Só o presidente Mugabe concorreu, e votação teve participação menor que no 1º turno.
O segundo turno das eleições presidenciais do Zimbábue terminou às 19h (14h de Brasília) desta sexta-feira (27) sem que tenham ocorrido incidentes. Mas a oposição acusou o governo de ter forçado a população a ir às urnas.
O opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC) acusou o regime do presidente Robert Mugabe, que participou como candidato único desta rodada do pleito, de ter colocado nas ruas suas milícias para forçar os eleitores airem aos centros de votação, onde, afirma, eles foram obrigados a votar.
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O líder do MDC, Morgan Tsvangirai, se retirou no domingo passado das eleições, depois de denunciar uma suposta campanha de ataques e assassinatos lançada contra seus seguidores pelo governo.
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Em entrevista em sua casa em Harare, Tsvangirai denunciou a intimidação dos eleitores pelas milícias da governamental União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
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"O que vimos hoje não foi uma eleição, mas um ato de intimidação em massa na qual as pessoas, em todo o país, foi obrigada a votar", disse Tsvangirai, antes de retornar à embaixada da Holanda em Harare, onde esteve refugiado desde domingo, devido às ameaças de morte que recebeu.
A participação dos eleitores foi baixa nas áreas urbanas, onde o apoio ao MDC é maior, mas não há informação independente sobre qual foi a situação nas áreas rurais, especialmente no sul do país, que também apóia Tsvangirai.
Uma rádio do Zimbábue informou sobre uma "resposta em massa" nas províncias de Mashonalandia e Manicalandia, redutos tradicionais da Zanu-PF, no norte e no nordeste do país.
Tsvangirai saiu vencedor no primeiro turno das presidenciais, mas, segundo a Comissão Eleitoral do Zimbábue (ZEC), organismo nomeado pelo governo de Mugabe, não obteve o número de votos para levar já no primeiro turno, o que levou à realização do segundo turno.
A ZEC não informou sobre quando divulgará os resultados das eleições, mas fontes próximas ao governo disseram que poderia ser já neste sábado, pois Mugabe sugeriu esta semana que podia assumir seu novo mandato de cinco anos na próxima segunda-feira.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL616526-5602,00-TERMINA+TURNO+DA+ELEICAO+PRESIDENCIAL+DE+UM+SO+CANDIDATO+NO+ZIMBABUE.html
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