da Agência Brasil, em Manaus
Já chega a R$ 1 bilhão o prejuízo acumulado pelas empresas do Pólo Industrial de Manaus em função da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em 18 de março. A greve nacional também é responsável pela paralisação parcial de 18 fábricas do pólo e pela licença remunerada ou falta de trabalho no pátio das fábricas de sete mil trabalhadores.
No Amazonas, onde atuam 175 auditores fiscais, apenas 30% do efetivo está cumprindo a jornada de trabalho devida na Receita Federal, no porto central e no aeroporto internacional, o que impede a liberação das matérias-primas necessária à continuidade das atividades nas fábricas de Manaus.
Segundo o presidente do Sinaees (sindicato das indústrias de eletrônicos do Amazonas), Wilson Périco, "a greve dos auditores tem impacto direto no pólo industrial e ameaça a estabilidade da economia local. O segmento eletroeletrônico é o mais prejudicado porque é o que trabalha com maior número de insumos e componentes importados".
Ele avalia que os prejuízos amargados vão além das indústrias beneficiárias dos incentivos na Zona Franca de Manaus.
"São R$ 60 milhões de prejuízo que essas 18 empresas amargam diariamente há pelo menos 12 dias. E não pára por aí. Não podemos ignorar que o prejuízo não está só no que deixou de ser produzido, mas também no impacto às empresas que prestam serviço às indústrias locais, como as fornecedoras de alimentos", disse Périco.
Atualmente, buscando ultrapassar as barreiras impostas pela greve dos auditores, o sindicato e parte das empresas prejudicadas com a retenção de suas matérias-primas aguardam da Justiça o cumprimento de duas liminares coletivas e outras individuais para liberação dos insumos necessários à fabricação no pólo de Manaus.
Em Manaus, aproximadamente 500 fábricas estão instaladas no PIM e, no primeiro bimestre deste ano, registraram faturamento de US$ 4,3 bilhões, com alta de 30,05% em relação às exportações realizadas no primeiro bimestre de 2007.
De acordo com os indicadores de desempenho da Superintendência da Zona Franca de Manaus o resultado positivo também se reflete no número de empregos gerados: 101 mil postos de trabalho diretos nas linhas de produção.
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