Carioca de 27 anos coordena campanha do republicano em região da Califórnia.
O carioca Saulo Londoño, gerente de campanha do republicano John McCain no condado de Orange - região do sul da Califórnia que inclui cidades como Anaheim e Santa Ana - vê em Sarah Palin, a candidata a vice-presidente pela legenda, o potencial de atrair votos das correligionárias da democrata Hillary Clinton descontentes com Barack Obama.
''No mesmo dia em que foi anunciada a candidatura dela, recebi no escritório 150 ligações de eleitoras de Hillary Clinton se propondo a trabalhar pela campanha'', afirma o brasileiro, que está há 12 anos nos Estados Unidos e gerencia campanhas republicanas na Califórnia há cinco anos.
Para Londoño, a tendência é que mais e mais eleitoras de Hillary venham a aderir à campanha republicana, ''porque estão desencantadas com o que Barack Obama fez com ela desde o começo do ano'', afirma, em referência à época em que Hillary abandonou a disputa, em favor de Obama.
Para o carioca de 27 anos, que estudou relações internacionais e administração, Palin foi uma escolha mais do que acertada e isso teria ficado claro no pronunciamento que ela fez na quarta-feira, durante a Convenção Nacional Republicana.
O entusiasmo foi tão grande que Lodoño chegou a criar, junto com um amigo, um cartaz bem humorado homenageando McCain e sua vice, com os dizeres ''GI John e Superwoman''.
Trata-se de uma referência a dois super-heróis dos quadrinhos, os personagens GI Joe e a Mulher-Maravilha, uma brincadeira com as credenciais militares de McCain e o estilo bela, porém durona, de Palin.
''Cara, ela é um amor de pessoa. Não fez um só erro (em seu discurso). Foi a escolha certa, até porque, a partir de agora, será ela que terá a função de bater em Barack Obama. Mesmo porque eles sabem que não podem bater numa mulher'', disse o brasileiro.
Na opinião de Londoño, as críticas de que Palin é inexperiente não procedem e não se pode sequer comparar a experiência de Palin com a de Barack Obama e seu companheiro de chapa, Joe Biden.
''Ela tem a experiência de governar um Estado. Passou muito tempo lá aprovando leis, lutando contra a corrupção até mesmo dentro de seu próprio partido e contra os grandes interesses das indústrias do petróleo e de gás'', afirma.
A governadora Sarah Palin está na metade de seu mandato à frente do Estado do Alasca, tendo completado dois anos de sua gestão. Antes disso, foi prefeita de uma pequena cidade do Estado, Wasilla, que conta com cerca de 9 mil habitantes.
A juventude da governadora, de 44 anos, também parece ter servido de inspiração a Londoño para se enfurnar mais na vida política.
''Falta uma voz brasileira no Congresso. Mas tudo bem, eu ainda chego lá'', diz, sorrindo, mas com ar de quem não está brincando.
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