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24 de julho de 2008

Lula quer fortalecer idioma e discutir energia na CPLP

da Agência Lusa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira à Agência Lusa que a 7ª reunião de cúpula da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) será a grande oportunidade para fortalecer a língua portuguesa e coordenar posições sobre a crise dos alimentos e a segurança energética.

"Representa uma valiosa oportunidade para os presidentes e chefes de governo discutirem meios de fortalecer a presença da língua portuguesa nos nossos países e de fazer da nossa identidade lingüística e cultural, cada vez mais, uma realidade com voz e peso na comunidade internacional", afirmou Lula, antes de partir para Lisboa.

O presidente vai destacar, durante a cúpula, a importância do acordo ortográfico e instar os países que ainda não ratificaram o documento que o façam rapidamente.

Dos oito países da CPLP, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente, Portugal já ratificaram o acordo e todos os seus protocolos modificativos, permitindo que as novas regras ortográficas entrem em vigor. Falta ainda a regularização por parte de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

Na avaliação do presidente Lula, a reunião de chefes de Estado e de governo da CPLP pode ser também um "importante fórum para que os países lusófonos coordenem posições a respeito de temas prioritários da agenda internacional". Entre esses temas, Lula destacou o problema dos preços dos alimentos e a segurança energética.

Na quarta-feira, o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse aos jornalistas que a principal mensagem de Lula nos debates políticos da cúpula será sobre estes dois assuntos, que estão relacionados.

"O presidente vai reafirmar que a atual crise alimentar resulta do aumento de pessoas com acesso à alimentação com maior qualidade e quantidade em países em desenvolvimento e da alta do preço do petróleo, que se repercute no transporte e no preço dos fertilizantes", afirmou Baumbach.

O governo brasileiro acredita que a inflação no preço dos alimentos persistirá enquanto o protecionismo agrícola dos países ricos não acabar e garante que a crise dos alimentos não tem relação com os biocombustíveis produzidos no Brasil.

Na avaliação do Palácio do Planalto, é necessário investir agora em tecnologia de produção agrícola, armazenagem e distribuição, bem como na produtividade e na agroindústria que gera empregos e renda, sendo que a experiência brasileira pode ajudar outros países lusófonos.

O presidente Lula considera prioritária a intensificação da cooperação com os países mais pobres da CPLP, não só neste campo, mas nas mais diversas áreas.

"Dentro do espírito de solidariedade que rege a nossa comunidade, é prioritário ver como podemos aprofundar os esforços coletivos já em curso para ajudar os nossos irmãos da África lusófona e do Timor Leste no caminho do desenvolvimento sustentável", declarou o presidente à Agência Lusa.

De acordo com o Palácio do Planalto, o problema da imigração pode também ser abordado por Lula durante a cúpula da CPLP ou no encontro bilateral que terá com o presidente português, Aníbal Cavaco Silva.

www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u425837.shtml

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