Resultados de Pesquisa

.

27 de março de 2007

Médio Oriente diplomático

Presidente da ANP e primeiro-ministro israelita vão reunir-se duas vezes por mês A secretária de Estado norte-americana tem-se multiplicado em encontros com palestinianos e israelitas, numa altura em que os países árabes tiram da gaveta um plano para relançar o processo de paz com Israel. Os resultados começam a ser visíveis.
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, afirmou ontem em Jerusalém, que o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, vão começar a reunir-se de duas em duas semanas. “Eles aceitaram reunir-se uma vez a cada duas semanas e eu virei de tempos a tempos [a esses encontros]”, disse Condoleezza Rice, em conferência de imprensa, no final do seu périplo regional destinado a relançar o processo de paz. A governante norte-americana afirmou, porém, não ser ainda a altura propícia para negociações sobre o “estatuto final” dos territórios palestinianos. “Ainda não chegámos às negociações sobre o estatuto final” dos territórios palestinianos da Cisjordânia e de Gaza, afirmou Condoleezza Rice, após os encontros dos últimos dias com Mahmud Abbas e Ehud Olmert.
Um dia antes do início da «Cimeira da Solidariedade», encontro de chefes de Estado e de governo árabes, em Riade, Arábia Saudita, que termina amanhã, a secretária de Estado norte-americana apelou aos países árabes para que mantenham uma abertura face a Israel. “Os Estados árabes devem manter uma abertura face a Israel para mostrar a Israel que aceitaram o seu lugar no Médio Oriente”, disse Condoleezza Rice.
Prudência diplomática
Ainda assim, a chefe da diplomacia norte-americana tem-se mostrado prudente quanto às hipóteses de um avanço no processo de paz israelo-palestiniano numa altura em que se desenha a possibilidade de uma cimeira regional que reúna Israel, os palestinianos e os países árabes considerados como “moderados” por Washington.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e o presidente da União Africana, John Kufuor, participam igualmente nesta reunião da Liga Árabe, integrada por 22 países, que analisará ainda o possível impacto na segurança nacional árabe do contencioso aberto pelas actividades nucleares iranianas.
A Cimeira de Riade comprometeu-se a tratar, entre outros assuntos, a forma como os árabes poderem ajudar a solucionar as crises no Darfur, a região ocidental do Sudão, e na Somália.
{Costa}

Nenhum comentário: