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9 de março de 2007

Redução de taxa sobre álcool depende de conversa, diz Lula

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que a redução da tarifa de importação dos Estados Unidos sobre o etanol brasileiro depende de muita conversa e convencimento para que seja efetivada. "Não acho que um país vá abrir mão das coisas que protegem seu comércio porque um outro está pedindo... é um processo de convecimento, de muita conversa e vai chegar um dia que essa conversa vai amadurecer e chegar num denominador comum que vai permitir um acordo", afirmou o presidente, durante entrevista coletiva junto com seu colega norte-americano. Anteriormente na entrevista, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que não concordava com o pedido de Lula para redução da tarifa dos EUA sobre o álcool importado, de 0,54 dólar por galão. "Isso não vai acontecer. A lei vai até 2009", disse Bush, referindo-se à renovação recentemente pelo Congresso dos EUA da legislação que estipula a tarifa. Os produtores brasileiros de álcool pressionaram o governo para que Lula pedisse a diminuição da tarifa a Bush, mas o setor de modo geral apostava que não haveria mudanças expressivas nesta direção durante a visita. Para a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), a tarifa não impede que o Brasil, produtor mais eficiente de etanol, embarque produto para os EUA, mas representa uma barreira ao livre comércio, devendo, portanto, ser removida. Os EUA foram o principal mercado comprador de álcool em 2006, respondendo por cerca de metade do total embarcado pelo Brasil. O petróleo caro e a oferta escassa de etanol produzido nos EUA criaram condições no ano passado para que as exportações acontecessem apesar da tarifa. {Costa}

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