Secretária de Estado ressaltou que o ‘Brasil é claramente um líder na região’.
Ela cobrou um controle mais rígido no território da América do Sul.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo
Em entrevista exclusiva à Rede Globo em Salvador, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, destacou o papel de liderança do Brasil na região e exigiu um maior controle na fronteira entre os países vizinhos na América do Sul.
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Rice elogiou a atuação brasileira para solucionar a crise diplomática entre Equador e Colômbia. “O Brasil é claramente um líder na região e, cada vez mais, um líder global, não apenas regional”, afirma a secretária de Estado. Ela apoiou a criação de um Conselho Regional Sul-americano para resolver problemas relativos aos países da América do Sul. Para ela, o Brasil tem sido efetivo em “ajudar a melhorar a vida do seu povo”.
A cooperação entre Brasil e Estados Unidos foi lembrada em projetos na África do Sul e na questão do biocombustível. A secretária de Estado fez elogios o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando o empenho brasileiro em trazer ao foco o biocombustível.
"O presidente Lula se destaca por sua sabedoria, por sua capacidade de unir a região, por sua visão. E não só por sua visão sobre a região, mas por ter conseguido melhorar a vida do seu povo e por ter relações com países como os Estados Unidos. Acho que ele vai conseguir colocar os biocombustíveis no mapa como maneira de resolver os terríveis problemas que estamos enfrentando de oferta de energia e mudanças climáticas."
Sobre a Venezuela e a relação com Hugo Chávez, Rice crê que é possível voltar a ter contatos com o país. “Historicamente temos boas relações com a Venezuela”, conta. Ela diz ainda que “a questão não é de onde você está no espectro ideológico, mas, sim, se você respeita valores democráticos e instituições democráticas”. Para ela, não importa que o presidente seja de esquerda ou direita, mas, sim, dos valores que prega.
Quanto às Farc, considerada uma “organização terrorista” na visão dos Estados Unidos, Condoleezza acredita que os países têm de ter um controle mais rígido nas fronteiras entre os países, pois as Forças Armadas estão atuando além do território colombiano. “É uma exigência da ONU que seus países membros façam tudo o que pode ser feito para evitar que terroristas usem o sistema financeiro ou territórios remotos para atacar pessoas inocentes”, enfatiza.
Ela ressaltou que os Estados Unidos já estavam envolvidos em ajudar a Colômbia que enfrenta a insegurança permanente no país, com o narcotráfico e terrorismo. Ela citou o exemplo de Medellín que “antes era um sinônimo de problema e agora é uma cidade que está crescendo e a prosperidade faz parte da rotina de novo”. Condoleezza Rice lembrou ainda que os Estados Unidos dobraram a ajuda externa na América Latina “porque o atual presidente tem se preocupado com a justiça social”.
Para finalizar a entrevista, Condoleeza explica que foi um desejo pessoal a viagem para a Bahia: “é lindo aqui, eu sinto ter demorado tanto a conhecer a Bahia”.
Após a passagem pelo Brasil, ela irá para o Chile.
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL350314-5601,00
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