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18 de nov. de 2007

Mais de 60 mortos confirmados numa mina de carvão na Ucrânia

Pelo menos 63 mineiros morreram e 37 são dados como desaparecidos após uma explosão ocorrida hoje numa mina de carvão em Donetsk, na Ucrânia, segundo o último balanço avançado pelo Ministério das Situações de Emergência.

A mesma fonte indicou que 28 dos mais de 360 mineiros já resgatados da mina foram hospitalizados, continuando as operações de socorro na exploração de carvão, onde estão 37 equipas formadas por bombeiros e médicos.

O incêndio, que se seguiu à explosão, registada às 03h11 locais (01h11 em Lisboa), foi localizado esta tarde, segundo o vice-primeiro-ministro Andri Kliouev, responsável pela comissão governamental criada para acompanhar o incidente, que se encontra já em Donetsk, Este da Ucrânia.

Andri Kliouev admitiu à agência Interfax que “é provável” que sejam encontrados sobreviventes entre os mineiros que são dados como desaparecidos desde o incidente, que ocorreu numa altura em que se encontravam 456 mineiros a trabalhar no interior da mina de carvão Zasiadko, uma das mais importantes da Ucrânia.

Centenas de familiares dos mineiros encontram-se junto à entrada da mina, aguardando informações sobre os trabalhadores.

O primeiro-ministro ucraniano, Victor Ianukovitch, natural da região de Donetsk, já se encontra no local, estando prevista a chegada do Presidente Victor Iuchtchenko amanhã. “Chore e sofro com todo o país”, afirmou o chefe de Estado numa mensagem de condolências enviada às famílias das vítimas. Iuchtchenko criticou ainda o Governo, acusando-o de realizar “esforços insuficientes” para modernizar e tornar segura a indústria mineira.

O governador de Donetsk decretou três dias de luto na região.

17 de nov. de 2007

Chávez exige desculpas do rei para normalizar laços com Espanha

CARACAS (Reuters) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse na sexta-feira que a Espanha pode pôr fim à escalada de uma disputa que ameaça bilhões de dólares em investimentos se o rei espanhol se desculpar por tê-lo mandado se calar durante a cúpula Ibero-Americana.

Embora Chávez já tenha exigido anteriormente um pedido de desculpas do rei Juan Carlos, foi a primeira vez que ele vinculou o pedido de desculpas real ao fim da disputa entre os dois países.

"Eles me enviaram uma série de mensagens de todas as maneiras de que não querem que isso se torne um problema. Bem, então eles deviam colocar as coisas em seus devidos lugares", disse Chávez, numa entrevista à televisão estatal. "O mínimo que eu espero do rei (...) é que apresente algum tipo de desculpas."

"Eu não quero tornar as coisas mais sérias, mas o rei ou o governo da Espanha têm que, de alguma forma, reconhecer que são eles que estão errados", acrescentou.

A Espanha tem buscado diminuir as tensões por canais diplomáticos, mas afirma que o respeito mútuo, mais do que culpar o rei, é a maneira de acabar o incidente.

Chávez ameaçou reconsiderar as relações empresariais e diplomáticas com a ex-potência colonial. Ele alertou que analisará com cuidado os negócios de empresas espanholas, que investiram 2,4 bilhões de dólares na Venezuela desde a chegada de Chávez no poder em 1999.

do Site: http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN1641929920071116

Renan renunciará em troca de apoio do PT

FELIPE SELIGMANda Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), espera receber uma garantia do governo Lula de que os senadores petistas votarão em seu favor, na próxima quinta-feira, quando o plenário da Casa analisará o pedido de cassação do senador por quebra de decoro no caso de sociedade em rádios de Alagoas.

Tal apoio, de acordo com senadores próximos a Renan, deve ser costurado em duas etapas: a primeira, e mais imediata, é renunciar até quarta-feira ao cargo de presidente da Casa.

Conforme a Folha publicou ontem, o senador foi aconselhado por aliados a sair antes da votação que pode deixá-lo inelegível até 2019, quando terá 63 anos. O argumento é que, se deixar para renunciar no dia seguinte, acirraria os ânimos da oposição, receosa de que, livre da cassação, Renan possa voltar à presidência. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-PI), um dos poucos que compareceram ontem ao Senado, avalia que tal antecipação seria um "gesto simpático". CPMF

O segundo momento, e mais significativo para o governo, seria a promessa de que sua "tropa de choque" votaria a favor da CPMF. Isso porque, se cassado, Renan não teria muito esforço para conseguir levar ao menos seis senadores para o lado contrário à prorrogação, o que poderia por um fim definitivo a tal arrecadação.

Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que afirma ser contra a CPMF, essas negociações mostram que o Senado não tem "mais nenhum compromisso com a sociedade e com a dignidade do país".

"Hoje em dia, só aprovam assim: Renan e o grupo dele apóiam a CPMF e, em troca, o governo garante a sua absolvição", disse Simon: "Lamentavelmente, alguns podem ter preço. Eu não tenho".

Além do caso Renan, o Planalto também deverá se deparar, na semana que vem, com outro problema: o mal-estar gerado com a substituição de Mozarildo Cavalcanti na CCJ do Senado poderá tirar o PTB da base do governo. Cavalcanti, que ontem se referiu à CPMF como 'imposto mentiroso", foi substituído com um suposto aval de sua bancada. "A senadora Ideli [Salvatti (PT-SC), líder do partido no Senado] me disse que havia conversado com todos os líderes, inclusive com o do meu partido. Mas depois me informaram que isso nunca aconteceu", disse.

A bancada do PTB deve se reunir na próxima terça-feira para discutir sua permanência na base. O encontro antecede reunião da cúpula do partido --encabeçada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ)-- marcada para o dia 28 deste mês, para debater a mesma questão.

do Saite: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u346314.shtml

15 de nov. de 2007

Abalos secundários no Chile surpreendem visita de Bachelet

Novos abalos tiveram intensidade de 6,2 graus na escala Richter.Terremotos da véspera deixaram pelo menos dois mortos.

Da EFE

Na Íntegra:

Abalos secundários do terremoto que castigou o norte chileno nesta quarta-feira (14) deixando pelo menos dois mortos foram registrados nesta quinta-feira na região no momento de uma visita da presidente chilena, Michelle Bachelet, à área. Reuters A presidente do Chile Michelle Bachelet visita zonas afestadas pelos tremores (Foto: Reuters)

Segundo o relatório do Instituto de Sismologia da Universidade do Chile, os abalos foram sentidos às 12h03 (13h03 de Brasília) e tiveram intensidade de 6,2 graus na escala Richter, com seu epicentro situado a 47 quilômetros a noroeste do porto de Mejillones e a 37,8 quilômetros de profundidade.

Entenda a escala Richter

As autoridades já estão avaliando os eventuais novos danos ocasionados pelos tremores. O novo abalo sísmico voltou a deixar a população local inquieta no momento em que os habitantes da região ainda se recuperam do terremoto da quarta.

Segundo informações via rádio, Bachelet e os ministros que a acompanhavam foram surpreendidos pelo tremor, que durou aproximadamente um minuto, quando visitavam a região da cidade de Antofagasta.

Leia também: Abalos são sentidos em São Paulo

Primeiro tremor

O terremoto desta quarta-feira teve intensidade de 7,7 graus Richter e foi sentido às 13h43 (hora de Brasília). Seu epicentro foi localizado no Deserto do Atacama, a 59 quilômetros de profundidade.

Até agora, o abalo sísmico deixou dois mortos, mais de 100 feridos e cerca de quatro mil desabrigados.

O terremoto atingiu grande parte do Chile, desde a fronteira com o Peru, no norte, até Santiago, e também foi sentido fora do país, chegando até mesmo à cidade de São Paulo.

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL182062-5602,00-ABALOS+SECUNDARIOS+NO+CHILE+SURPREENDEM+VISITA+DE+BACHELET.html

Sessão aberta facilita cassação de Renan, dizem senadores

Presidente licenciado teve novo pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética.Sessão no plenário será aberta, mas o voto continuará secreto.

Na Íntegra

Tiago Pariz e Carolina Jardon

Do G1 Brasília

A aprovação do pedido de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética pode também concretizar-se no plenário, marcando um resultado diferente do primeiro processo. A avaliação foi feita por senadores ouvidos pelo G1 e sustenta-se em um aspecto: a sessão aberta.

“É claro e evidente que numa sessão aberta é mais difícil o senador Renan escapar da cassação”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). “Espero que o Senado mostre uma só cara. Dessa vez, aprenda a lição que as ruas indicaram e aprove a perda do mandato”, prosseguiu.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) faz coro ao colega e afirma que depois da reação da opinião pública sobre a absolvição de Renan, os senadores sentiram o revés político na imagem do Parlamento.

“Os senadores sentiram bem a reação da opinião pública. A população teve essa reação numa sessão fechada com voto fechado. Agora a sessão é aberta. Os senadores vão se pronunciar sobre o que vão decidir e isso de alguma forma altera o caráter no sentido positivo para dar mais transparência para a decisão a ser tomada”, afirmou o petista.

CPMF e articulações

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), é mais cauteloso em previsões. Mas levanta a possibilidade de Renan utilizar a prorrogação da CPMF como barganha com o governo. “Vai ser apertado. A situação é mais delicada. Da outra vez ele tinha o poder na mão, mas agora ele está mais desgastado, porém tem um trunfo que é a votação da CPMF”, disse.

O presidente licenciado do Senado conseguiria pressionar o governo para trabalhar por sua absolvição ameaçando tirar votos do PMDB favoráveis à prorrogação até 2011 do "imposto do cheque".

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que aposta na cassação, afirmou que o desgaste político de Renan só tende a crescer. “A situação está muito difícil. É o segundo parecer pedindo a cassação. O problema é o conjunto da obra, daqui a pouco teremos a terceira, quarta, quinta (representações)”, disse Buarque.

Apesar da sessão aberta, o voto dos senadores continua secreto. O modelo é o mesmo adotado na Câmara dos Deputados. O relatório do senador Jefferson Péres (PDT-AM) recomendando a cassação do mandato foi aprovado na quarta-feira (14) pelo Conselho de Ética. Renan é acusado de participar, por meio de ‘laranjas’, de sociedade em duas rádios e um jornal em Alagoas com o usineiro João Lyra. Renan nega as acusações. Segundo ele, Lyra teria motivações políticas em suas acusações.

Arthur Virgílio (AM), afirmou que caso Renan perca o mandato por ter participação oculta em meios de comunicação será aberto um precedente positivo na Casa. “Se for para moralizar a Casa, é importante”, disse o líder tucano lembrando que haveria cerca de 30 senadores que seria donos ocultos de meios de comunicação.

Na primeira representação, que o acusava de usar um lobista para pagar contas pessoais, o presidente licenciado do Senado teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética, mas acabou absolvido no plenário numa sessão duplamente secreta.

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL182038-5601,00-SESSAO+ABERTA+FACILITA+CASSACAO+DE+RENAN+DIZEM+SENADORES.html

14 de nov. de 2007

Lula defende democracia venezuelana

Presidente sublinhou importância da entrada do país de Hugo Chávez no Mercosul.Ele evitou tomar parte da discussão entre o venezuelano e o rei da Espanha.

Tiago Pariz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (14) a democracia da Venezuela, reiterou a importância do país tornar-se membro pleno do Mercosul e evitou tomar partido na polêmica entre Hugo Chávez e o rei da Espanha, Juan Carlos de Bourbon.

“Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar o Chávez. Agora por falta de democracia na Venezuela não é. O que eu sei é que na Venezuela já tiveram três referendos, já tiveram três eleições, já tiveram quatro plebiscitos. O que não falta é discussão. Eu acho democracia é assim: a gente submete aquilo que a gente acredita ao povo e o povo decide. Cabe a nós acatar o resultado”, disse Lula.

O presidente defendeu ainda menos debate sobre a política interna venezuelana. “Precisamos apenas respeitar a autonomia e a soberania de cada país. Se nós dermos menos palpite nas regras do jogo dos outros países e olharmos o que nós estamos fazendo, todos nós sairemos ganhando. Se a gente achar que a gente pode dar palpite em tudo, que só pode acontecer no mundo aquilo que a gente gosta, aquilo que a gente quer, nós seremos eternamente infelizes”, refletiu Lula.

O mal-estar entre Chávez e Juan Carlos ocorreu na última reunião da Cúpula Ibero-Americana, em Santiago do Chile. O presidente venezuelano tecia críticas ao ex-primeiro-ministro da Espanha, José Maria Aznar, ao ser interpelado pelo rei que pediu para ele se calar.

Para Lula, não houve exagero de Chávez nem uma tentativa de humilhação por parte do espanhol. “Não acho que houve exagero. Houve uma fala do Chávez que o rei achou que era demais, que era uma crítica ao ex-primeiro-ministro da Espanha que tinha apoiado o golpe venezuelano num primeiro momento. Essas coisas acontecem. A diferença é que o rei estava na reunião. Quem falou 'cala-te' foi o rei, não foi um de nós. Entre nós, nós divergimos muito”, disse.

Países ricos

Lula citou o exemplo da última reunião do G8, grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, que ocorreu na Alemanha, e teve a chanceler Angela Merkel como anfitriã.

“Como é que você pensa que são as reuniões do G8? Você acha que todo mundo chega lá, tem um protocolo, tem que rir na hora certa? Não. Fui agora em Berlim e disse ao G8 que do jeito que está a reunião, eu não tenho mais interesse de ir, que não estou disposto a ser tratado como cidadão de segunda classe. Ou nós fazemos uma reunião para discutir os problemas do mundo ou não fazemos”, afirmou.

O presidente conversou com os jornalistas após almoço oferecido ao presidente de Guiné Bissau, João Bernardo Vieira. Na visita do colega africano, além de assinar acordos de cooperação, o Brasil comprometeu-se em perdoar a dívida do país estimada em cerca de US$ 34 milhões.

Cuba

Lula disse ainda que cancelou a viagem que faria na próxima semana a Cuba por ter havido um aumento dos pedidos feitos pela ilha de Fidel Castro. Inicialmente, o presidente assinaria acordos para concessão de crédito à Cuba para compra de alimentos e um pacto que envolvia a Petrobras.

“No Chile, tive um encontro com o vice-presidente de Cuba (Carlos Lage) e ele nos apresentou uma lista maior de pedidos que acho que podemos facilmente conceder. Então, pedi para o ministro Celso Amorim adiar a viagem por uns 30 dias”, explicou.