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8 de abril de 2008

Nova CPI dos Cartões também terá maioria governista

De um total de 11 vagas, apenas três são destinadas a partidos de oposição - PSDB e DEM; CPI foi criada nesta 3ª

da Redação

BRASÍLIA - A nova CPI dos Cartões, criada nesta terça-feira, 8, terá maioria governista a exemplo do que já acontece na comissão mista - Câmara e Senado - sob a presidência da senadora tucana Marisa Serrano. De um total de 11 vagas, apenas três são destinadas aos partidos de oposição (PSDB e DEM). As outras, segundo o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), são distribuídas da seguinte forma: três do bloco do governo, três do PMDB, uma do PTB e uma do PDT. A distribuição dos membros é proporcional ao tamanho de cada bancada partidária no Senado.

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Por decisão de Garibaldi, o 1º secretário da Mesa, senador Efraim Moraes (DEM-PB), leu o requerimento de criação da nova comissão destinada a investigar denúncias de uso irregular de cartões corporativos do governo. O requerimento foi apresentado pela oposição com o objetivo de aprovar, em uma CPI exclusivamente do Senado, os pedidos de convocação de autoridades do governo rejeitados na CPI mista dos Cartões.

Antes mesmo da leitura do requerimento, o líder do PMDB na Casa, Valdir Raupp (RO), afirmou que a base pretende exercer sua maioria. "Houve uma quebra do acordo por parte da oposição (que lhe garantia a presidência da CPI mista). O PMDB é o maior partido dessa Casa e o governo tem maioria. Nos sentimos à vontade, portanto, para garantir presidência e relatoria dos trabalhos", disse Raupp. Por ser a maior bancada, o PMDB tem a prerrogativa de ocupar os dois cargos.

O líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM), reagiu e garantiu que a oposição ocupará um dos cargos. "Se houver qualquer tentativa de esmagamento, que se preparem para uma resistência espartana. Não somos 'sparring' de ninguém. O segundo maior partido da Casa é o DEM e vamos em busca do nosso direito."

A CPI irá funcionar paralelamente à comissão mista já instalada com membros do Senado e Câmara para apurar o uso dos cartões corporativos. A nova CPI, segundo parlamentares, terá por objetivo ainda apurar o vazamento de um dossiê que teria sido montado na Casa Civil sobre as despesas feitas no governo Fernando Henrique Cardoso.

A leitura não significa, contudo, a instalação da CPI. Só depois de feita a leitura do requerimento, os líderes partidários têm cinco dias para indicar seus representantes na comissão. Se a base aliada não escolher seus nomes, o senador Garibaldi Alves tem a prerrogativa de fazer as indicações. Após a composição, a CPI é instalada, e são escolhidos o presidente e o relator.

Enquanto na Câmara a base do governo tem quase 380 dos 513 deputados (74%), no Senad o o equilíbrio é maior: independentemente das legendas, a divisão costuma ser de 47 senadores governistas (58%) contra pelo menos 34 que acompanham a oposição.

www.estadao.com.br/nacional/not_nac153312,0.htm

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