SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou hoje novo pregão de baixa. No entanto, o fraco desempenho das ações da Petrobras e Vale foi compensado pela alta nos ativos dos bancos e das elétricas, o que limitou o tamanho da perda. Ao final da quinta-feira, o Ibovespa apontava 64.576 pontos, baixa de 0,57%. O giro financeiro foi elevado, R$ 6,07 bilhões. Na mínima do dia, o Ibovespa chegou a cair 1,11%.
Em Nova York os investidores norte-americanos deixaram para trás a acentuada queda nas vendas de imóveis novos e focaram atenções nos balanços corporativos. Com isso, o Dow Jones reverteu as perdas da manhã e fechou o dia com alta de 0,67%, enquanto a Nasdaq ganhou 0,99%.
Segundo o assessor de investimento da Corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, parte do tom negativo do dia pode atribuída à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que não trouxe pistas suficientes sobre qual será o rumo da política monetária. Muita gente não entendeu nada nas entrelinhas do documento e ficou a dúvida sobre o ritmo das altas.
Semana passada, o Banco Central elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano, e sinalizou em seu comunicado que parte substancial do ajuste já teria sido feito. Hoje, os agentes aguardavam alguma explicação mais clara sobre tal ação, mas a ata indicou que o reajuste foi feito para conter as expectativas de inflação e o descompasso entre oferta e demanda.
Outro fator a estimular as vendas foi a queda no preço das commodities no mercado internacional, o que atingiu diretamente os preços das ações de Petrobras e Vale, que respondem por mais de 25% do Ibovespa.
Apesar da queda dos dois últimos dias, Monteiro considera que a realização de lucros é salutar. E mesmo com as baixas, o Ibovespa ainda apresenta alta de quase 6% em abril.
Puxando as perdas dentro do índice, as ações PN da Petrobras caíram 2,14%, para R$ 83,20. O papel chegou a subir a R$ 85,25 por alguns instantes, depois que surgiram rumores sobre o anúncio de mais uma descoberta, mas a história não ganhou fôlego.
Queda acentuada também para Vale PNA, que desvalorizou 2,82%, para R$ 51,21, e Vale ON perdeu 3,93%, para R$ 62,25.
Impedindo uma queda mais pronunciada, os bancos tiveram desempenho positivo. Bradesco PN subiu 1,77%, para R$ 36,13. Banco do Brasil ON avançou 3,13%, para R$ 25,32, e Itaú PN ganhou 0,11%, para R$ 43,20.
Forte alta para Eletropaulo PNB, que fechou com alta de 4,78%, para R$ 37,00. Cemig PN ganhou 3,93%, para R$ 35,65, e Braskem PNA aumentou 3,92%, para R$ 14,02. Os ativos PN da Duratex, Tim, Gol e Brasil Telecom SA também avançaram mais de 3% cada.
Na ponta oposta, Bradespar PN caiu 3,98%, para R$ 46,01. Natura ON recuou 3,56%, para R$ 17,60, e Metalúrgica Gerdau PN desvalorizou 3,09%, para R$ 81,40.
Depois de cair mais de 4%, o papel ON da Cosan fechou o dia a R$ 26,50, queda de 1,85%. Os papéis reagiram à compra dos ativos de distribuição e comercialização de combustíveis da Esso no Brasil anunciada hoje pela companhia por US$ 826 milhões, mais assunção de dívidas no valor de US$ 163 milhões e outros US$ 35 milhões em créditos.
(Eduardo Campos | Valor Online)
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/04/24/mercados_petrobras
_vale_puxam_queda_de_0_57_na_bovespa-427044132.asp
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