Manifestantes acreditam que evento não deveria ser organizado por uma instituição privada, mas pela ONU
Efe
Segundo a organização, mais de 27.000 delegados de 182 países de registraram no Fórum. Os chefes de Estado, parlamentares, líderes locais, especialistas, representantes de ONGs e empresas debaterão até o próximo domingo, 22, os problemas mais importantes com o objetivo de introduzir a água na agenda política dos dirigentes mundiais na direção marcada pelos Objetivos do Milênio da ONU.
"O mundo evolui rapidamente, às vezes de forma brutal, e essas mudanças afetam a água. Cada dia nos faz mais falta água para criar energia para dar de beber às megalopolis e temos que proteger os recursos aquáticos e a biodiversidade", disse Loïc Fauchon, chefe do Conselho Mundial da Água, a instituição privada que organiza o Fórum.
O presidente da Turquia, Abdullah Gül, opinou que "ser ecologista já não é uma opinião ideológica" pois, dada a "grave" situação ambiental do planeta, "agora todos devemos ser ecologistas."
Gul se reuniu com altos representantes da ONU, da Unesco e da OCDE, assim como com os presidentes do Iraque e do Tajiquistão, com os príncipes da Holanda e de Mônaco, entre outros, com os quais entrou em acordo para um documento em que chama todos os países do mundo a atuar para sanar os problemas que enfrentam com a água.
Os críticos afirmam que um Fórum desse tipo não deveria ser organizado por uma instituição privada, mas pelas Nações Unidas, e ainda acusam o Conselho Mundial da Água de ocultar, atrás de uma mensagem "pseudo-ecologista", a intenção de incrementar o papel dos interesses privados na gestão da água.
Um total de 17 ativistas turcos foram detidos por protestar contra a comercialização da água e duas mulheres da organização International Rivers foram retiradas da abertura do fórum por tentar abrir um banner contra a construção de barragens.
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