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28 de março de 2007

Gol compra a Varig por US$ 320 milhões

Agência EFE A empresa aérea Gol anunciou hoje a aquisição de sua concorrente Varig, em uma operação que chega a US$ 320 milhões, com dinheiro, ações e resgate de dívida. A compra prevê o pagamento de US$ 98 milhões em dinheiro, além da entrega de US$ 6,1 milhões em ações preferenciais da Gol e de mais R$ 100 milhões em papéis comerciais da Nova Varig. "Com a aquisição, Gol e Varig formarão um grupo aéreo brasileiro com mais de 20 milhões de passageiros por ano, capaz de competir na América do Sul e no cenário mundial com outros grandes grupos aéreos internacionais", afirmou a Gol em comunicado. A compra é uma nova guinada no problemático mercado brasileiro de aviação civil, que sofre uma crise crônica, agravada há um ano com a quebra da Varig e a posterior aquisição por um grupo de investidores brasileiros e americanos que não conseguiram fazer com que a empresa se reerguesse completamente. "No final de 2007 Gol e Varig juntas estarão prontas para assumir a liderança do mercado nacional (...) e internacional das companhias brasileiras", indicou a Gol, uma companhia que tem ações cotadas nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York. No comunicado aos mercados, a Gol explicou que a aquisição será realizada através de sua subsidiária GTI S. A. As empresas manterão demonstrações financeiras separadas, seus modelos de negócios terão focos bem definidos e a marca Varig se manterá separada, explicou. "A Varig operará com marca e serviços diferenciados, incorporando o modelo de gestão de baixo custo da Gol Transportes Aéreos S. A.", que hoje opera com 67 aviões. A Gol, que domina 40% do mercado brasileiro em uma disputa acirrada com a TAM, "permanecerá fiel a seu modelo de negócios de baixo custo, baixa tarifa, com classe única no serviço nacional brasileiro e no sul-americano", mantendo seu compromisso de popularizar o transporte aéreo. A Varig "oferecerá serviços diferenciados com vôos diretos" e continuará com o programa de milhas e fidelidade Smiles, que hoje possui mais de cinco milhões de clientes. Em vôos internacionais de longa distância e em mercados de alto tráfego na América do Sul, a Varig oferecerá as classes econômica e executiva, enquanto no Brasil terá uma só classe e dará prioridade às conexões entre os principais centros econômicos do país. O pagamento em dólares representa menos de 10% do caixa da Gol e a entrega de suas ações preferenciais representam aproximadamente 3% das ações totais da companhia. A operação deve ser aprovada pela Agência Nacional de Aviação (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que regula a livre concorrência no mercado brasileiro. A Varig controla apenas 4,74% do mercado, com uma frota de 17 aviões que será aumentada para 34. Atende 10 destinos internacionais: Frankfurt, Londres, Madri, Milão, Paris, Miami, Nova York, Cidade do México, Buenos Aires, Santiago, Bogotá e Caracas. A chamada Nova Varig foi criada como uma unidade separada da quebrada Varig e adquirida em julho de 2006 através de um remate judicial feito por um consórcio formado por empresários brasileiros e o fundo americano Matlin Patterson. Na recente disputa pela empresa também estava a companhia aérea chilena LAN, que em 31 de janeiro anunciou um empréstimo de U$ 17,1 milhões para a Varig, que poderia ser capitalizado em forma de ações. Agora deverá ser indenizada, segundo especialistas no caso. {Costa}

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