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8 de março de 2007
8 de março revela o despertar do novo feminismo
Fonte: Fenae e FEEB-RS
O movimento que marcou a história do século 20, tendo as mulheres do Brasil e do mundo como protagonistas, revira um passado de silêncios e acorda para novos desafios neste Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, desde 1910, quando a data foi instituída por uma conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca.
É consenso hoje, no Brasil e no mundo, que o discurso da diferença entre os sexos não explica tudo e tampouco é produtivo alijar os homens da construção de uma sociedade mais justa. Cabe, sim, às mulheres tomarem sua história nas mãos, da mesma maneira que tomam seu destino nas mãos, de modo a reafirmar gestos e cenários do cotidiano.
Um dos desafios para o novo feminismo é mudar práticas e costumes cotidianos, buscando construir um mundo em que a casa, conforme defende o filósofo francês Charler Fourier (socialista utópico do século 19), seja o verdadeiro lugar do poder. Outro obstáculo a ser combatido é a disparidade e a violência contidas na vida doméstica, no mercado de trabalho e no espaço da política.
Estudo mundial da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que o desemprego aumenta mais entre as mulheres, com registro de 22,7% entre 1996 e 2006. Elas também vivem mais e ganham menos do que os homens. Essa situação também se repete na seara da política, a ponto da participação da mulher no Parlamento brasileiro ser a menor da América Latina e uma das menores do mundo. Mulher em posto de comando ainda é uma exceção.
No ambiente bancário, um dos maiores problemas diz respeito à remuneração e à ascensão profissional. Apesar da maior escolaridade, segundo estudo de 2003 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, as mulheres recebem apenas 60% do valor do salário dos homens.
Na Caixa, de acordo com a coordenadora de padrões e planejamento da Gerência Nacional de Integração das Políticas de Gestão de Pessoas, Glória Gonçalves, que esta semana participou de seminário promovido pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, o programa de diversidade da empresa, implantado em 2002, já apresenta seus primeiros resultados. Naquele ano, 37,98% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres. Esse número subiu para 39,59% no ano passado. No seminário do Seeb/DF, Glória Gonçalves garantiu que dos 73 mil empregados da Caixa, 43,8% são mulheres.
Nesta quinta-feira, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos de bancários, as Apcefs e outras entidades da sociedade civil promovem manifestações em defesa dos direitos das mulheres. Esses atos deixam no ar a mensagem de que as mulheres estão em movimento para mudar o mundo. A Diretoria da Fenae se soma a essas homenagens e deseja que todas elas tenham um feliz Dia Internacional da Mulher.
{ Costa }
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