da Folha Online
O presidente da companhia cujo empregado é acusado de acessar sem autorização os documentos dos candidatos presidenciais dos Estados Unidos é um consultor da campanha de Barack Obama.
A informação foi divulgada pela rede de televisão norte-americana CNN.
John Brennan, presidente da Analysis Corporation aconselha o candidato democrata em política internacional e assuntos de inteligência, segundo fonte ouvida pela CNN.
O executivo era oficial da CIA, agência de inteligência norte-americana e ex-diretor do centro nacional de contraterrorismo. Em janeiro, ele contribuiu com US$ 2.300 para a campanha de Obama.
O funcionário da empresa norte-americana trabalha na companhia há vários anos e, segundo a fonte que não se identificou, tem uma extensa experiência.
Na sexta-feira, a companhia divulgou um documento informando que colaboraria completamente com a investigação federal. A empresa, segundo a CNN, deu o mesmo parecer ao funcionário que não foi demitido.]
Seguindo as declarações do departamento de Estado norte-americano, que investiga o caso, a fonte ouvida pela TV afirmou que tudo aconteceu por simples curiosidade, no que classificou como um "evento isolado".
Escândalo
Na sexta-feira, o departamento de Estado dos EUA revelou que os passaportes de Obama e dos outros dois possíveis candidatos-- democrata Hillary Clinton e republicano John McCain foram acessados sem autorização três vezes neste ano.
Os arquivos contêm imagens digitalizadas de pedidos de passaporte, com data de nascimento, informações biográficas, inclusive sobre cidadania, e datas de renovações de passaporte.
O incidente causa um embaraço na administração do presidente George W. Bush e remete ao controverso caso de 1992, quando oficiais do Estado acessaram os arquivos vinculados ao passaporte do ex-presidente Bill Clinton, então candidato democrata à Casa Branca.
Também na sexta-feira, a secretária de Estado norte-americana, Condoleeza Rice afirmou que conversou com Obama sobre o acesso irregular a seus arquivos. 'Eu disse a ele que sinto muito e que eu estaria bem perturbada se alguém tivesse consultado os arquivos do meu passaporte. Estarei à frente das investigações e chegarei ao fundo do caso', afirmou Rice.
Dois funcionários foram demitidos e um terceiro recebeu uma medida disciplinar pelo caso. O porta-voz do departamento de Estado afirmou que já ligou para Hillary para se desculpar e ainda irá falar com McCain, que está em viagem na Europa.
McCain disse que não tem muito a dizer sobre o caso por possuir poucas informações. "Se a privacidade de alguém é violada, essa pessoa merece um pedido de desculpas e uma investigação completa. E eu acredito que isso vai acontecer".
Com Reuters e Efe
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u384823.shtml
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