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1 de mar. de 2007

Irã pede negociação nuclear; potências discutem mais sanções

MADRI (Reuters) - O Irã quer uma solução negociada para seu impasse nuclear com as potências mundiais, mas isso precisa incluir o reconhecimento do direito iraniano a um programa nuclear pacífico, disse o chanceler Manouchehr Mottaki na quinta-feira. Representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China), mais a Alemanha, deveriam discutir na quinta-feira por telefone os elementos de uma nova resolução da ONU destinada a pressionar Teerã a suspender o desenvolvimento de urânio, um processo que pode gerar material para usinas nucleares ou para bombas atômicas. As novas medidas devem incluir a proibição de viagens de funcionários iranianos e algumas restrições a atividades não-nucleares. Mas diplomatas dizem que um embargo de armas ao Irã, como defendem os EUA, seria inaceitável para a Rússia, e que a Alemanha tenta eliminar a idéia. "Uma lista com desejos de sanções aumentadas circulou, mas a discussão não está nem perto de estar madura, e isso não irá para o Conselho de Segurança por mais 2-3 semanas", disse um diplomata europeu. "Será um longo processo", acrescentou outro. Teerã quer negociar sem ter de antes suspender suas atividades de enriquecimento. Washington e alguns governos europeus suspeitam que o Irã desenvolva armas nucleares, o que Teerã nega. "Todos insistem em uma solução negociada para esta questão, então sugerimos às várias partes que essas negociações sigam adiante", disse Mottaki a jornalistas em Madri após reunião com seu homólogo espanhol, Miguel Moratinos. "Deveríamos poder voltar à mesa de negociações para apresentar nossos argumentos à imprensa e às pessoas", afirmou. "Acreditamos que chegou a hora de levar as coisas com calma e encontrar a paz. O argumento dos EUA de que eles podem ter armas nucleares e os outros não podem ter energia nuclear não é válido." Reunidas na segunda-feira em Londres, as seis potências disseram também estar comprometidas com uma solução negociada, embora Washington não descarte uma ação militar como último recurso. Rússia e China são as potências mais relutantes em aceitar sanções ou qualquer forma de pressão que vá além da proibição de transferência de tecnologia nuclear, imposta em dezembro pela ONU a Teerã. Moscou e Pequim alegam que mais sanções agravariam o isolamento iraniano e dificultariam uma solução. (Reportagem adicional de Chris Buckley e Tamora Vidaillet em Pequim, David Brunnstrom em Bruxelas, Mark Heinrich em Viena e Louis Charbonneau em Berlim) { Costa )

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