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30 de abril de 2008

Em tática arriscada, Hillary lembra governo de seu marido

Colaboração para a Folha Online

Nos últimos discursos, a pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton tem lembrado seus eleitores a prosperidade vivida durante a década de 90, época do mandato de seu marido, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton. Mas a tática pode se voltar contra a senadora, já que não foram só bons momentos que marcaram a Presidência de Clinton.

A tática é usada principalmente entre os trabalhadores pobres de grandes Estados industriais --como a Pensilvânia e Indiana--, que nos últimos anos viram seu nível de vida cair e seus empregos acabarem. Este eleitorado, que já tradicionalmente apóia a senadora nas primárias, é considerado fundamental para garantir a vitória democrata também nas eleições gerais de 4 de novembro.

"Algumas vezes durante esta campanha eu ouvi criticismo dos anos 90. Isso é justo. É uma eleição e nós esperamos ser criticados. Mas eu sempre quis saber qual parte dos anos 90 eles não gostam: a paz ou a prosperidade", disse Hillary em um discurso na semana passada em Fayetteville, na Carolina do Norte.

Sua volta à década de 90 foi tema de uma reportagem no jornal norte-americano "The Wall Street Journal", que questiona se a dita prosperidade dos anos 90 superará os maus momentos de escândalos políticos e divisões partidárias também associadas ao governo de Clinton.

Elise Amendola/AP
Former President Bill Clinton speaks to his wife, Democratic presidential hopeful Sen. Hillary Rodham Clinton, D-N.Y., as they greet and sign autographs at a rally in Pittsburgh, Monday, April 21, 2008. (AP Photo/Elise Amendola)
Bill Clinton participa da campanha com sua mulher, a pré-candidata democrata Hillary

Leia a íntegra, em inglês

No discurso na Carolina do Norte --que realiza suas primárias em 6 de maio--, Hillary falou orgulhosa aos generais aposentados sobre a relativa paz do governo de seu marido, conhecido por sua política internacional aberta ao diálogo e às soluções pacíficas. "Comparado com o que vimos durante os anos 90, nós regredimos", falou Hillary.

Neste momento, reporta o "Wall Street", um dos presentes gritou da platéia "Sim, mas seu marido também sofreu processo de impeachment por infidelidade", referindo-se ao escândalo da Monica Lewinsky.

Este é um risco que a equipe de campanha de Hillary aceitou correr. Ao lembrar dos momentos de prosperidade econômica do governo Clinton, ela abre espaço para eleitores --e críticos-- lembrarem dos maus momentos e intrigas políticas.

Ataque democrata

Seu rival democrata Barack Obama parece não querer desperdiçar a chance. No debate democrata na Filadélfia, antes das primárias da Pensilvânia, Obama lembrou aos telespectadores alguns dos motivos pelos quais eles não gostam de Clinton.

Durante as duas horas de debate, Obama usou termos contidos para lembrar de uma história de 1992 quando Hillary afirmou de maneira pejorativa que poderia ter desistido de sua carreira política e "ficado em casa, assado biscoitos e tomado chá". Na época, muitos classificaram Hillary como uma ultrafeminista.

Na semana passada, em um fórum em Kokomo, Indiana, Obama culpou a divisão e os segredos envolvendo o primeiro mandado de seu marido pelo fracasso de Hillary em conseguir uma reforma do sistema público de saúde. "Todas estas pessoas falam sobre quanta experiência eles têm. Por que então eles não conseguiram fazer [a reforma]?", falou Obama.

Identidade

As críticas apontam para um problema que vem se arrastando durante toda a campanha de Hillary. Por mais de um ano, os seus assessores debatem como enfatizar os aspectos positivos da Presidência de Clinton sem impedir que Hillary crie uma identidade própria e evite ser apenas um lembrete do que os eleitores não gostavam nos anos 90.

"Nós reconhecemos que não podemos confiar nas conquistas dos anos 90", disse o porta-voz de Hillary, Mo Elleithee. "Mas ao mesmo tempo muitas pessoas de todos os grupos demográficos têm boas memórias de como eram suas vidas nos anos 90", completa.

A tática de Hillary de lembrar os bons momentos da década passada intensificaram-se com a aproximação das disputas democratas em Indiana e Carolina do Norte, em 6 de maio e Virgínia Ocidental e Kentucky, em 13 e 20 de maio respectivamente.

Estes Estados têm grandes eleitorados de baixa renda e de cidades rurais, similares aos que gostam de Clinton da sua época como governador de Arkansas e que prosperaram durante os anos 90. Hillary "é associada com a década sinônimo de crescimento de empregos e estabilidade econômica", diz o senador de Indiana Evan Bayh, que apóia a ex-primeira-dama.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u397205.shtml

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Bolsa de Valores é o investimento mais rentável em abril

EPAMINONDAS NETO

da Folha Online

A elevação do rating brasileiro para "grau de investimento" contribuiu para a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) liderar, com bastante folga, o ranking dos investimentos mais rentáveis no mês de abril.

Com a disparada de hoje, o índice Ibovespa acumula valorização de 11,32% no mês. O Ibovespa é indicador financeiro que serve de referência para boa parte dos fundos de ações disponíveis no sistema bancário.

Após a Bolsa, os fundos de investimentos do tipo Renda Fixa/DI foram os mais rentáveis do período. Os fundos do tipo Renda Fixa tiveram rentabilidade média de 0,75% no mês, segundo cálculo da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), com dados atualizados até o dia 25. Segundo a mesma associação, os fundos DI proporcionaram retorno de 0,69% em abril.

A caderneta de poupança, a aplicação mais popular do país, ofereceu retorno de 0,59% para os investidores neste mês.

Aplicações vinculadas ao dólar e ao ouro entregaram os piores rendimentos de abril. O preço da moeda americana caiu 5,08% no mês. Já no caso da commodity metálica, tendo como referência o contrato negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a queda foi de 9,71%.

A inflação do período foi de 0,69%, se medida pelo IGP-M, e de 0,59%, pelo IPCA-15. O primeiro índice leva em conta preços de atacado, varejo e da construção civil, enquanto o IPCA-15 reflete o custo de vida para famílias com renda mensal entre um e 40 salários mínimos.

Rentabilidade anual

Em quatro meses, o Ibovespa, principal índice financeiro do mercado de ações, acumula ganho de 6,23%, colocando a Bolsa como o investimento mais rentável de 2008, por enquanto.

Os fundos de investimento do tipo Renda Fixa tiveram retorno de 3,55% no quadrimestre, segundo a Anbid, enquanto os fundos DI renderam 3,30% (dados até o dia 25).

No caso da caderneta de poupança, o retorno calculado foi de 2,28% em quatro meses.

O valor do dólar comercial caiu 6,36% entre janeiro e abril. E no caso do ouro (contrato BM&F), a queda foi de 3,92%.

No quadrimestre, a inflação acumulada é de 3,09%, pelo IGP-M, ou de 2,18%, pelo IPCA-15.

www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u397388.shtml

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29 de abril de 2008

Defesa nega possível fuga de casal Nardoni do país

da Folha Online

O advogado Ricardo Martins negou nesta terça-feira que o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella,5, tenham um plano para fugir do país.

"O casal não vai fugir. Trata-se apenas de especulação e boatos de procedência que desconhecemos. O casal está à disposição da Justiça. Eles não vão fugir. Até porque eles têm dois filhos menores", afirmou.

Investigadores do 9º DP (Carandiru), delegacia que investiga o caso, informaram ontem à Justiça terem obtido informações de um plano de saída de Alexandre e Anna Jatobá, possivelmente para Portugal.

15.abr.2008/Folha Imagem
Ricardo Martins, advogado de defesa de casal Nardoni, nega que casal vá fugir
Ricardo Martins, advogado de defesa de casal Nardoni, nega que casal vá fugir

Antonio Nardoni, pai de Alexandre, negou que o filho tivesse intenção de fugir. "Ninguém vai sair do país, ninguém vai sair para lugar nenhum. Eles têm absoluta certeza de que são inocentes, e nós vamos levar isso até o final", diz. "Eles [polícia] têm que criar o fato para tentar justificar a decretação da prisão."

Segundo Martins, os integrantes da defesa desconhecem que tenha sido feito qualquer tipo de consulta para hospedagem do casal fora do local onde permanecem, em Guarulhos (Grande São Paulo), no apartamento dos pais de Anna Carolina.

Ele afirmou que ainda não está definido se a defesa solicitará à Justiça um habeas corpus preventivo em favor dos seus clientes.

Um mês

A morte de Isabella Nardoni, 5, completa um mês nesta terça-feira. A expectativa do Ministério Público é receber o inquérito aberto pela Polícia Civil ainda hoje, uma vez que se completam os 30 dias previstos para conclusão dos trabalhos de investigação e não há a previsão de ampliar o prazo.

Isabella foi morta em 29 de março ao ser jogada do sexto andar no edifício London (zona norte de São Paulo), onde morava o casal. Os dois já foram indiciados pela Polícia Civil e negam a participação no crime.

Na tarde de ontem (28), o promotor Francisco Cembranelli disse já possuir elementos de provas suficientes para justificar uma ação penal contra Alexandre e Anna Carolina.

Com informações da Folha de S.Paulo

www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u396813.shtml

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Corrida democrata acirrada divide eleitores, indica pesquisa

Colaboração para a Folha Online

As previsões do Partido Democrata começam a se confirmar. Diante de uma temporada de intensa troca de ataques entre os pré-candidatos democratas, os eleitores mostram-se mais fiéis ao seu candidato de preferência que ao partido, indica pesquisa divulgada nesta terça-feira.

Segundo a pesquisa do instituto Associated Press-Yahoo, os eleitores de Barack Obama com uma visão negativa da outra democrata, Hillary Clinton, cresceram de 35% em novembro para 44% neste mês, incluindo um quarto de eleitores com uma visão "muito desfavorável".

O outro cenário é ainda mais preocupante. Entre os eleitores de Hillary, a porcentagem daqueles com uma visão desfavorável de Obama cresceu 16 pontos, atingindo 42% neste mês. Este número incluiu ainda 20% de eleitores com uma visão "muito desfavorável", o dobro da porcentagem de novembro.

O aumento da divisão entre eleitores de Obama e Hillary pode comprovar a preocupação dos líderes democratas de que a prolongada disputa pela nomeação pode dividir o partido tão profundamente que não haverá tempo de fortalecer uma plataforma presidencial contra os republicanos nas eleições gerais de novembro.

A conseqüência da divisão entre os eleitores democratas pode favorecer o provável candidato republicano John McCain já que muitos eleitores democratas afirmam que preferem votar no senador republicano, caso seu candidato favorito não seja nomeado.

Entre os eleitores de Obama que não gostam de Hillary, a margem daqueles que afirmam votar em McCain caso ela seja nomeada é de dois para um.

Já entre os eleitores de Hillary insatisfeitos com Obama, uma margem de três para um diz que votará em McCain caso o senador por Illinois seja o candidato democrata.

Eleitorado

Contudo, o sentimento negativo em relação aos pré-candidatos democratas parece especialmente significativo entre os grupos de eleitores que tradicionalmente apóiam Hillary ou Obama.

Cerca de metade dos eleitores brancos de Obama com diplomas universitários mantêm visão negativa de Hillary.

Já 33% dos eleitores negros de Hillary dizem ver negativamente Obama, número maior que o dobro do resultado da primeira pesquisa em novembro.

Entre os eleitores de Hillary, quase metade dos brancos que não terminaram a escola não gosta de Obama, quase o dobro do cenário de novembro. Já quatro em cada dez mulheres brancas --principal grupo de apoio da senadora-- dizem não gostar de Obama.

Divisão

As equipes de campanha dos democratas não se dizem preocupadas com os resultados entre os eleitores de uma corrida tão intensa entre os senadores. "Quando a disputa da família [democrata] terminar, a família se unirá de volta", disse o pesquisador de Obama, Cornell Belcher.

As atuais divisões democratas "não são boas, mas são normais", segundo o estrategista de Hillary, Geoffrey Garin. "Eu conheço vários líderes partidários que estão preocupados com isso. Mas os membros democratas não parecem estar", disse Garin, citando pesquisas que mostram que eleitores querem que a corrida continue.

Nesta segunda-feira, o líder do Partido Democrata, Howard Dean, falou em entrevista que um dos dois pré-candidatos democratas deverá desistir da corrida após o fim das primárias, em 3 de junho para unificar o partido até a Convenção Nacional Democrata e garantir a vitória democrata nas eleições gerais.

"Nós queremos que os eleitores tenham suas vozes ouvidas. Isso acabará em 3 de junho", disse Dean em entrevista ao programa de televisão Good Morning America, da rede ABC.

Na tentativa de acelerar o prolongado processo de nomeação democrata, Dean disse que, embora a legislação do partido permita que os superdelegados esperem até a convenção para votar, a decisão deve ser tomada antes da data, para que o partido possa se unificar em torno do nomeado e fortalecer sua base.

A pesquisa do AP-Yahoo News consultou 863 democratas de um grupo de 2.000 pessoas questionadas em novembro, dezembro, janeiro e abril. A margem de erro é de 3,3 pontos percentuais para mais ou para menos.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u396720.shtml

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28 de abril de 2008

Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos, diz Lula

Presidente não esconde desejo de fazer um secessor e, ainda, que este seja até "mais abençoado" que o próprio Lula

Correio Braziliense.com.br - e Com agências -

Ricardo Stuckert/PR
Presidente quer continuidade do PT à frente da Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, a continuidade do governo petista. Lula vistoriou obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Guarulhos, na grande São Paulo. O presidente Lula defendeu que o PT continue no governo federal por mais alguns anos. "Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos. É preciso que a gente tenha um grupo de pessoas que assuma compromissos e que cada um faça mais do que o outro", disse.
Lula lembrou que faltam 32 meses para o fim do seu mandato e, por esse motivo ele tem pedido a Deus que seu sucessor seja alguém muito melhor do que ele. "Só tenho a pedir a Deus que quem vier depois de mim seja uma pessoa até mais abençoada do que eu e faça mais do que eu estou fazendo pelos pobres", discursou. Para ele, seria "mesquinharia" torcer para seu sucessor ser alguém pior do que ele. "Quem sofre com isso é o povo, pois está cheio de gente que só gosta de pobre em época de eleição. Aí, o pobre vira a coisa mais linda do mundo", afirmou.
Num condomínio residencial financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF), dentro do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), Lula disse que não se pode permitir que o País sofra um retrocesso. Ele ainda citou a importância de continuidade das obras do PAC e do PAR. Segundo o presidente, o programa da CEF não começou em seu governo, mas teve continuidade porque é muito promissor.
Cumbica Ao afirmar que tem pedido a Deus que conceda ao Brasil um sucessor que faça mais pelos pobres do que o seu governo, Lula disse também que os prefeitos que estão deixando os atuais mandatos deveriam pensar em ter sucessores também melhores. No aeroporto de Guarulhos, o presidente reiterou que Cumbica não terá a terceira pista, como já fora anunciado, "por uma questão econômica". "Deixaram muita gente ocupar em torno de Cumbica e portanto vai ficar caro", disse Lula. "Vamos fazer uma reforma. Vamos fazer o terceiro terminal, vamos ampliar a pista, vamos aumentar o pátio, para que Guarulhos possa receber muito mais gente." Segundo o presidente, a obra já deveria estar em andamento. "Mas houve um problema no TCU [Tribunal de Contas da União], mas já conversei com o ministro Jobim [Nelson Jobim, Defesa] para que resolva o mais rápido possível", disse Lula.

27 de abril de 2008

PT vai se coligar com PSDB em 200 cidades Publicidade

SIMONE IGLESIAS RANIER BRAGON da Folha de S.Paulo, em Brasília

Inimigos no plano nacional, PT e PSDB vão tentar se coligar em cerca de 200 cidades do país nas eleições de outubro, apesar do veto dado na quinta-feira pela Executiva Nacional petista à aliança em Belo Horizonte, sexta maior cidade do país.

Impulsionados por particularidades locais, tucanos e petistas tendem a ampliar a parceria em relação a 2004, quando patrocinaram dobradinhas em 121 municípios --pequenos, em sua maioria--, tendo vencido em 44% deles.

"Cada caso é um caso e vamos estudá-los à luz das conjunturas locais, estaduais e nacional. A decisão sobre Belo Horizonte não cria jurisprudência para nada, mas é claro que alguém pode apelar para isso", disse o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

Na linha do "cada caso é um caso", os dirigentes petistas não querem se comprometer com o veto da Executiva Nacional em cidades sem a dimensão nacional de Belo Horizonte.

Em 2004, o maior município que assistiu à união entre o PT e o PSDB foi Anápolis (GO), o 70º maior do país. No segundo turno, a chapa petista-tucana foi derrotada pelo PSB.

Agora, há conversas em estágios variados em cidades como Aracaju (35ª maior do país), a mineira Juiz de Fora (36ª) e a gaúcha Pelotas (65ª).

"Nas cidades menores, o que prevalece é a questão paroquial. Como os pedidos de aliança em grandes e médias cidades são quase inexistentes, não existe constrangimento", diz o deputado federal Rodrigo de Castro (MG), coordenador nacional no PSDB das eleições.

Campeão

Devido à tentativa do governador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito Fernando Pimentel (PT) de patrocinar candidatura conjunta em Belo Horizonte, Minas deve ser o Estado campeão de solicitações de aliança entre PT e PSDB, segundo estimativa do secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira.

Segundo ele, são aproximadamente 60. Na cidade histórica de Ouro Preto, por exemplo, o PSDB pode encabeçar a chapa que teria o PT como vice. Em Congonhas (78 km de Belo Horizonte) e Guapé (281 km de Belo Horizonte), os dois partidos também buscam uma dobradinha, nesse caso com o PT concorrendo a prefeito.

Em Juiz de Fora (272 km de BH), petistas e tucanos aguardam os desdobramentos em Belo Horizonte. "A candidatura própria do PT aqui tem uma convergência muito grande, mas o nosso direcionamento não é o de fechar a porteira. Mas estamos aguardando os desdobramentos de Belo Horizonte", diz o presidente do PT local, Rogério de Freitas.

Em Aracaju, o PT e o PSDB buscam aliança para apoiar a reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B). "O PT aqui ainda não discutiu isso, foi o prefeito que fez um gesto em direção ao PSDB. Agora, a decisão de Belo Horizonte é específica. Para os demais casos, vale a decisão anterior de avaliar caso a caso", diz o presidente do PT de Sergipe, Marcio Macedo.

Na Paraíba, o PSDB e o DEM, os dois maiores adversários do governo Lula, apoiarão a candidata petista Polianna Feitosa (PT) à Prefeitura de Pombal (371 km de João Pessoa) e, em Maturéia (312 km de João Pessoa), o PT será vice dos tucanos.

Complexo

Em Pelotas, quarta maior cidade do Rio Grande do Sul, o candidato do PT, Fernando Marroni, poderá ter o apoio do PSDB, partido da governadora do Estado, Yeda Crusius. "A situação de Pelotas é complexa porque o Rio Grande do Sul é um Estado importante no qual o PT faz oposição ao governo do PSDB", disse Romênio Pereira.

A direção petista determinou por meio de resolução que analisará, prioritariamente, os pedidos de aliança com o PSDB nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Como são poucos, se dedicará a todas às solicitações feitas, mesmo que pelos menores municípios do país.

Pereira disse que não há critérios objetivos para o veto ou a aprovação, mas afirmou que é bem mais fácil para o partido liberar alianças em cidades de pouco peso nacional.

No PSDB, a Executiva Nacional analisará as alianças em municípios com mais de 50 mil habitantes. "Em Belo Horizonte, ficou claro que a rejeição do PT foi ao nome do governador Aécio Neves, não ao PSDB", disse Rodrigo de Castro.

www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u396122.shtml

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26 de abril de 2008

Para Raikkonen, largada será crucial

Após mudar acerto do carro, finlandês da Ferrari tira pole position de Fernando Alonso
GLOBOESPORTE.COM No Rio de Janeiro
ALTERAR O TAMANHO DA LETRA
Agência
EFE
Raikkonen comemora a pole position

Para Kimi Raikkonen, pole position do GP da Espanha, a largada neste domingo será crucial para uma boa chance de vitória na corrida. O finlandês sai pela primeira vez na frente no grid de largada nesta temporada, após superar Fernando Alonso, da Renault, no último segundo do treino classificatório.

- A classificação é uma parte, mas no domingo é que conseguimos os pontos. No ano passado, não terminamos a prova. Precisamos ter um bom ritmo na corrida assim como uma boa largada. Confiamos em nossa equipe. Precisamos fazer as primeiras curvas de forma limpa e tentar consolidar a posição. Esse é o melhor lugar para trabalhar - diz, em entrevista à imprensa européia.

O finlandês admitiu que ele está mais confiante após mudar o acerto do carro antes da classificação.

- Mudamos um pouco o acerto para termos um trabalho mais fácil. Tentamos fazer algo nos testes, mas choveu e não conseguimos. Mas poucas voltas no seco me deram um bom pressentimento. Estou mais feliz com o carro aqui do que nas corridas anteriores.

A Rede Globo transmite as 66 voltas do GP da Espanha neste domingo, às 9h (horário de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha a corrida em Tempo Real.

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Motor/0,,MUL427613

-1311,00-PARA+RAIKKONEN+LARGADA+SERA+CRUCIAL.html

Ministro norte-coreano inicia visita oficial à China

da Efe, em Pequim

O ministro de Assuntos Exteriores norte-coreano, Pak Ui Chun, chegou a Pequim na manhã deste sábado (26), em visita oficial que coincide com um possível avanço na declaração sobre o programa nuclear de Pyongyang e as tensões por sua suposta transferência de tecnologia nuclear à Síria.

Pak visitará a China por quatro dias, nos quais se reunirá com o vice-presidente Xi Jinping, com o conselheiro de Estado, Dai Bingguo, e com seu colega chinês, Yang Jiechi, informou a agência de notícias "Xinhua".

Além da capital, está previsto que o ministro visite Xangai, principal centro financeiro da China.

A visita do chanceler norte-coreano a Pequim acontece um dia depois de o diretor do Departamento dos EUA para a Coréia, Sung Kim, qualificar de "bem-sucedida" sua viagem desta semana a Pyongyang para avançar na declaração completa do programa nuclear norte-coreano.

Este documento é um dos objetivos do diálogo mantido pelas duas Coréias, EUA, Rússia, Japão e China, a fim de desmantelar o programa nuclear norte-coreano.

No entanto, sua redação se encontra estagnada desde dezembro, porque Pyongyang não declarou o suposto programa de urânio que disparou a atual crise.

Segundo a agência sul-coreana "Yonhap", que citou fontes diplomáticas, durante a visita de Sung Kim foram alcançados avanços na declaração dos programas de plutônio, e os dois países chegaram a um acordo para cooperar na verificação da totalidade do programa.

De acordo com estas fontes, está previsto que os países do diálogo de seis lados se reúnam para discutir os resultados da viagem do funcionário americano.

Além disso, as fontes minimizaram a importância da acusação americana sobre o suposto fornecimento de tecnologia nuclear norte-coreana à Síria.

O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, negou ontem que seu país estivesse construindo uma instalação nuclear clandestina com ajuda de Pyongyang, e sugeriu que os EUA poderiam estar "inventando" estas acusações para justificar o ataque israelense de setembro do ano passado.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u395914.shtml
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25 de abril de 2008

Marinha encerra no sábado buscas por padre desaparecido no litoral de SC

da Folha Online

A Marinha prevê para amanhã (26) o encerramento das buscas pelo padre Adelir Antônio de Carli, desaparecido desde domingo no litoral de Santa Catarina. O padre queria bater o recorde de vôo de com balões, indo de Paranaguá (litoral do Paraná) até Ponta Grossa. Os ventos e o mau tempo, no entanto, acabaram desviando Carli à costa catarinense.

13.jan.2008/AP
Padre Adelir de Carli observa equipamento em preparação para voar com balões
Padre Adelir de Carli observa equipamento em preparação para vôo com balões

O Salvamar (Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil) empenhou lanchas, uma embarcação rebocadora e um helicóptero nas buscas ao padre. Amanhã à noite serão completadas 144 horas de buscas.

"O período de sobrevivência de um náufrago é indeterminado, dependendo das condições físicas e psicológicas do mesmo, bem como das condições meteorológicas. O tempo indicado como parâmetro eficaz nas buscas em situações similares é de 72 horas", afirmou a Marinha em nota.

O comando dos bombeiros de São Francisco do Sul (SC), no entanto, informou que deve continuar as buscas por mais uma semana. Ontem, um avião alugado pela família do padre localizou, segundo os bombeiros, dez balões a cerca de 400 km de Paranaguá e a 80 km da costa catarinense. A Marinha, ainda de acordo com os bombeiros, foi informada.

As buscas pelos bombeiros de Itajaí, também em Santa Catarina, devem ser fortalecidas também nas praias. Na região de São Francisco do Sul as buscas devem terminar hoje, segundo o comandante Alfredo Moraes de Araújo Júnior.

Aeronáutica

A FAB (Força Aérea Brasileira) também encerrou ontem suas buscas aéreas pelo padre. Ao todo, a Aeronáutica realizou 31 horas de vôo, cobrindo 4.500 km2 com oito métodos de busca diferentes.

www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u395716.shtml

AIEA critica EUA por esconderem informação sobre Síria

Agencia Estado
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, criticou hoje os Estados Unidos. Para ElBaradei, Washington deveria ter fornecido informações de inteligência mais cedo sobre um reator nuclear na Síria, que estaria sendo construído secretamente pela Coréia do Norte.
O diretor-geral da AIEA também criticou Israel por bombardear a área onde estariam as instalações, sete meses atrás. A linguagem forte do comunicado divulgado por ElBaradei reflete a insatisfação pela AIEA permanecer fora do assunto por tanto tempo.
A Casa Branca rompeu ontem o silêncio sobre o tema. Funcionários de inteligência norte-americanos disseram que as evidências que confirmaram a existência de instalações nucleares incluíam dezenas de fotografias e filmagens feitas por satélites espiões após o ataque israelense.
A missão da AIEA é tentar manter a proliferação nuclear sob controle, e depende de informações dos Estados membros para realizar esse objetivo. A agência atualmente investiga denúncias de que o Irã tentou produzir armas nucleares, e usa não só informações de inteligência de seus funcionários, mas também dos EUA e outros países.
"O diretor-geral lamenta o fato de que essa informação não foi fornecida à agência no momento apropriado, de acordo com as responsabilidades da agência sob o tratado de não-proliferação nuclear (TNP), para que possibilitasse a ela verificar sua veracidade e apurar os fatos", informou o comunicado. Para ElBaradei, "o uso unilateral da força por Israel está minando o devido processo de verificação, que é central no regime de não-proliferação".
www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=873226
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24 de abril de 2008

Mercados: Petrobras e Vale puxam queda de 0,57% na Bovespa

Valor Online

SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou hoje novo pregão de baixa. No entanto, o fraco desempenho das ações da Petrobras e Vale foi compensado pela alta nos ativos dos bancos e das elétricas, o que limitou o tamanho da perda. Ao final da quinta-feira, o Ibovespa apontava 64.576 pontos, baixa de 0,57%. O giro financeiro foi elevado, R$ 6,07 bilhões. Na mínima do dia, o Ibovespa chegou a cair 1,11%.

Em Nova York os investidores norte-americanos deixaram para trás a acentuada queda nas vendas de imóveis novos e focaram atenções nos balanços corporativos. Com isso, o Dow Jones reverteu as perdas da manhã e fechou o dia com alta de 0,67%, enquanto a Nasdaq ganhou 0,99%.

Segundo o assessor de investimento da Corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, parte do tom negativo do dia pode atribuída à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que não trouxe pistas suficientes sobre qual será o rumo da política monetária. Muita gente não entendeu nada nas entrelinhas do documento e ficou a dúvida sobre o ritmo das altas.

Semana passada, o Banco Central elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano, e sinalizou em seu comunicado que parte substancial do ajuste já teria sido feito. Hoje, os agentes aguardavam alguma explicação mais clara sobre tal ação, mas a ata indicou que o reajuste foi feito para conter as expectativas de inflação e o descompasso entre oferta e demanda.

Outro fator a estimular as vendas foi a queda no preço das commodities no mercado internacional, o que atingiu diretamente os preços das ações de Petrobras e Vale, que respondem por mais de 25% do Ibovespa.

Apesar da queda dos dois últimos dias, Monteiro considera que a realização de lucros é salutar. E mesmo com as baixas, o Ibovespa ainda apresenta alta de quase 6% em abril.

Puxando as perdas dentro do índice, as ações PN da Petrobras caíram 2,14%, para R$ 83,20. O papel chegou a subir a R$ 85,25 por alguns instantes, depois que surgiram rumores sobre o anúncio de mais uma descoberta, mas a história não ganhou fôlego.

Queda acentuada também para Vale PNA, que desvalorizou 2,82%, para R$ 51,21, e Vale ON perdeu 3,93%, para R$ 62,25.

Impedindo uma queda mais pronunciada, os bancos tiveram desempenho positivo. Bradesco PN subiu 1,77%, para R$ 36,13. Banco do Brasil ON avançou 3,13%, para R$ 25,32, e Itaú PN ganhou 0,11%, para R$ 43,20.

Forte alta para Eletropaulo PNB, que fechou com alta de 4,78%, para R$ 37,00. Cemig PN ganhou 3,93%, para R$ 35,65, e Braskem PNA aumentou 3,92%, para R$ 14,02. Os ativos PN da Duratex, Tim, Gol e Brasil Telecom SA também avançaram mais de 3% cada.

Na ponta oposta, Bradespar PN caiu 3,98%, para R$ 46,01. Natura ON recuou 3,56%, para R$ 17,60, e Metalúrgica Gerdau PN desvalorizou 3,09%, para R$ 81,40.

Depois de cair mais de 4%, o papel ON da Cosan fechou o dia a R$ 26,50, queda de 1,85%. Os papéis reagiram à compra dos ativos de distribuição e comercialização de combustíveis da Esso no Brasil anunciada hoje pela companhia por US$ 826 milhões, mais assunção de dívidas no valor de US$ 163 milhões e outros US$ 35 milhões em créditos.

(Eduardo Campos | Valor Online)

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/04/24/mercados_petrobras

_vale_puxam_queda_de_0_57_na_bovespa-427044132.asp

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23 de abril de 2008

Ciro Gomes admite concorrer ao Palácio do Planalto em 2010

São Paulo, 23 de Abril de 2008 - O ex-ministro da Integração Nacional (governo Lula) e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) admitiu ontem, em São Paulo, a possibilidade de concorrer ao Palácio do Planalto daqui a dois anos, embora tenha reiterado ser cedo para discutir as eleições presidenciais de 2010.

Integra do texto

São Paulo, 23 de Abril de 2008 - O ex-ministro da Integração Nacional (governo Lula) e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) admitiu ontem, em São Paulo, a possibilidade de concorrer ao Palácio do Planalto daqui a dois anos, embora tenha reiterado ser cedo para discutir as eleições presidenciais de 2010. Animado e procurando exibir um perfil "paz e amor", o parlamentar não descartou ainda a hipótese de sair candidato a vice numa chapa encabeçada pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Ciro reconheceu erros do passado e disse estar preparado para exercer o cargo.

"É natural a especulação em torno do meu nome. Serei candidato se entender que minha candidatura serve ao País. Se for meu destino, será uma honra", afirmou Ciro, reconhecendo a chance de enfrentar, na corrida presidencial, outros candidatos da base governista. "Se amanhã, o País necessitar que eu abra mão de minhas justas pretensões, aí não serei candidato a nada. Não estou aqui admitindo ser vice do Aécio. Admito examinar o assunto na oportunidade", acrescentou o deputado durante sabatina promovida pela jornal Folha de S.Paulo.

Conhecido pelo temperamento forte, o ex-ministro disse que o destempero verbal pode atrapalhar numa eventual candidatura a presidente. "Qualquer destempero é incabível para quem pretende governar o País". No entanto, negou o estilo "paz e amor", estratégia adotada com sucesso nas últimas duas eleições pelo presidente Lula. "Não mudei de comportamento. Sou a mesma pessoa. Se exagerei, não foi de má fé", justificou.

Ciro se disse agradecido por não ter sido eleito presidente em 2002. "Agradeço a Deus não ter sido eleito naquela época. Não estava maduro". Ele também aproveitou para alfinetar o governador paulista, José Serra, provável candidato do PSDB em 2010, ao lembrar da origem de sua divergência com o tucano. "O Serra, sem conversar com ninguém, dá a seguinte entrevista: PSDB é contra revisão constitucional. Me liga o então ministro da Fazenda FHC e diz que querem sabotar o seu plano Real. Vou à Brasília para dizer que ele (Serra) não pode agir solitariamente e que ele vai ter que desdizer ou perder a liderança. Nunca mais me perdoou. Mas servi o País."

Explicações

O ex-ministro cobrou explicações do seu irmão e governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), que em viagem oficial à Europa ofereceu carona à sogra. Além disso, defendeu a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, das acusações de ter elaborado o dossiê sobre os gastos com cartão corporativo e contas do tipo B do governo Fernando Henrique Cardoso. Para ele, é normal a Casa Civil ter reunido informações sobre gastos sigilosos de presidentes e ex-presidentes, uma vez que há uma CPI investigando o uso do cartões corporativos.

Em relação às eleições municipais na capital paulista, o deputado reiterou que as negociações em torno de alianças com outros partidos estão sendo costuradas pelo deputado federal, Márcio França (PSB-SP). Caso não tenha candidato próprio, o PSB estuda coligar-se com alguma legenda do bloco de esquerda, composto ainda por PCdoB e PDT. Outra alternativa seria apoiar os demais partidos da base aliada do governo Lula. Ciro, porém, admitiu conversas com o ex-governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)(Fernando Taquari Ribeiro)

www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param

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Caso Isabella: quatro testemunhas devem ser ouvidas nesta quarta

Esses são os depoimentos que faltam para fechar inquérito de caso Isabella. Além de avô e tia da menina, dois vizinhos do prédio devem ser ouvidos.
Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo

Quatro testemunhas devem prestar depoimento sobre a morte da menina Isabella no 9º Distrito Policial, do Carandiru, Zona Norte de São Paulo, nesta quarta-feira (23). Além do avô e da tia da criança, Antonio e Cristiane Nardoni, que devem falar as 16h, dois vizinhos do prédio de onde Isabella foi jogada devem prestar esclarecimentos às 14h.

Cobertura completa: caso Isabella

A polícia considera os vizinhos como testemunhas 'imprescindíveis' para a conclusão do inquérito do caso. Segundo reportagem da TV Globo, as duas testemunhas foram indicadas pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, considerados pela polícia suspeitos pela morte de Isabella.

As identidades dessas duas testemunhas foram mantidas em sigilo. Os advogados haviam entregue uma lista com mais de 20 testemunhas que gostariam que fossem ouvidas no processo.

Adiamento

O avô e a tia de Isabella seriam ouvidos na tarde de terça (22). Mas a polícia decidiu cancelar os depoimentos, pela segunda vez. A primeira ocorreu no sábado (19), devido ao cansaço da família.

Também na terça foi cancelada a divulgação dos laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) sobre a morte de Isabella. Os documentos foram anexados aos seis volumes do inquérito policial. As informações de legistas e peritos estão agora oficialmente disponíveis para os advogados de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Durante entrevista para explicar os cancelamentos, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano, afirmou que a polícia não usou os laudos, ainda não divulgados oficialmente, no interrogatório do casal.

"Essas perguntas foram feitas com base. Quando o delegado (Calixto Calil Filho) esteve no local do crime e quando o delegado se reuniu com os peritos. Em nenhum momento ela foi feita enquanto se lia o laudo e depois se perguntava", disse Galiano.

A policia negou também que Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, tenha sido agredida por outras mulheres, quando ficou presa oito dias no 89º Distrito Policial. "Não sofreu qualquer agressão. Quando passou por exame de corpo de delito, não disse ao médico a existência de qualquer lesão".

Os advogados do casal só deverão conhecer a interpretação dos delegados do inquérito no dia da reconstituição do crime, que será feita no próximo fim de semana. Mesmo com a entrega dos laudos para a polícia, que foram anexados ao inquérito nesta terça, a defesa do casal Alexandre e Anna Carolina informou que irá manter o envio de representação à Corregedoria da Polícia Civil, anunciado na segunda-feira (21).

Alegações da defesa

Segundo os advogados, o inquérito possui várias falhas:

- a polícia teria pressionado o pedreiro a negar informações sobre um arrombamento numa casa nos fundos do prédio do casal;

- a defesa considerou ainda sem credibilidade o depoimento de testemunhas que disseram ter visto Cristiane, a irmã de Alexandre num bar, quando ela estava em outro;

- e que não haveria consenso entre os peritos sobre a existência ou não de sangue no carro.

O promotor do Ministério Público, Francisco Cembranelli, disse nesta tarde que não há divergências entre os peritos. “Havia sangue, foi encontrado dentro do veículo. Não há divergência alguma entre peritos”, disse. Segundo ele, que não quis adiantar os resultados do trabalho da perícia, tudo indica que se trata mesmo de sangue da menina Isabella.

Pedreiro

Na terça-feira, a polícia ouviu pela segunda vez o pedreiro Gabriel Santos Neto, que trabalha na obra de um terreno que fica nos fundos do Edifício London, de onde Isabella foi jogada. Ele voltou a dizer a polícia que o local não foi arrombado.

A declaração do pedreiro havia sido questionada pela defesa nos últimos dias. Segundo os advogados do casal, a polícia teria pressionado a testemunha a negar o arrombamento do portão da obra na noite do crime.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL421797-5605,00 -CASO+ISABELLA+QUATRO+TESTEMUNHAS+DEVEM+SER +OUVIDAS+NESTA+QUARTA.htmlEnvie um e-mail para mim!

Mortos em Darfur podem chegar a 300 mil, diz ONU

da Folha Online

O subsecretário-geral de ajuda humanitária das Nações Unidas, John Holmes, disse nesta terça-feira que o número de mortos no conflito de Darfur, região do oeste do Sudão, pode chegar a 300 mil.

Essa nova estimativa, apresentada por Holmes em um encontro do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, representa um aumento de 50% sobre o cálculo anterior, que era de 200 mil mortos nos cinco anos de conflito.

O número anterior era baseado em um estudo feito em 2006 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nessa estimativa, estão incluídas tanto as pessoas mortas nos combates como aquelas que morreram de doenças e de desnutrição por causa do conflito.

Holmes afirmou que o número de 2006 "deve estar bem maior agora", mas disse que o novo cálculo não está baseado em um estudo.

"Não estou tentando sugerir que este é um número com base científica", disse Holmes a jornalistas, após a reunião do Conselho de Segurança.

As declarações de Holmes foram criticadas pelo embaixador do Sudão na ONU, Abdul Mahmoud Abdel-Halim, que o acusou de exagerar no cálculo.

Segundo Abdel-Halim, cerca de 10 mil pessoas morreram na região de Darfur como resultado dos conflitos iniciados em 2003.

O embaixador sudanês afirmou que o cálculo de seu governo leva em conta apenas os mortos em combate.

Força de paz

No encontro do Conselho de Segurança, o representante da força de paz conjunta da ONU e da União Africana para Darfur, Rodolphe Adada, disse que é pouco provável que a missão chegue ao número total previsto de homens, de cerca de 20 mil, antes de 2009.

Segundo Adada, atualmente a força opera com menos de 40% desse número, e a previsão é de que possa atingir 80% desse contingente até o final deste ano.

Calcula-se que mais de 2 milhões tenham sido obrigadas a deixar suas casas desde 2003 por causa dos conflitos em Darfur.

As hostilidades se iniciaram em 2003, depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum.

A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão. Há relatos de intenso bombardeio de vilarejos por aviões da força aérea, seguidos de ataques das milícias Janjaweed, formadas por africanos muçulmanos de origem árabe.

Refugiados e observadores externos afirmam que há uma tentativa deliberada de se expulsar a população negra africana de Darfur.

O governo do Sudão admite a existência de "milícias de auto-defesa", mas nega que tenha ligações com os Janjaweed e diz que as acusações são exageradas.

www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u394731.shtml

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As eleições no Paraguai

A Aliança Patriótica para a Mudança conseguiu quebrar a hegemonia de 61 anos do Partido Colorado à frente do governo do Paraguai, nas eleições de domingo. Com 40,82% dos votos, o ex-bispo Fernando Lugo elegeu-se presidente, batendo a candidata oficialista Blanca Ovelar (30,72% dos votos) e o general Lino Oviedo (21,98%), que liderou uma dissidência do Partido Colorado. Fernando Lugo elegeu-se prometendo fazer profundas reformas políticas, sociais e econômicas no Paraguai. No início de sua campanha eleitoral, apresentou-se como um reformista radical, em tudo semelhante a Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa. Afirmava, por exemplo, que exigiria do governo brasileiro a revisão do Tratado de Itaipu, por considerar que seus termos espoliam o Paraguai de sua principal riqueza. Também anunciou uma reforma agrária que, na prática, significaria a expulsão de grande parte dos fazendeiros brasileiros - os brasiguaios - que há décadas se instalaram na faixa de fronteira. No domingo, já como presidente eleito, seu discurso havia perdido a virulência inicial. Quanto ao Brasil, afirmou que fará “uma aproximação amistosa, no marco de um relacionamento sério e de respeito recíproco. Não guardamos o menor sentimento de confrontação em relação ao país irmão”. Sobre a reforma agrária, esclareceu que fará, inicialmente, um cadastro das terras e tratará de regularizar sua posse, não pretendendo expulsar os brasileiros que lá se instalaram. Também afirmou que as reformas que pretende fazer na estrutura do Estado paraguaio serão apenas iniciadas, pois os cinco anos de seu mandato não seriam suficientes para completá-las. O tom agora moderado de Fernando Lugo é uma conseqüência natural da correlação de forças políticas evidenciada pelo pleito de domingo. A Aliança Patriótica para a Mudança tirou o Partido Colorado do poder, mas não obteve maioria suficiente para promover reformas radicais. A Aliança, na verdade, é uma coalizão feita sob medida para ganhar as eleições, não para governar. Ela é composta por 9 partidos políticos e 20 movimentos sociais, cobrindo um espectro ideológico que vai da centro-direita à extrema esquerda. O elemento mais poderoso desse conglomerado é o Partido Liberal Radical Autêntico, de centro, presidido por Federico Franco, que se elegeu vice-presidente. E, para Franco, as reformas terão de ser feitas aos poucos, sem sobressaltos, pois “o Paraguai não está preparado para uma esquerda ao estilo de Hugo Chávez”. O próprio Lugo reconhece que seu socialismo se distancia do de Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega. Seu modelo, afirma, é semelhante ao do moderado presidente uruguaio, Tabaré Vázquez. Não bastasse ter de conciliar interesses conflitantes na coalizão que foi formada há apenas oito meses, Fernando Lugo terá de administrar uma máquina estatal que se confunde com a máquina do Partido Colorado. Quase um terço da população tem a carteira de membro do partido - sem a qual ainda não se faz negócios ou se arruma emprego. Praticamente todos os postos da cúpula e dos níveis médios da administração pública estão ocupados por colorados. Os eleitores, por sua vez, não foram muito generosos com Lugo. Deram-lhe a presidência, mas não a maioria parlamentar necessária para fazer, com alguma tranqüilidade, a reforma do Estado. Num Senado de 45 cadeiras, o Partido Colorado já ficou com 16 vagas; o Liberal, com 13; as duas dissidências do Colorado, com 9 e 4 cadeiras; e outras 3 ficaram com pequenos partidos de esquerda. Dos 17 departamentos, pelo menos 10 terão governadores colorados. Com essa fragmentação, resta saber como Fernando Lugo poderá executar um programa de governo que inclui a criação de empregos para 100 mil famílias em obras públicas e comunitárias, a construção de 40 mil casas por ano e a distribuição de 30 mil lotes de terras para indígenas e camponeses, além de uma profunda reforma constitucional. Ele certamente insistirá na revisão do Tratado de Itaipu, apesar de o presidente Lula ter dito, neste fim de semana, que não atenderá à reivindicação. Quando muito, o governo brasileiro concordará em aumentar o preço da energia excedente de Itaipu, mas não nos níveis pretendidos por Lugo. http://txt.estado.com.br/editorias/2008/04/23/edi-1.93.5.20080423.3.1.xml
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22 de abril de 2008

Brasil aceita discutir tarifa, mas não tratado de Itaipu, diz Itamaraty

Lula disse que não pretende mudar acordo; Amorim admitiu rever reajuste de valores. Novo presidente do Paraguai quer preço maior por energia comprada pelo Brasil.
Fausto Carneiro Do G1, em Brasília entre em contato
ALTERA O TAMANHO DA LETRA

O Itamaraty informou nesta terça-feira (22) que o Brasil pode renegociar o valor da tarifa paga pela energia paraguaia gerada na Usina de Itaipu, mas não pretende rediscutir o tratado que define a fórmula de cálculo. Na segunda-feira (21), Lula disse em Gana (África) que não aceita alterar as regras do tratado. Mais tarde, também em Gana, o chanceler Celso Amorim declarou que não está descartado um eventual reajuste dos valores pagos ao Paraguai pela energia a que o país vizinho tem direito mas não usa. Segundo o Itamaraty, as declarações de Lula e Amorim não são contraditórias e “se complementam” porque tratam de coisas diferentes. O pedido de revisão do valor da tarifa e de vários pontos do tratado foi uma das bandeiras de campanha de Fernando Lugo, eleito neste domingo (20) presidente do Paraguai. No começo de abril, Lugo tratou do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Brasília. Segundo o Itamaraty, a revisão do tratado "está fora de discussão".

Pelas regras do tratado, o cálculo da tarifa é revisto anualmente no mês de outubro. A fórmula, porém, permanece inalterada. Ela prevê que o valor da energia deve ser suficiente para pagar todas as despesas de Itaipu, inclusive a parcela anual de US$ 2 bilhões com o financiamento da obra. O cálculo leva em conta uma série de itens, como modernização da usina, investimentos em máquinas, contratação de pessoal, pagamento da mão-de-obra, encargos, abatimento do financiamento da construção de Itaipu e até ações socioambientais. O custo total é então dividido pela capacidade de geração de energia. Por essa conta, a tarifa hoje está em US$ 45 por megawatt produzido, informou a assessoria de Itaipu ao G1. Segundo a assessoria, o Paraguai quer o aumento no valor pago pela energia, já que o país fica com apenas 5% de sua cota –o restante é vendido ao Brasil. O problema é que nesse caso, a conta seria paga pelo consumidor brasileiro, segundo a assessoria de Itaipu.

Foto: Valter Campanato/Antonio Cruz/Agência Brasil
O chanceler brasileiro, Celso Amorim (esquerda), e o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo (Fotos: Valter Campanato/Antonio Cruz/Agência Brasil)

Dos US$ 3,2 bilhões da receita anual de Itaipu, US$ 2 bilhões são usados para abatimento do financiamento da obra, que vai até 2023. O restante é dividido entre os dois países. Com o repasse do excedente de energia ao Brasil, o Paraguai fica com um saldo de caixa de US$ 550 milhões anuais. Para o diretor-geral da usina de Itaipu, Jorge Samek, o valor é justo. Até a variação cambial influi nas pretensões paraguaias, de acordo com a assessoria de Itaipu. Com a desvalorização do dólar, o valor pago pelo Brasil pela energia excedente do Paraguai também fica menor no caixa do país vizinho após a conversão para a moeda paraguaia. No começo de abril, depois de conversar com o presidente Lula no Palácio da Alvorada, Samek havia descartado reajustes na tarifa. Segundo ele, a usina era “um bom negócio” para o Paraguai.
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL420928-5601,00 -BRASIL+ACEITA+DISCUTIR+TARIFA+MAS+NAO+TRATADO +DE+ITAIPU+DIZ+ITAMARATY.htmlEnvie um e-mail para mim!

Hillary reconhece que precisa vencer na Pensilvânia

Colaboração para a Folha Online

Os eleitores da Pensilvânia estão votando nesta terça-feira na maior primária remanescente à corrida pela indicação democrata à disputa presidencial dos EUA.

Enquanto isso, os pré-candidatos Hillary Clinton e Barack Obama continuam os ataques um ao outro, em temas como campanhas depreciativas na TV e o uso de força militar contra o Irã.

A senadora Hillary --favorita nas pesquisas que precederam as votações desta terça-feira-- reconheceu pela manhã que precisa vencer as primárias na Pensilvânia para ter chances de ser a indicada pelo partido.

Entretanto, disse que não é relevante se ganhará por uma margem maior ou pouco expressiva de votos, segundo reportagem desta terça-feira do jornal "The Washington Post"

Leia a integra da matéria no site do Washington Post.

Obama --que tem gastado mais verbas de campanha que Hillary no Estado-- disse que não espera vencer sua rival nas urnas, mas considera que se perder, será por uma pequena margem de votos.

Caso isso se confirme, o senador por Illinois afirma que se manterá forte na liderança da contagem nacional de votos dos delegados democratas.

Votação

De acordo com a Associeted Press, o senador por Illinois chega à disputa por delegados na Pensilvânia com 1684 delegados, enquanto a senadora por Nova York possui 1509.

Os locais de votação para a primária democrata abriram às 7h da manhã (hora local), e os eleitores podem votar até às 20h. Estão em disputa na Pensilvânia 158 delegados para a Convenção Nacional do Partido Democrata no fim de agosto, em Denver. O senador Obama está 140 delegados à frente de Hillary.

Cerca de 4 milhões de democratas estão regularmente registrados para votarem nas primárias desta terça. Ambos os candidatos tentam ganhar votos com anúncios na televisão trocas de acusações nos últimos eventos de campanha no Estado.

Superdelegados

É provável que indicação democrata seja decidida por cerca de 800 superdelegados do Partido Democrata, um grupo de influentes eleitores que são disputados pelos pré-candidatos e podem decidir seu voto a partir dos resultados da votação da primária em curso.

Os superdelegados são selecionados entre o comitê nacional dos democratas, os membros do Congresso, governadores e líderes partidários de relevo -- como ex-presidentes, vice-presidentes e líderes no Congresso. Alguns deles são escolhidos nas convenções estaduais.

Os superdelegados não têm compromissos estabelecidos com nenhum candidato. Mesmo no caso de declararem apoio a algum dos pré-candidatos antes da convenção partidária, eles podem mudar seu voto a qualquer momento.

Entre os republicanos não há superdelegados, no entanto, 123 membros do comitê nacional republicano são livres para escolherem seu candidato na convenção que acontecerá em agosto em Minneapolis.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u394625.shtml

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21 de abril de 2008

Detidos 2 por tentar invadir prédio de família da madrasta

Cerca de 40 manifestantes estavam em frente à garagem do edifício onde moram os pais de Anna Carolina

ELVIS PEREIRA - Agencia Estado

Dois homens foram acusados de desacato

Sérgio Castro/AE

Dois homens foram acusados de desacato

SÃO PAULO - A Polícia Militar (PM) deteve nesta segunda-feira, 21, dois homens acusados de tentar invadir o prédio onde vivem os pais de Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni. A dupla tentou entrar no edifício em Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 15h30, quando um carro deixava o imóvel. De acordo com a Rádio CBN, cerca de 40 manifestantes estavam no local no momento da confusão. Eles pediam justiça. Acusados de desacato, os dois homens foram encaminhados ao 2º Distrito Policial da cidade.

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linkAvô de Isabella diz que polícia ignora provas importantes

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Estão previstos para terça-feira os depoimentos do advogado Antônio Nardoni e da filha dele, Cristiane Nardoni, avô e tia de Isabella Nardoni, na 9ª Delegacia de Polícia (Carandiru), na zona norte de São Paulo. O horário e a ordem dos depoimentos não haviam sido definidos até a manhã desta segunda-feira, 21, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.

Inicialmente os depoimentos do avô paterno e da tia estavam previstos para o sábado, 19, mas por causa do cansaço da família, os advogados e os delegados envolvidos no caso decidiram pelo adiamento. O 9º DP apura a morte da menina, de 5 anos, no dia 29 de março. De acordo com a polícia, Isabella foi agredida e jogada pela janela do apartamento de seu pai, Alexandre Nardoni, no edifício London, na Vila Mazzei, também na Zona Norte de São Paulo. Alexandre e a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, depuseram na sexta-feira (18) e foram indiciados por homicídio qualificado.

"Somos inocentes"

No domingo, dois dias após terem sido exaustivamente interrogados no 9º DP, pai e madrasta da menina Isabella deram uma entrevista ao 'Fantástico', da Rede Globo. Eles estavam na casa dos pais dela, em Guarulhos. Alexandre e Anna Carolina responderam todas as perguntas da reportagem, segundo a Globo. A única exigência feita foi que a entrevista fosse gravada em DVD e que ficassem com uma cópia. O material apresentado pela emissora aparentava pelo menos três cortes de edição (quando a imagem corta e pula para a seqüência). Eles alegaram inocência repetidas vezes. "Nós somos totalmente inocentes", disse Anna Carolina, chorando, agarrada a um terço na mão esquerda. Por vezes, os dois falaram ao mesmo tempo - Anna Carolina se manifestava enquanto o marido respondia a alguma pergunta. Em alguns momentos, Alexandre desviava o olhar. Anna Carolina, ao contrário, respondia olhando fixamente para o repórter.

Na primeira declaração à imprensa após a morte da menina, em 29 de março, o casal disse que acredita que uma terceira pessoa matou Isabella. Questionada sobre isso, Anna Carolina respondeu, assertiva: "Com certeza." Eles falaram ainda da vida com e sem Isabella e do drama que viveram na cadeia. No início das investigações, a polícia pediu a prisão temporária do casal, que ficou oito dias preso. Anna disse que tem medo de voltar para a cadeia. Sobre a relação com a filha, Alexandre afirmou, pausadamente: "Eu nunca encostei um dedo da minha filha." Anna Carolina Jatobá emendou: "Eu também nunca encostei nela, nunca, nunca na minha vida." Segundo os dois, Isabella nunca deu trabalho para ninguém.

Chorando muito, Anna falou do carinho que Isabella tinha por ela. "Ela fazia um coraçãozinho", disse, formando a imagem com os dedos. "Ela fazia coraçãozinho no vapor do box", disse, contando que tomavam banho juntas. Alexandre disse, pelo menos três vezes, que os cinco (ele, Anna Carolina, Isabella, e os filhos do casal, Cauã e Pietro, de 1 e 3 anos) sempre foram muito unidos. "Ela (Isabella) era tudo pro Cauã e pro Pietro. Ela era a segunda mãe pro Cauã, ele queria ir só com ela", afirmou Alexandre. "Ela estudava com o Pietro na mesma escola. O Cauã trocava a gente para ficar com ela", completou Anna Carolina.

"Não temos nem como ir ao cemitério. Não podemos fazer isso. As pessoas estão prejulgando a gente sem nem nos conhecer", disse Alexandre, culpando a mídia pela exposição do caso. "Tinham de conhecer ao menos um pouquinho para fazer qualquer julgamento." Sobre o relacionamento em família, só falaram de harmonia. "Estávamos sempre brincando. Ela adorava que eu brincasse com ela", disse Anna Carolina.

"A Isabella sempre chamava Anna de ‘tia Carol’", contou Alexandre. "Quando ela estava em casa, onde um ia, iam todos. Não nos separávamos. A gente se programava em relação a quando ela estaria em casa", contou Anna Carolina.

"Isso dói. Isso acaba com a nossa vida. Destruíram nossa vida em segundos", concordaram os dois. "Para a polícia só existia nós dois no apartamento", desabafou Anna Carolina. Questionados sobre o que teria levado alguém a matar Isabella, afirmaram: "É o que a gente se pergunta também. Todos os dias, todas as noites." E Alexandre emendou: "Como alguém podia fazer isso com a Isabella, uma criança dócil, uma criança que sempre estava sorrindo."

"Eu tinha ela como minha filha. Era minha filha postiça", revelou Anna Carolina. A madrasta revelou também que a menina tinha vergonha, mas por duas vezes a chamou de "mamãe". Uma vez, estavam brincando no apartamento e ela teria dito: "Ai, papai, não bate na mamãe." E o casal ainda fez uma revelação: "O sonho dela era morar com a gente." Anna Carolina disse que nunca teve ciúmes da menina.

"Meu amor por ela é inexplicável. Meus filhos são tudo na minha vida. Como posso dizer, se eu pudesse não trabalhava para ficar com eles o tempo todo", contou Alexandre."Estamos pagando por uma coisa que não fizemos", afirmou Anna Carolina. "Eu não consigo explicar o que estão fazendo com a gente", repetiu Alexandre. "Prejulgaram e condenaram, sem ao menos nos conhecerem."

Reconstituição

A polícia decidiu que não haverá acareação entre Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. Motivo: as respostas dadas às 50 perguntas do interrogatório foram vagas. Eles foram indiciados por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade de defesa). Com informações preliminares dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) - o laudo final só ficou pronto na tarde de sábado -, a polícia já tinha traçado estratégia para que a madrasta de Isabella, confessasse participação no crime.

Nos dias que antecederam o depoimento do casal, os policiais decidiram que iriam dizer a Anna Carolina que ela poderia responder criminalmente apenas por lesão corporal dolosa, e não por homicídio. Isso porque Isabella morreu em decorrência da queda. Para os delegados responsáveis pela investigação, tudo indica que a madrasta agrediu e asfixiou a criança, e Alexandre Nardoni, o pai, jogou a menina pela janela.

A estratégia não deu certo. Durante as oito horas que durou o interrogatório de Alexandre, Anna Carolina ficou numa sala da delegacia, acompanhada por um advogado, por seu sogro, Antônio Nardoni, e por um investigador. Chorou o tempo todo. Só se controlou perto das 20 horas. Então, sem se alterar nas cinco horas de interrogatório, Anna permaneceu negando participação na morte de Isabella. Questionada sobre marcas de sangue de Isabella no carro da família, foi taxativa: “Desconheço”. Segundo os policias ela estava “muita fria” durante o interrogatório. Sustentou a versão apresentada desde as primeiras horas após o crime, quando foi ouvida no 9º Distrito Policial pela primeira vez.

Já o pai chorou uma única vez durante o interrogatório. Foi quando ele começou a ver o álbum de fotografias montado pela delegada-assistente do 9º DP (Carandiru), Renata Helena Pontes. Nele havia fotos de Isabella desde que ela tinha dois meses de idade e termina com a foto do corpo, tirada no Instituto Médico Legal (IML). Terminado o interrogatório, Alexandre foi para a sala do chefe dos investigadores onde Anna Carolina passou a tarde toda. Lá conversou descontraidamente com os policiais e ainda perguntou: “Como é ser policial?”.

Agora, a polícia planeja fazer a reconstituição do crime e espera contar com a participação do casal, que não é obrigado a isso. Os policiais ainda não decidiram quando, mas consideram provável um pedido de prisão preventiva de Alexandre e Anna Carolina depois que o inquérito policial for relatado à Justiça. Caberá, então, ao Ministério Público Estadual analisar as provas e decidir se vai ou não denunciar o casal pelo assassinato. O juiz também deverá ouvir o promotor antes de decidir se decretará ou não a prisão dos acusados.

www.estadao.com.br/geral/not_ger160420,0.htm

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