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29 de março de 2008

Dilma defende braço direito e descarta demissão de Erenice

Ministra voltou a negar que o 'banco de dados' montado pela Casa Civil seja um 'dossiê' contra FHC

Julio Cesar Lima, de O Estado de S. Paulo - Agencia Estado

Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil

AE

Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil

CURITIBA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu neste sábado, 29, o seu braço direito no ministério, a assessora Erenice Guerra, no episódio do vazamento de informações sobre o "banco de dados" com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e descartou a demissão de sua funcionária. Erenice é apontada como a responsável pelo levantamento das informações de FHC.

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Dilma voltou a dizer que o tal "banco de dados", de onde teriam saído as informações divulgadas à imprensa, tem um conceito diferente de dossiê. "Ele (dossiê) é usado para denúncias políticas e isso não cabe em uma democracia, é uma manipulação dos dados para esse tipo de política", afirmou. Dilma aproveitou para defender a secretária Erenice Guerra e descartou a demissão de sua funcionária.

Ministra não acredita que o vazamento seja uma tentativa de minar sua participação no governo e negou que seja candidata à sucessão do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2010. "Eu já disse várias vezes que eu não sou candidata nem me considero", afirmou. As afirmações foram feitas durante entrevista coletiva na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)

Dilma lembrou ainda que Erenice participou do processo de formação do banco de dados, por meio da Norma 230/06. "Foi uma recomendação do Senado e do Tribunal de Contas da União, em junho de 2005, e depois retroagimos às contas de 2004, 2003 e 2002 a pedido do próprio tribunal".

A ministra acredita que em questão de tempo o caso será resolvido. Na última terça-feira, ela abriu sindicância na Casa Civil para apurar o vazamento. "Eu creio que muita gente viu, ou sabe, e logo teremos um acesso a essas informações", afirmou, lembrando que gastos com transporte e hospedagem (foco do vazamento) são gastos absolutamente normais. "A quem interessa isso? Ao governo não interessa".

Sobre a possibilidade de depor à CPI do Cartão Corporativo, Dilma disse que iria, caso a comissão apresentasse sugestões ou melhorias para os controles de gastos. "Se não for isso, eu prefiro passar minhas 13, 14 horas dentro do Planalto tratando do PAC", afirmou.

www.estadao.com.br/nacional/not_nac147945,0.htm

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