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16 de abril de 2008

Em dia de debate, Hillary e Obama se atacam em novos anúncios de TV

Colaboração para a Folha Online

Os pré-candidatos democratas à Casa Branca, Barack Obama e Hillary Clinton, lançaram uma nova rodada de ataques em anúncios de televisão no dia em que eles se encontrarão para um debate na Pensilvânia, que realiza suas primárias no dia 22.

Divulgado somente dentro do Estado, o novo anúncio de Hillary reúne uma série de críticas de eleitores da Pensilvânia, cujos nomes não foram identificados.

O que o telespectador vê é um homem e uma mulher debatendo e satirizando Obama por seus comentários que eleitores de pequenas cidades da Pensilvânia com dificuldades econômicas se apegam à religião e às armas por causa da amargura causada pela perda de empregos e pela queda no nível de vida.

"Eu fiquei muito insultado pelo Barack Obama", diz a mulher. "Isso só mostra quão sem noção Barack Obama é", responde a mulher.

Já o anúncio de Obama aposta em uma crítica direta do pré-candidato. Ele mostra Hillary sendo interrompida pela platéia durante o discurso no qual criticou Obama, nesta segunda-feira (14), na Aliança pela Manufatura Americana. E conclui com Obama acusando Hillary de fazer uma "política de divisão e distração".

13.abr.08Mike Theiler/Efe
Texto: MNT04 - GRANTHAM (EEUU), 14/4/2008.- La precandidata demúcrata a la presidencia de EEUU, la senadora Hillary Clinton de Nueva York junta sus manos para saludar a alguien en el Compassion Forum en el Messiah College, Grantham, Pensilvania (EEUU) hoy,13 de abril de 2008. Los candidatos Clinton y Obama asistieron al panel por separado y hablaron sobre temas morales incluyendo pobreza, SIDA, cambio climÆtico y derechos humanos en miras de las primarias de Pensilvania el prúximo 22 de abril. EFE/MIKE THEILER
Democrata Hillary Clinton saúda a platéia do Fórum Fé na Vida Pública

Os comerciais refletem a animosidade da corrida democrata que fica cada vez mais acirrada com as pesquisas mostrando a redução da vantagem de Hillary sobre Obama na Pensilvânia.

O Estado, formado por um eleitorado de trabalhadores brancos tidos como favoráveis a Hillary, é crucial para que a senadora mantenha-se na disputa pela nomeação, já que está atrás no número de delegados.

Segundo a rede de televisão CNN, Hillary conta com 1.489 delegados contra 1.632 de Obama. Especialistas acreditam que, se Hillary não ganhar na Pensilvânia, suas chances de conseguir a nomeação partidária serão remotas. Depois da votação de 22 de abril, faltarão apenas 10 primárias e "caucus" (votação direta em reunião partidária) estaduais.

Discursos

Se na televisão o clima é de grande competitividade, Obama e Hillary preferem manter um clima mais ameno em seus discursos e comícios.

13abr.08Jae C. Hong/AP
Democratic presidential hopeful, Sen. Barack Obama, D-Ill., speaks during a presidential candidates forum on manufacturing in Pittsburgh, Monday, April 14, 2008. (AP Photo/Jae C. Hong)
Democrata Barack Obama responde questões sobre fé e aborto em fórum

Nesta terça-feira, Obama negou a sugestão de um eleitor de que ao chamar o senador de elitista, Hillary "considera-se superior".

"Como uma pessoa branca, esse termo, o jeito que foi usado contra você, está muito longe de superioridade", criticou o eleitor. "Eu acho que os Clintons estão saindo ilesos de algo que eles precisam se responsabilizar. Eles continuarão a fazê-lo até que alguém os pare. Senhora Clinton, você está realmente perto do preconceito aqui", concluiu.

Obama, que se eleito será o primeiro presidente negro, esquivou-se da crítica e disse que não acredita que a questão racial tenha um papel importante na campanha de Hillary.

"É política. Isso é o que nós fazemos politicamente, quando nós começamos a ficar atrás das corridas. Nós partimos para o ataque", disparou, em um comício com veteranos.

Hillary, em sua entrevista à convenção de editores de jornais, reservou suas críticas para o atual presidente George W. Bush.

Ela acusou Bush de ter expandido o poder executivo em detrimento à Constituição, enquanto operava freqüentemente em segredo.

"Eu acabarei com o uso de compromissos assinados para reescrever as leis que o Congresso aprovou. Eu fecharei Guantanamo [a prisão militar dos EUA em Cuba], proibirei a tortura e restaurarei o direito a habeas corpus", disse.

Diante dos editores, que nesta segunda-feira (14) ouviram os outros pré-candidatos presidenciais, Barack Obama e o provável candidato republicano John McCain, ela apresentou sua agenda para os primeiros cem dias de mandato.

Seus planos incluem o início da retirada das tropas norte-americanas do Iraque e a submissão de um orçamento ao Congresso que reduz alguns cortes de impostos de Bush.

Debate

Na noite desta quarta-feira, Obama e Hillary participam do último debate antes das primárias da Pensilvânia.

O encontro ocorre quase um ano após o primeiro debate de abril de 2007, na Universidade da Carolina do Sul, quando oito pré-candidatos democratas ainda disputavam a nomeação do partido.

O debate é considerado importante tanto para reiterar propostas aos eleitores como para convencer os superdelegados a apoiarem o pré-candidato que se sair melhor. Com a disputa acirrada pelos delegados, este grupo de cerca de 800 líderes partidários e políticos eleitos deve definir que democrata enfrentará McCain nas eleições presidenciais de 4 de novembro.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u392571.shtml

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