Pristina, 24 mar (EFE).- Os líderes do Kosovo expressaram hoje seu agradecimento à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no décimo aniversário da intervenção da Aliança no conflito armado deste território - autoproclamado Estado - com Belgrado.
Apesar de a intervenção ter causado uma grande controvérsia internacional, o primeiro-ministro kosovar, Hashem Thaçi, disse que o bombardeio da Otan contra "a Polícia, os militares e os paramilitares sérvios" é um acontecimento histórico para o Kosovo e a democracia mundial.
"O povo do Kosovo sempre ficará agradecido aos países ocidentais, aos Estados Unidos, aos membros da União Europeia e a outros Estados-membros da Otan no mundo que apoiaram a intervenção e a guerra justa pela liberdade", disse Thaçi.
"Dez anos depois, o Kosovo está no segundo ano como Estado independente e possui uma unidade sustentável. O Kosovo tem paz, segurança e tolerância interétnica, além de boas relações com seus vizinhos e um desejo sério de cumprir todos os critérios para fazer parte das organizações euro-atlânticas", disse.
O líder da oposição Ramush Haradinaj enviou uma carta ao secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, na qual expressou seu elogio e agradecimento à aliança pela intervenção de uma década atrás.
Atualmente, a Aliança Atlântica, que tem 16 mil soldados no Kosovo, anunciou uma certa redução do contingente, devido a um ambiente mais estável na segurança, mas persistem as tensões entre a minoria sérvia e a maioria albano-kosovar.
Quando a campanha aérea da Aliança contra as forças da ex-Iugoslávia estava em andamento em junho de 1999, cerca de 1 milhão de albano-kosovares eram vítimas da "limpeza étnica", enquanto a guerrilha do Exército de Libertação do Kosovo combatia com unidades de terra contra os sérvios. EFE
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