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6 de out. de 2007

Venus Williams sofre derrota surpreendente em Tóquio

Por Alastair Himmer

TÓQUIO (Reuters) - A campeã de Wimbledon, Venus Williams, sofreu neste sábado uma derrota surpreendente na final do Aberto do Japão, perdendo por 2 sets a 1 (4/6, 7/6 e 6/4) para a francesa Virgine Razzano. A final masculina será jogada pelo espanhol David Ferrer e o francês Richard Gasquet.

Williams, cabeça-de-chave número 1 do torneio e vencedora do Aberto da Coréia, da semana passada, desperdiçou três match points no segundo set e permitiu Razzano empatar a partida.

A tenista norte-americana, que buscava o seu 37o. título na carreira, pediu um tempo durante o jogo para tratar de uma contusão em sua coxa direita, mas isso não fez diferença alguma.

A tenacidade de Razzano lhe garantiu a vantagem em 5/4 no terceiro set, e a francesa selou a derrota de Williams ao forçar a norte-americana a dar outro de seus forehands selvagens, em duas horas e 48 minutos de partida.

"Minha perna começou a me incomodar no primeiro set e então você percebe que vai doer durante todo o jogo", disse a ex-número um do mundo após a partida.

"Decidi jogar porque eu queria vencer e não me arrependo. Mas no terceiro set, quando fui sacar, não conseguia levantar minha perna."

Williams elogiou a determinação de Razzano em salvar três match points no jogo.

"Ela jogou bem em todos os momentos certos", afirmou ela, que até então conquistara 19 das 21 partidas que jogou desde que venceu o seu sexto título de grand slam em Wimbledon.

"Parabéns a ela. Definitivamente é uma boa forma de se terminar o ano."

VITÓRIA IMPORTANTE

A vitória de Razzano deu a ela o seu segundo título do circuito feminino de tênis, apenas uma semana depois de conquistar o título em Guangzhou.

"Eu nunca senti que a partida estava perdida, mesmo com três match points contra mim", disse a tenista de 24 anos que, com o resultado em Tóquio, deverá subir no ranking para o top 30 pela primeira vez na carreira.

"Eu joguei o meu melhor tênis naqueles momentos difíceis. Tentei jogar de forma simples e me manter agressiva. Funcionou para mim."

No torneio masculino, Ferrer e Gasquet chegaram à final com vitórias idênticas --2 sets a 0, com parciais de 7/6 e 6/3.

Ferrer, que chegou à sua primeira semifinal de um torneio de grand slam no Aberto dos Estados Unidos deste ano, derrotou o croata Ivo Karlovic e seu potente saque.

"É muito difícil quando Karlovic está sacando porque ele tem o melhor saque do circuito", afirmou o espanhol, atualmente em oitavo lugar no ranking mundial.

"Eu talvez tenha tido sorte nos momentos importantes."

Gasquet, terceiro cabeça-de-chave, ganhou o direito de enfrentar Ferrer na final de domingo, que dará prêmios de 832 mil dólares, depois de vencer Tomas Berdych, da República Tcheca.

Brasil tem novo risco de apagão elétrico

Zulmira FurbinoDo Estado de Minas

06/10/200708h30-O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, admitiu na sexta-feira que o país poderá passar por novo racionamento de energia elétrica nos próximos anos. Durante palestra na Câmara de Comércio França-Brasil, ele afirmou que, se vier a ocorrer, o apagão vai atingir apenas os consumidores livres, ou seja , o bloco de 600 grupos empresariais de consumo intensivo, que compram e vendem o insumo no mercado livre e que respondem por cerca de 30% de toda a energia consumida no país. Os outros consumidores, incluindo os residenciais, ficariam de fora. “Espero que o país não venha a precisar fazer corte de energia como observado em 2001. Mas, se for necessário, ficará restrito aos consumidores livres”, afirmou.

O governo trabalha com um risco de 5% de racionamento em 2011, mas estudos do Instituto Acende Brasil apontam para uma chance 3,4 vezes maior: 22%. De acordo com o professor de Pesquisa Energética (Coope) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, desde o racionamento, em 2001, os grandes grupos que atuam no mercado livre se beneficiaram da energia barata pós-apagão e lucram com isso até hoje, comprando e vendendo energia de várias maneiras.

“Estão quase sempre ligados a grandes distribuidoras e desestabilizam o mercado porque seus contratos não estão sob o controle do governo”, explica. Mas, segundo o especialista, mesmo que o apagão fique restrito a essas empresas, toda a sociedade pagará caro por ele.

“Um apagão assim iria estrangular a economia, causando queda do crescimento e desemprego”, diz Rosa. Segundo ele, os empresários mais pessimistas apostam que o apagão vai ocorrer em 2009. Os mais otimistas falam em 2010. “Se, nesse período, o crescimento econômico ultrapassar a barreira dos 5%, esse processo se acelera”, sustenta.

Para Cláudio Sales, presidente do Acende Brasil, o risco de racionamento em 2011 é grande e pode aumentar ainda mais, caso os planos do governo federal para garantir o suprimento no Brasil sofram algum tipo de revés. Nos cálculos dele, para um cenário de crescimento econômico de 4,8%, o risco permanece nesse patamar, sem aumentar, caso não haja qualquer atraso nas usinas previstas para entrar em operação e o compromisso da Petrobras de trazer Gás Natural Liquefeito (GNL) do exterior para abastecer as termelétricas seja rigorosamente cumprido – além de o programa de incentivo de fontes alternativas, com capacidade de geração de 3.100 Mwmédios, também saia do papel. “Nesse cenário, o risco de decretar racionamento é de 22%, quando o aceitável é de 5%”, observa.

Durante sua palestra, o diretor-geral da Aneel disse que a questão do gás natural na matriz energética brasileira é um “assunto que está sendo resolvido". Ele lembrou que a entidade entrou em conflito com a Petrobras quando constatou que não havia gás suficiente para as usinas térmicas movidas a gás natural.

"Olhando para trás, vejo que a nossa posição de exigir que o fornecedor (a Petrobras) garantisse o gás para as térmicas estava certa. O gás está aparecendo. Para nós, de nada adianta um carro sem combustível”, comparou.

5 de out. de 2007

Ataque americano faz 25 mortos e 40 feridos no Iraque

Um ataque aéreo das forças dos Estados Unidos no Iraque fez 25 mortos e 40 feridos, entre os quais mulheres e crianças, hoje a norte de Bagdad.

O ataque foi desencadeado contra a aldeia de Al-Jaysani, no sector de Baqouba, 60 km a norte da capital, disse o general Khoudair al-Tmimi, responsável da polícia iraquiana na região que deu a notícia à AFP.

Por seu lado, o Exército americano afirmou ter morto cerca de 25 “criminosos” durante uma operação hoje próxima da localidade de Khalis, a norte de Baqouba, visando células apoiadas pelo Irão. O comandante americano localizou a operação, numa mensagem de correio electrónico enviada à AFP, perto da cidade de Hadid, situada mais de 20 km a sul de Al-Jaysani, uma cidade por sua vez situada a sudoeste de Khalis.

Fabrizio Bensch/Reuters Os americanos dizem que foram alvejados no terreno e que recorreram a apoia aéreo

O comandante americano explicou que os militares foram alvejados por um grupo armado quando conduziam uma operação no terreno que “visava um comando de ‘grupos especiais’ ligados a membros dos Guardas da Revolução iranianos implicados em actividades criminosas e em movimentos de armas vindas do Irão”.

Depois, “interveio apoio aéreo, matando cerca de 25 criminosos e destruindo dois edifícios”, disse ainda.

Paquistão:Resultados divulgados após decisão sobre Musharraf

O Supremo Tribunal do Paquistão autorizou hoje a realização de presidenciais, sábado, mas proibiu a divulgação de resultados antes de o colectivo se pronunciar sobre a legalidade da candidatura do chefe de Estado cessante Pervez Musharraf.

A mais alta jurisdição do país considerou aceitável a candidatura do Pervez Musharraf, há uma semana, mas dois candidatos da oposição interpuseram recurso contra a decisão.

A oposição e a Ordem dos Advogados tinham apresentado recursos invocando a Constituição que, segundo alegam, proíbe Musharraf de participar nas eleições se este não se demitir previamente das funções de comandante das Forças Armadas, cargo que ocupa desde que assumiu o poder, em Outubro de 1999, num golpe de Estado, sem derramamento de sangue.

Musharraf prometeu abandonar essas funções se sábado sair vencedor das eleições presidenciais.

Os juízes do Supremo decidiram «por unanimidade que o processo eleitoral deve realizar-se conforme previsto», anunciou o magistrado Javed Iqbal, que presidiu à audiência de hoje. «Mas os resultados definitivos sobre o candidato cessante só serão divulgados depois do julgamento (do Tribunal) sobre os recursos para os quais as audiências começarão a 17 de Outubro», afirmou.

Diário Digital / Lusa

4 de out. de 2007

Vídeo de milícia albanesa faz aumentar tensão no Kosovo

Numa altura em que a comunidade internacional debate o futuro estatuto do Kosovo, um vídeo veio fazer aumentar a tensão.Ontem, a televisão pública do Kosovo difundiu uma reportagem com guerrilheiros albaneses que dizem estar prontos a combater pela independência da província. As imagens mostram os homens armados no município de Podujeva, em plena patrulha de uma das mais importantes auto-estradas da província.

O líder do grupo fala de novas ameaças vindas da Sérvia e garante fazer parte do Exército Nacional Albanês (ANA), uma milícia qualificada de terrorista pela missão da ONU e com insígnias semelhantes ao UCK, a guerrilha que lutou contra o exército sérvio entre 1998-1999.

Há oito anos que a província sérvia de maioria albanesa é administrada pela ONU. A alteração do estatuto está em debate, com Belgrado e a Rússia a oporem-se à proposta de independência, desejada pelos albaneses.

A NATO, que tem no terreno 16 mil soldados, reagiu. O porta-voz da KFOR, Beatrant Bornneau, considera o vídeo desapropriado e ameaça tratar como criminosos os membros da milícia.

A reacção da Sérvia não tardou. Belgrado descarta a hipótese de enviar de novo o exército para o Kosovo, mas defende a mobilização de polícias para proteger os 120 mil membros da minoria sérvia. Os nacionalistas esses estão prontos a pegar nas armas.

Relatores do STF rejeitam devolução de mandatos

Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - No julgamento sobre fidelidade partidária pelo Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, a ministra Cármem Lucia Antunes Rocha decidiu que sete mandatos de deputados reinvidicados pelo partido Democratas não serão devolvidos à legenda.

Apenas um caso ficou pendente de definição já que a ministra sugeriu que o Tribunal Superior Eleitoral defina a situação de um parlamentar.

Como relatora da ação do Democratas, que requer a devolução dos mandatos dos deputados do partido que mudaram de legenda, Cármen Lucia afirmou que os sete não perdem o mandato porque mudaram de partido antes de 27 de março, quando o TSE decidiu que os mandatos pertencem aos partidos e coligações pelas quais se elegeram, e não aos candidatos eleitos.

Como a deputada Jusmari Oliveira (BA) deixou o DEM rumo ao PR em 2 de abril, a ministra repassou a decisão ao TSE.

Antes dela, os dois relatores dos mandados de segurança impetrados no STF por PSDB e PPS para reaverem os mandatos de deputados que deixaram os partidos, indeferiram as ações. O plenário do tribunal faz em seguida a votação final, que pode ou não seguir os relatores.

No total, 23 deputados dos três partidos deixaram suas legendas. Pelo voto dos três ministros, 22 deputados que deixaram o PSDB, o PPS e o DEM não perdem seus mandatos, ficando apenas um caso pendente.

Celso de Mello indeferiu a ação do PSDB por falta de marco, e sugeriu a data de 27 de março como parâmetro para a perda de mandato de parlamentares infiéis. Como nenhum dos sete deputados tucanos deixou o partido após a decisão do TSE, eles não teriam que devolver os mandatos.

Na prática, o voto de Mello determina que a resolução de questões do gênero deve se dar na Justiça Eleitoral, a qual partidos e parlamentares podem recorrer.

"Torna-se necessário assegurar ao deputado, nos casos em que se justificar (...), o direito de resguardar a titularidade do mandato", argumentou o ministro.