Pequim, 26 mar (Lusa) - A imprensa oficial chinesa divulgou a mensagem enviada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) em relação à crise no Tibete. O texto acusa manifestações de tentar "sabotar o desenvolvimento da região".
Segundo a agência Nova China, o presidente do PC do B, Renato Rabelo, afirmou em mensagem ao Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), que os comunistas brasileiros condenam os distúrbios em Lhasa e consideram os atos como uma tentativa de "desacreditar os esforços do governo chinês para promover o desenvolvimento social e econômico do Tibete".
Diante de críticas generalizadas da comunidade internacional, o governo comunista chinês tem utilizado todas as manifestações de apoio internacional para legitimar a repressão dos manifestantes tibetanos, quando faltam menos de cinco meses para os Jogos Olímpicos, que acontecem em Pequim entre 8 e 24 de agosto.
A agência oficial chinesa destacou o apoio do Partido Comunista do Brasil “aos esforços chineses para manter sua integridade política e territorial” e afirma que os comunistas do Brasil apóiam a China "na forma como lidou com os tumultos em Lhasa e opõem-se firmemente às ações dos separatistas".
O governo chinês continua afirmando que as manifestações, iniciadas em Lhasa em 10 de março e que se tornaram violentas quatro dias depois, foram organizadas pelo Dalai-Lama para separar o Tibete da China e para boicotar os Jogos Olímpicos.
O Dalai Lama rejeita as acusações chinesas de organizar os protestos, que se espalharam também às províncias fronteiras ao Tibete onde vivem importantes minorias tibetanas.
Segundo a versão chinesa, os manifestantes mataram 19 "civis inocentes" e um policial, enquanto os tibetanos no exílio e as organizações pró-Tibete dizem que a repressão chinesa das manifestações fez 140 mortos.
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