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23 de abril de 2008

Caso Isabella: quatro testemunhas devem ser ouvidas nesta quarta

Esses são os depoimentos que faltam para fechar inquérito de caso Isabella. Além de avô e tia da menina, dois vizinhos do prédio devem ser ouvidos.
Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo

Quatro testemunhas devem prestar depoimento sobre a morte da menina Isabella no 9º Distrito Policial, do Carandiru, Zona Norte de São Paulo, nesta quarta-feira (23). Além do avô e da tia da criança, Antonio e Cristiane Nardoni, que devem falar as 16h, dois vizinhos do prédio de onde Isabella foi jogada devem prestar esclarecimentos às 14h.

Cobertura completa: caso Isabella

A polícia considera os vizinhos como testemunhas 'imprescindíveis' para a conclusão do inquérito do caso. Segundo reportagem da TV Globo, as duas testemunhas foram indicadas pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, considerados pela polícia suspeitos pela morte de Isabella.

As identidades dessas duas testemunhas foram mantidas em sigilo. Os advogados haviam entregue uma lista com mais de 20 testemunhas que gostariam que fossem ouvidas no processo.

Adiamento

O avô e a tia de Isabella seriam ouvidos na tarde de terça (22). Mas a polícia decidiu cancelar os depoimentos, pela segunda vez. A primeira ocorreu no sábado (19), devido ao cansaço da família.

Também na terça foi cancelada a divulgação dos laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) sobre a morte de Isabella. Os documentos foram anexados aos seis volumes do inquérito policial. As informações de legistas e peritos estão agora oficialmente disponíveis para os advogados de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Durante entrevista para explicar os cancelamentos, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano, afirmou que a polícia não usou os laudos, ainda não divulgados oficialmente, no interrogatório do casal.

"Essas perguntas foram feitas com base. Quando o delegado (Calixto Calil Filho) esteve no local do crime e quando o delegado se reuniu com os peritos. Em nenhum momento ela foi feita enquanto se lia o laudo e depois se perguntava", disse Galiano.

A policia negou também que Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, tenha sido agredida por outras mulheres, quando ficou presa oito dias no 89º Distrito Policial. "Não sofreu qualquer agressão. Quando passou por exame de corpo de delito, não disse ao médico a existência de qualquer lesão".

Os advogados do casal só deverão conhecer a interpretação dos delegados do inquérito no dia da reconstituição do crime, que será feita no próximo fim de semana. Mesmo com a entrega dos laudos para a polícia, que foram anexados ao inquérito nesta terça, a defesa do casal Alexandre e Anna Carolina informou que irá manter o envio de representação à Corregedoria da Polícia Civil, anunciado na segunda-feira (21).

Alegações da defesa

Segundo os advogados, o inquérito possui várias falhas:

- a polícia teria pressionado o pedreiro a negar informações sobre um arrombamento numa casa nos fundos do prédio do casal;

- a defesa considerou ainda sem credibilidade o depoimento de testemunhas que disseram ter visto Cristiane, a irmã de Alexandre num bar, quando ela estava em outro;

- e que não haveria consenso entre os peritos sobre a existência ou não de sangue no carro.

O promotor do Ministério Público, Francisco Cembranelli, disse nesta tarde que não há divergências entre os peritos. “Havia sangue, foi encontrado dentro do veículo. Não há divergência alguma entre peritos”, disse. Segundo ele, que não quis adiantar os resultados do trabalho da perícia, tudo indica que se trata mesmo de sangue da menina Isabella.

Pedreiro

Na terça-feira, a polícia ouviu pela segunda vez o pedreiro Gabriel Santos Neto, que trabalha na obra de um terreno que fica nos fundos do Edifício London, de onde Isabella foi jogada. Ele voltou a dizer a polícia que o local não foi arrombado.

A declaração do pedreiro havia sido questionada pela defesa nos últimos dias. Segundo os advogados do casal, a polícia teria pressionado a testemunha a negar o arrombamento do portão da obra na noite do crime.
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