-Poderoso." (Ap 19. 15).
O
verso 5 diz que a mulher deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as
nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu
trono. Isto é certo, o filho da mulher é Jesus, ele após a ressurreição
realmente voltou para seu trono e de lá voltará para arrebatar sua Igreja e
imediatamente com ela ao seu lado julgará as nações pelas impiedades que
cometeram, rejeitando o Evangelho da salvação.
A
mulher permaneceu grávida até o nascimento de Jesus, o Messias de Deus. Quando o
filho da mulher retorna para seu trono, finda a primeira parte da história da
nação de Israel. A ida da mulher para o deserto depois que o filho dela volta
para Deus, é o começo da segunda parte da história do povo de Israel, por que a
salvação vem dos judeus (Jo 4.22). Ela vai para o deserto cumprindo parte do
processo determinado por Deus a respeito dela.
A
segunda parte desta história consta também de outro sinal que surge no céu. Era
um grande dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres e sete diademas. A
calda dele lançou por terra um terço das estrelas do céu, e parou diante da
mulher, para devorar seu filho ao nascer. O diabo enganou-se, Jesus nasceu e
não foi devorado polo dragão, fez a obra recomendada por seu Pai, indo ao
Calvário, ofereceu-se por mim, e por ti também. Esta perseguição aconteceu do
início da nação hebráica e foi até a ascensão de Jesus para seu trono
celestial.
Deste
ponto em diante, diz o versículo seis que a mulher fugiu para o deserto, onde
já havia lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil
duzentos e sessenta dias. Depois da ascensão do Senhor Jesus para o Pai o povo
do príncipe que há de vir (da besta) Dn 9.26, veio e destruiu o templo e
Jerusalém e a Diáspora expulsou Israel de sua terra até o ano de 1948. Esta foi
a fuga da mulher para o deserto, e que deserto! De repente, ficar sem pátria
sendo expulso para o meio de todas as nações da terra. Acabou-se a perseguição
à nação, o povo hebreu estava agora sem pátria, guardado conforme os versículos
6 e 14, fora da vista da serpente sustentada e guardada por Deus. No verso 15
diz que a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, lançou da sua boca,
atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela
corrente. Entendo que isto significa; que a serpente incitou as nações a
destruir o povo hebreu, como entre outros casos, sito o mais próximo; a segunda
guerra mundial que eliminou da terra a vida de milhões de hebreus e cristãos. O
domínio dessa situação, veio pela mão das nações vencedoras da segunda guerra
mundial, em 1945, e quase três anos mais tarde, em maio de 1948, o povo hebreu
tem o seu território de volta. O versículo 16; diz que a terra abriu sua boca e
tragou o rio que a serpente lançara atrás da mulher; a perseguição a um povo
sem pátria. Terminada esta fase, e vem a terceira parte da história de Israel.
A
terceira e ultima parte da história de Israel, é também a última desta
dispensação do mundo. Começa com Israel possuindo e administrado novamente sua
Pátria. Como o dragão sempre imprimiu ataques e carnificina a Israel, agora
inclui também à Igreja de Deus, o corpo de Cristo na terra.
Cristo
nunca deixou de ser perseguido aqui na terra (At 9.4,5). Enquanto durar esta
dispensação, sempre haverá perseguição, guerras, e opressão aos mais fracos, e
aos pobres, por isso o profeta diz: “E este será a nossa paz. Quando a Assíria
entrar em nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, então suscitaremos
contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens. Esses consumirão a
terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim ele
nos livrará da Assíria, quando entrar em nossa terra, e quando calcar os nossos
termos. E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte
do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda a
filhos de homens. Também o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de
muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leão novo entre
os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que
haja quem as livre. A tua mão será exaltada sobre os teus adversários e serão
exterminados todos os seus inimigos”. (Mq 5.5-9).
O
verso 17 diz que o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos
demais filhos dela. Desta vez, a guerra não é só contra o povo hebreu, mas
alcança também a Igreja de Deus, por professar o nome de Jesus o nazareno, e guardar
os mandamentos de Deus, e manterem o testemunho de Jesus. Ele mesmo disse: “Vós
adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação
vem dos judeus.” Adoramos a Jesus e resistimos o reinado do anti-cristo, o
príncipe que virá segundo a eficácia de satanás, esse é oitavo rei Ap 17.11),
ele tem apoio no mundo inteiro, mas não alcançará a todos, em todas as nações,
porque quando Jesus chegar à terra matará todos os ímpios, e os que receberam a
marca da besta, e de todas as nações da terra muitas pessoas serão galardoadas com
o direito de continuar com vida, para ingressar no Milênio, e só os que não receberam
algum sinal ou marca da besta, serão agraciados com o direito de continuarem
com a vida sobre a terra e ingressarão na nova dispensação. Ao contrário, todos
os que receberem a marca, nome ou sinal da besta serão mortos pela espada que
sai da boca do Cordeiro que foi morto, mas, está vivo. Ele, no fim da grande
tribulação arrebatará sua Igreja e ao seu lado governar as nações com vara de
fero verso 5, porém, antes limpará da terra a maldade de todos os tempos.
Este
é um simples relato histórico, para a humanidade tomar conhecimento de uma
realidade que nunca quis saber, onde tudo é decidido pela justiça divina, o juízo
será praticado pelo homem Jesus, o qual foi o mais injustiçado nesta terra.
A
nova dispensação começa no fim desta, com as pessoas que passaram no crivo da
justiça para entrarem e viverem na nova dispensação, com o dever se cultivar a
terra e servir a Deus, bem distante das maldades que existiram nas dispensações
anteriores, qualquer coisa parecida com elas, é morte certa, as pessoas nesse
tempo viverão coma as arvores.
Não
haverá mais guerra entre as nações, satanás estará preso, e não poderá afetar
os homens com seu mau. O desejo da humanidade será servir àquele que os preservou
com vida para ele mesmo.
Quanto
ao Milênio, é a última dispensação da humanidade na terra. Quando chegar o
tempo do fim, satanás será solto e tentará novamente a humanidade e enganará a
muitos dos habitantes da terra, e pelo fogo que desce de Deus o Eterno, eliminará
os que cederem ao engano de satanás. E Deus fará novo céu e nova terra, onde
habita a justiça para sempre, eternamente.
Domingos
Teixeira Costa