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10 de nov. de 2007

Acordo garante vôos da BRA; passageiros devem procurar OceanAir

A OceanAir e a BRA fecharam ontem um acordo para garantir vôos aos clientes da BRA que adquiriram pacotes turísticos para este final de semana. Com isso, dois aviões da BRA deverão voltar a voar, o que não acontecia desde a última quarta-feira, quando a empresa pediu a suspensão de suas operações à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Neste sábado, a movimentação é considerada normal nos aeroportos, e a Infraero registrou, da 0h às 12h, atrasos em 12% das 728 partidas previstas em todo o país.

Segundo a Anac, os passageiros que compraram pacotes turísticos da BRA para este fim de semana devem procurar um balcão da OceanAir nos aeroportos para embarque. A agência afirma que são 30 vôos programados, sendo 11 hoje e 19 amanhã. As saídas estão previstas para os aeroportos de Guarulhos (Grande São Paulo) e Brasília.

Os destinos dos pacotes turísticos são: Recife, Maceió, Fortaleza, Natal, Porto Seguro, Brasília, Goiânia, Uberlândia, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente, Caldas Novas, Belo Horizonte (Confins), Porto Alegre, Curitiba.

Na nota, a Anac ressalta que os embarques estão garantidos para todos os passageiros que compraram pacotes turísticos da BRA com partida programada para este fim de semana.

A OceanAir e a BRA fecharam um acordo ontem à tarde para garantir o embarque neste fim de semana. Com isso, dois aviões da BRA deverão voltar a voar, o que não acontecia desde a última quarta-feira, quando a empresa pediu a suspensão de suas operações à Anac.

O acordo está restrito aos vôos fretados da BRA que serão operados sob a responsabilidade da OceanAir. A empresa vai utilizar um avião próprio e duas aeronaves da BRA, inclusive com a tripulação e mecânicos dela.

Conforme nota divulgada pela Anac, está sendo estudado um acordo ainda maior, que permitiria à OceanAir, já no início da próxima semana, operar os vôos comerciais regulares da BRA com aeronaves e tripulação da própria BRA. A nota da Anac fala apenas em um "primeiro acordo" fechado para o final de semana.

Devolução

Os passageiros que compraram bilhetes da BRA com cartão de crédito e não viajaram poderão obter o cancelamento ou estorno do valor da passagem com a administradora do cartão. O pagamento será suspenso, automaticamente, até o final do processo de contestação.

A medida foi criada após ser firmado um acordo entre a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviço, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça. A norma passa a valer a partir de segunda-feira (12).

O passageiro que ainda não voou, mas já pagou a fatura, terá um tratamento diferenciado. A administradora Mastercard informou que vai fazer a devolução depois de analisado o processo independentemente do crédito ter sido realizado ou não pela BRA.

Bhutto vai a um protesto de jornalistas e pede 'liberdade'

A ex-premiê saiu pela primeira vez de casa após 24h de prisão domiciliar."Estamos lutando por um Paquistão livre", disse a líder do Partido do Povo do Paquistão.

A ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto falou neste sábado (10) com um alto-falante em um protesto de jornalistas em Islamabad, e pediu "liberdade" para o Paquistão e seus meios de comunicação.

"Estamos lutando por um Paquistão livre", disse a líder do Partido do Povo do Paquistão (PPP), cercada por centenas de jornalistas diante da sede da associação destes profissionais da capital. Bhutto, cujo discurso foi transmitido ao vivo pelo canal "Dawn", se solidarizou com a imprensa devido à censura por parte do regime do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf.

"O PPP e os jornalistas têm um objetivo comum: um Paquistão independente, com juízes e meios de comunicação livres", disse a líder opositora.

"Todo mundo tem que ir à grande manifestação em Rawalpindi", disse Bhutto, cujo partido organizou um protesto para 13 de novembro contra o Estado de exceção que rege no país. Após pedir várias vezes "liberdade" para seu país, Bhutto saiu de carro e abandonou os limites da associação de jornalistas, onde ocorria o protesto.

A ex-primeira-ministra saiu esta manhã pela primeira vez de casa depois de ter ficado nesta sexta-feira sob prisão domiciliar.

8 de nov. de 2007

Bhutto prepara manifestação em massa contra presidente paquistanês

Ex-primeira-ministra Benazir Bhutto ouve o vice-presidente de seu partidp, Makhdoom Amin Fahim, durante reunião em Islamabad (Foto: AFP)

As autoridades declararam que não permitirão que a manifestação de sexta-feira aconteça.Desde sábado (3) o país está em estado de emergência. Do 'New York Times'

Agravando ainda mais as tensões políticas no Paquistão, a líder da oposição, Benazir Bhutto, anunciou nesta quarta-feira (7) que seu partido pretende realizar uma manifestação em massa na sexta-feira (9) e uma passeata de protesto na semana que vem se o presidente, o general Pervez Musharraf, recusar-se a pôr fim ao estado de emergência e não realizar eleições em janeiro.

Entenda a crise no Paquistão

As declarações de Bhutto, que provocaram confrontos violentos entre seus simpatizantes e a polícia, geraram um conflito direto com Musharraf. Desde sábado, o presidente declarou estado de emergência, suspendendo a constituição do país, prendendo diversos manifestantes e fechando emissoras de televisão independentes.

Pelo decreto de emergência de Musharraf, fica proibido todo e qualquer tipo de protesto público. "Vamos dar prosseguimento ao protesto do dia 9", anunciou Bhutto em uma coletiva de imprensa depois de se reunir com outros partidos de oposição em Islamabad. "Tenho consciência de que a minha liberdade pode estar em jogo."

Depois da coletiva de Bhutto, policiais dispararam gás lacrimogêneo e reprimiram cerca de 100 membros de seu partido quando eles tentavam furar as barreiras policiais que bloqueavam o acesso público ao edifício do parlamento em Islamabad.

A ameaça de realizar um protesto em massa feita por Bhutto, a mais poderosa política de oposição do país, representa o fortalecimento da oposição a Musharraf.

Até agora, os advogados paquistaneses lideraram o confronto, realizando pequenos protestos, sendo que centenas foram espancados ou presos. Mas o partido de Bhutto, o maior de oposição, é considerado por muitos como a única força capaz de levar grandes números de manifestantes às ruas.

Asif Hassan/AFP Advogados paquistaneses são presos durante protesto em Karachi (Foto: Asif Hassan/AFP)

As autoridades declararam que não permitirão que a manifestação de sexta-feira aconteça. O protesto deve ser realizado na cidade de Rawalpindi, próxima a Islamabad. "Vamos garantir que eles não violarão a proibição contra manifestações", afirmou Javed Akhkas, prefeito da cidade, segundo reportagem da agência de notícias "Associated Press". "E se chegarem a fazê-lo, o governo tomará as devidas providências de acordo com a lei."

Akhas contou que havia uma "forte ameaça" de ataque terrorista contra Bhutto. No dia 18 de outubro, ela sobreviveu a um ataque suicida a bomba em Karachi, que matou mais de 140 pessoas.

Motivos

A opção de Bhutto por realizar a passeata na semana que vem é particularmente significativa. Os manifestantes partirão da cidade de Lahore, a leste do país, até Islamabad, um trajeto de 260 Km que os levará ao coração de Punjab, a maior e mais poderosa província do país.

A grande maioria do exército do país vem de Punjab e os soldados, no passado, hesitaram em atirar contra civis na província. Uma agitação popular em massa nesse local poderia fazer com que comandantes do alto escalão se voltassem contra Musharraf e pedissem a sua renúncia, segundo alguns analistas.

A estratégia de Bhutto, ao que tudo indica, conta com a possibilidade de que Musharraf recuará antes da realização dos protestos ou que os oficiais do alto escalão do exército concluirão que o presidente está prejudicando tanto o exército enquanto instituição que o forçarão a renunciar.

Musharraf, por sua vez, poderia apostar que Bhutto não conseguirá atrair multidões ao que ela chamou de a "grande marcha". Lahore não é a sua província natal e sua gestão no poder foi maculada por acusações de corrupção.

Há ainda muitas especulações de que Bhutto, criticada por alguns por ter demorado demais a iniciar protestos contra a regra de emergência, chegará a um acordo com Musharraf.

Os advogados que realizaram protestos durante toda a semana questionaram o comprometimento dela em pôr um fim definitivo à norma militar. Se ela conseguir reunir um grande número de manifestantes em Punjab, isso poderia demonstrar aos oficiais norte-americanos que Musharraf perdeu o apoio popular no país.

Syeda Abida Hussain, ex-embaixadora paquistanesa nos Estados Unidos e membro do partido de Bhutto, disse que os oficiais estrangeiros haviam afirmado que viam pouca oposição popular ao decreto de Musharraf, mas que os novos protestos provariam que isso não procede. "A comunidade internacional está dizendo que não há protestos populares", disse ela. "Então faremos um protesto."

O anúncio de Bhutto e os conflitos entre seus simpatizantes e a polícia ocorreram enquanto o Parlamento, que é dominado por defensores de Musharraf, estava prestes a se reunir para validar a norma de emergência.

Após os confrontos violentos com a polícia no início desta semana nas principais cidades em todo o Paquistão, diversos advogados paquistaneses permaneceram presos na quarta-feira. Em Lahore, 340 advogados haviam sido detidos por um mês pelas leis antiterrorismo. Muitos outros continuaram presos, mas ainda não foram acusados formalmente, segundo eles. Tradução: Cláudia Freire

do Site:

Relatório aponta falhas de chefe da polícia no caso Jean Charles

A Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC) criticou chefe da Scotland Yard.Entre a série de erros, o documento destacou falhas na 'estrutura de comando'. Da EFE

A Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC) criticou nesta quinta-feira (8) o comissário-chefe da Scotland Yard, sir Ian Blair, por adiar a investigação sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto a tiros por agentes que o confundiram com um terrorista etíope.

Segundo o relatório, foram destacados 16 erros da polícia inglesa no caso do brasileiro, morto em 22 de julho de 2005 dentro de uma estação do metrô londrino.

Entre a série de erros fatais cometidos na operação, o documento apontou falhas na “estrutura de comando” da polícia, no caso Ian Blair, que na quarta-feira (7) recebeu uma moção de desconfiança da Assembléia de Londres justamente pela morte de Jean Charles.
Reprodução Jean Charles de Menezes (Foto: Reprodução)
O relatório diz ainda que a polícia precisa ter um “controle das operações com armas de fogo” e que é necessário melhorar seu sistema de rádios para garantir melhor as atividades de segurança. Durante o processo, foi constatado que vários policiais envolvidos não estava conectados diretamente com os chefes da operação.
No último dia 1º, a Scotland Yard foi considerada culpada pela morte de Jean Charles pelos jurados do caso. O juiz instrutor do processo, Richard Henriques, impôs o pagamento de uma multa de 175 mil libras (cerca de R$ 632 mil) e dos custos judiciais, de 375 mil libras (aproximadamente R$ 1,3 milhões).
A família de Jean Charles de Menezes ficou feliz com a condenação da Scotland Yard, mas espera mais. Para eles, a "justiça ainda não foi feita" (clique aqui para ler mais).
Do Site:

Finlândia veste luto por vítimas de massacre em escola

Por Tarmo Virki

HELSINQUE, Finlândia (Reuters) - Bandeiras tremulavam a meio mastro na quinta-feira, na Finlândia, em sinal de luto pelas oito pessoas mortas por um estudante de 18 anos em uma escola, horas depois de ele ter colocado um vídeo no site YouTube anunciando um massacre no local.

Seis alunos do Colégio Jokela, o diretor do estabelecimento e uma enfermeira foram mortos quando o estudante Pekka-Eric Auvinen abriu fogo com uma pistola calibre .22 durante o horário das aulas. Depois, Auvinen disparou um tiro contra a própria cabeça.

O agressor, que se interessava pela história das guerras e por movimentos extremistas, morreu horas mais tarde, ainda na quarta-feira.

Na quinta-feira, a polícia disse que um dos mortos era uma enfermeira do colégio de Tuusula, uma cidade de 35 mil habitantes localizada a 60 quilômetros de Helsinque. Inicialmente, acreditou-se que sete estudantes e um funcionário da escola tinham sido mortos.

"Isso parece ser tão surreal", disse a professora de jardim da infância Charlotta Andersson, de Helsinque. "A gente ouve falar de casos desse tipo nos EUA, mas não na Finlândia."

Uma tragédia de tal magnitude em um país normalmente tranquilo como a Finlândia fará com que os finlandeses repensem sua campanha de oposição a um projeto da União Européia (UE) para tornar mais rígidas as leis de porte de arma em relação a pessoas jovens, disse à Reuters um membro do gabinete de governo.

"Na minha opinião, deveríamos reconsiderar isso bastante seriamente", afirmou o ministro finlandês do Comércio, Mauri Pekkarinen. "Acredito que devemos repensar de forma crítica a postura adotada pela Finlândia. Estou pronto para levantar esse assunto dentro do governo." Apesar de o país possuir o terceiro maior índice de armas per capita do mundo, os incidentes fatais com esse tipo de armamento são raros.

Do Site

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRB86096020071108

7 de nov. de 2007

Polícia se confronta com advogados pelo 3º dia no Paquistão

da Folha Online

Advogados se confrontaram com policiais nesta quarta-feira nas ruas do Paquistão, no terceiro de protestos contra o estado de emergência declarado pelo presidente, Pervez Musharraf, no último sábado (3). As manifestações vêm sendo reprimidas com violência.

Cerca de 80 advogados foram impedidos de se reunirem perto da principal corte judicial de Rawalpindi, segundo Mohammed Khan Zaman, membro da associação local de advogados.

Em Islamabad, cerca de 200 advogados protestaram dentro e ao redor da corte distrital, cantando slogans como "Fora Musharraf" e "Não a Musharraf".

Adrees Latif/Reuters Manifestante é detido após chegar a Suprema Corte de Justiça para protestar; policiais se confrontam com advogados pelo terceiro dia

A maior motivação da oposição dos advogados ao presidente foi a prisão do líder da Suprema Corte do Paquistão, Iftikhar Mohammed Chaudhry, juiz independente que Musharraf tentou demitir no ano passado. Em setembro último, no entanto, ele teve o cargo restituído.

Após a declaração do estado de emergência, Chaudhry está sob prisão domiciliar em Islamabad, mas conseguiu se comunicar por celular com os advogados, pedindo que eles fossem às ruas. "Nós precisamos levar essa mensagem às ruas, para que se decida, de uma vez por todas, se será o Exército ou o povo que irão governar no Paquistão", disse Zaman.

Também hoje, o partido da ex-premiê Benazir Bhutto prometeu realizar na sexta-feira (9) uma grande manifestação perto da capital paquistanesa para protestar contra o estado de emergência declarado no país pelo presidente, Pervez Musharraf, no último sábado (3).

No entanto, autoridades locais dizem que a polícia diz que irá reprimir o protesto. O prefeito de Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, afirmou que se usará a força, se necessário, para impedir que manifestantes cheguem ao parque onde Bhutto deve falar a partidários.

"Nós garantiremos que eles não violem a proibição a atos públicos e, se o fizerem, o governo irá tomar as ações necessárias de acordo com a lei", disse o prefeito, Javed Akhlas.

Mas os partidários de Bhutto prometem que irão realizar a manifestação de qualquer forma.

"Nós somos contrários ao estado de emergência e certamente chegaremos a Rawalpindi para protestar", afirmou Babar Awan, um dos líderes do Partido Popular do Paquistão (PPP).

Segundo Akhlas, há uma "forte ameaça" de um segundo ataque suicida contra Bhutto.

A ex-premiê escapou ilesa de uma explosão que atingiu seu comboio em Karachi em 18 de outubro último, dia que voltou ao país após um exílio de quase nove anos. Ao menos 140 pessoas morreram na ação.

EUA

Assim como a oposição, os Estados Unidos e outros doadores internacionais pressionam Musharraf a realizar eleições livres no país.

Eles também exigem que o general cumpra sua promessa de deixar seu posto de chefe militar do Paquistão --sua real fonte de poder.

"Para que as eleições sejam livres, os líderes de partidos políticos devem ser liberados da cadeia ou da prisão domiciliar. A imprensa deve ser livre para relatar os acontecimentos e dividir sua opinião com a população", disse a embaixadora americana, Anne Patterson.

Musharraf afirma que suspendeu a Constituição e declarou estado de emergência porque a Justiça estava "impedindo" os esforços para deter o terrorismo no país ao liberar suspeitos.

Mas opositores o acusam de ter realizado uma manobra política para manter-se no poder.

O presidente retirou o poder da Suprema Corte no momento em que deveria ser decidida a legalidade de sua reeleição a presidente no próximo mês.

A Justiça também pressiona pelo retorno do ex-premiê exilado Nawaz Sharif.

Ele voltou para ao Paquistão recentemente, após um exílio de sete anos na Arábia Saudita, mas foi deportado poucas horas depois.

Do Site: