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30 de junho de 2007

Dúvidas na véspera de adesão ao Simples Nacional

Economia
A partir deste domingo (1º), os pequenos e microempresários brasileiros poderão aderir ao Simples Nacional (ou SuperSimples), regime diferenciado de tributação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada em dezembro do ano passado. Entre as principais novidades do Simples Nacional está a unificação de oito tributos federais, estaduais e municipais e o pagamento de todos eles por meio de um documento único.
Às vésperas de entrar em vigor, porém, o novo sistema ainda aguarda definições e causa polêmica entre os empresários. Um dos principais pontos de discussão é a manutenção de benefícios concedidos por Estados e municípios (como a isenção de ICMS ou ISS), já que o Simples Nacional substitui os 27 regimes tributários estaduais. Em São Paulo, por exemplo, empresas de comércio com faturamento até R$ 120 mil ao ano, que até então eram isentas do ICMS, terão de contribuir com 1,25% do imposto caso optem pelo Simples Nacional.
Segundo o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, a solução para esses casos viria com a regulamentação da lei pelos Estados e municípios - que optariam por recriar os benefícios ou não. 'O Estado do Paraná, por exemplo, já criou uma nova lei regulamentando a isenção do ICMS, que entrará em vigor juntamente com a lei nacional, em julho', diz Santiago.
Em São Paulo, no entanto, não há previsão de quando isso pode ocorrer. 'É preciso esperar', diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella. Ele acredita que o Fisco estadual vá manter o benefício, o que reduziria a alíquota única do SuperSimples paga pelos microempresários paulistas. Mas defende que, mesmo que não mantenha, a opção pelo novo sistema ainda é vantajosa para as pequenas empresas.
Outro item que está provocando polêmica entre empresários e associações de classe é a inclusão de algumas empresas do setor de serviços em tabelas de recolhimento diferentes daquelas de indústria ou comércio. Além dos tributos unificados, as prestadoras de serviços que aderirem ao Simples Nacional terão de recolher o INSS sobre a folha de salários, o que, segundo especialistas, aumentará a carga tributária. 'Para que tenha benefício, a empresa deve ter 40% do seu faturamento comprometido com pagamento de pessoal', explica o consultor tributário da IOB Thomson, Valdir Amorim.
Segundo ele, essa situação é rara, já que a maioria das pequenas empresas no Brasil emprega poucos funcionários. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, José Maria Chapina Alcazar, o Simples Nacional foi frustrante nesse aspecto, o que desestimulou muitos prestadores de serviço a aderir ao sistema.
Foi o que ocorreu com a empresária Rosângela Pedroso, dona de um escritório de contabilidade em Goiânia (GO). Ela nem cogitava deixar de aderir ao Simples Nacional, até colocar ''na ponta do lápis'' o que mudaria nas contas da sua empresa com uma eventual adesão. 'Com a simulação, descobri que teria que pagar cerca de R$ 3 mil a mais com tributos', conta Rosângela, que usa o regime fiscal do lucro presumido na sua empresa hoje.
A empresária Sirlene Marcelino Rocha, há 12 anos proprietária da companhia de comunicação visual Aresta, também não está otimista com o novo regime de tributação. Apesar de não contabilizar prejuízo, ela não prevê redução da carga tributária. 'Vou continuar deixando 18% da minha receita bruta para pagar o governo.
O principal motivo para as empresas de serviço terem de pagar o INSS patronal à parte dos demais tributos é o prejuízo que traria aos cofres públicos. 'O INSS não pode deixar de receber R$ 1,00 nesse momento', diz o consultor de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, André Spínola. Segundo os dados mais recentes do Sebrae, divulgados em 2005, 30% das MPEs brasileiras são do setor de serviços, totalizando cerca de 1,5 milhão de empreendimentos.
De acordo com Spínola, mesmo sem a inclusão do INSS na unificação, outros aspectos da lei beneficiam as empresas do setor de serviços. O fim da contribuição das microempresas para o Sistema S (formado por Sesc, Senai, Sesi, Senac e Sebrae) e do recolhimento do salário-educação seriam alguns deles. 'Quem reclama da lei está sendo radical', diz o consultor.
MIGRAÇÃO - Segundo a Receita Federal, durante o mês de julho, os contribuintes que estão no Simples Federal migrarão automaticamente para o Nacional, desde que estejam em dia com as obrigações tributárias.
Quem já está naquele sistema e não quer migrar pode pedir o cancelamento e optar pelos demais regimes (lucro real ou presumido), a partir de 2 de julho.As empresas que ainda não fazem parte do Simples Federal poderão optar pelo Simples Nacional de 2 a 31 de julho.
Também poderão parcelar as dívidas relativas a tributos abrangidos pelo Simples Nacional em 120 parcelas. Caso não façam a opção, a próxima oportunidade será em janeiro de 2008.
Fonte: Agência Estado

Nevoeiro, férias e questões técnicas atrasam 43% dos vôos

SÃO PAULO (Reuters) - Uma conjunção de fatores voltou a tumultuar o tráfego aéreo do país neste sábado, quando 43 por cento de vôos estavam com atrasos, informou a Infraero.
Pelo balanço da Infraero das 16h30, dos 1.154 vôos programados para o sábado desde zero hora, 496 registravam atrasos superiores a uma hora e 126 (11 por cento) haviam sido cancelados. Só em Congonhas, os atrasos eram de 40 por cento e em Brasília de 62 por cento.
O nevoeiro que atingiu São Paulo na noite de sexta-feira e na manhã deste sábado, e que fez com que os aeroportos de Congonhas e de Cumbica precisassem ser fechados por algum tempo, foi um dos motivos que causou os atrasos.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, o início das férias, que traz um aumento de 25 por cento no tráfego aéreo, e o aumento do espaçamento nas decolagens, de três para seis minutos, determinado pelo Comando da Aeronáutica, foram outros fatores.
A Aeronáutica negou, em nota, informações de que tivesse havido pane em algum radar da região de São Paulo, informando apenas que o sistema de gerenciamento de planos de vôo precisou ser reinicializado, o que suspendeu as decolagens "momentaneamente".
Por fim, a Infraero acrescentou aos problemas técnicos a transição dos primeiros dias de funcionamento da pista principal de Congonhas, retomado na sexta-feira.
A assessoria de imprensa avaliou que até a tarde de domingo a situação deve voltar ao normal no país, com os atrasos em torno de 5 por cento.
(Por Alexandre Caverni)

Lula é alvo de críticas no Mercosul

A 33ª Reunião de Cúpula do Mercosul, concluída ontem em Assunção, foi marcada pelos torpedos disparados pela vizinhança contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de acertos da diplomacia brasileira para atender aos apelos das economias menores do bloco, o Uruguai e o Paraguai, Lula deixou Assunção carregado por novas críticas de Evo Morales, da Bolívia, ao seu caro projeto de biocombustíveis e pelo veto paraguaio a seu pedido de elevação ao teto de 35% da Tarifa Externa Comum (TEC) para calçados e confecções.
Poucos minutos depois de o presidente Lula defender os biocombustíveis, em discurso oficial, seu colega Evo Morales voltou a atacar o projeto, que afirmou ser uma sinistra idéia de converter alimentos em combustíveis para famintos carros americanos. Em seu discurso, Evo se referiu à reportagem da edição de abril da revista britânica The Economist.
A contragosto, a publicação concluíra que o líder cubano Fidel Castro estava certo ao criticar os biocombustíveis.
Evo reproduziu a observação da revista de que a demanda para a produção de etanol, a partir do milho, havia elevado os preços do grão nos Estados Unidos e, conseqüentemente, disparou os preços da terra e das carnes. O senhor Castro advertiu contra a sinistra idéia de converter alimentos em combustível.Lula, ao contrário, dissera que a experiência brasileira na produção de etanol, biodiesel e H-bio demonstra que não há comprometimento da segurança alimentar e destacou o enorme potencial ambiental, social e econômico do projeto.
Os biocombustíveis oferecem uma oportunidade sem paralelos para transformarmos a região (Mercosul) em pólo industrial e tecnológico na vanguarda dessa revolução energética. Antes de deixar Assunção, o presidente brasileiro conversou reservadamente com Evo Morales.
PARAGUAI
Em conversas paralelas ao encontro semestral do Mercosul, Lula oferecera ao Paraguai a construção de linhas de transmissão de energia elétrica em seu território, custeadas pela Eletrobrás, e anunciara a edição da Medida Provisória 380, que cria uma espécie de Simples para os sacoleiros que compram no país. Esses temas foram tratados na noite de anteontem, durante encontro entre Lula e o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos.
A delegação paraguaia, entretanto, respondeu à boa vontade do governo Lula com a decisão de vetar o pedido brasileiro de elevação da tarifa de importação de confecções e de calçados - embora anos atrás tenha aprovado igual pedido da Argentina. O pedido não chegou nem a ser apresentado na reunião de ministros. Ontem, as autoridades brasileiras descartavam o risco de a medida não ser aprovada, no final de negociações entre empresários dos dois países. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, iniciará essas conversas na próxima semana, em Assunção.
Atento aos constrangimentos causados pelas queixas do Uruguai e do Paraguai contra os sócios maiores do bloco, o presidente Lula destacou que as vantagens do mercado integrado somente serão reais quando estiverem ao alcance de todos e reconheceu que, em 16 anos, o Mercosul não é ainda o que sonhamos. E mencionou a lista de medidas acertadas ontem pelos ministros de Relações Exteriores e da Fazenda.
Entre elas, estão o prazo até 2009 para eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre produtos importados de fora do bloco, a criação de um fundo para financiar pequenas e médias empresas e a ampliação dos projetos de desenvolvimento paraguaios e uruguaios.

29 de junho de 2007

AGU pede reintegração do canteiro

Índios da tribo Truká se juntaram aos manifestantes que ocuparam o canteiro de obras de transposição do Rio São Francisco (Foto: João Zinclar/AE)
Para o ministro Geddel Vieira Lima, dialogar com os manifestantes não significa renunciar ao projeto de transposição
O advogado da União Jones Oliveira da Cruz, da Procuradoria Seccional de Petrolina (PE), ingressou ontem na 20ª Vara Federal de Salgueiro com ação de reintegração de posse do canteiro das obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, no sertão pernambucano, ocupado por manifestantes contrários ao projeto. A informação é da Assessoria de Imprensa da Advocacia-Geral da União (AGU). O coordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira, que foi a Cabrobó conversar com os representantes dos movimentos sociais, acompanhou o advogado.
Na última terça-feira, mais de mil manifestantes de movimentos sociais chegaram a Cabrobó para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, em declaração à Agência Brasil lembrou que a área ocupada já foi desapropriada para a execução das obras e que, “portanto, é de propriedade da União”.
Sem entendimento
Segundo Geddel, a intenção do governo federal é de dialogar com manifestantes contrários às obras de transposição no Rio São Francisco. Mas ele deixou claro que dialogar não significa renunciar ao projeto. Questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre a suposta falta de interlocução do governo com os manifestantes que estão acampados em Cabrobó (PE) para tentar impedir a realização das obras na região, Geddel disse que esse processo tem sido ideologizado e politizado e que o debate não tem sido feito da maneira como deveria.
"Se o diálogo significa ouvi-los, para das suas experiências aprimorar o projeto, eu estou permanentemente aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Mas, se o diálogo significa renunciar legitimidade obtida nas urnas, para governar, que o presidente Lula me subdelegou, evidentemente que tenho a convicção que já fiz minha parte”, afirmou o ministro durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.
O interlocutor enviado pelo Ministério da Integração Nacional para dialogar com os manifestantes, Rômulo de Macedo Vieira, disse ontem que não foi possível chegar a um acordo em relação à retirada dos acampados da área e que o governo vai buscar agora uma solução judicial.
"Eles simplesmente nos disseram que não há o menor interesse de estabelecer um entendimento com o ministério. Agora, estamos tomando providências, pedindo a reintegração de posse. Tem que ir pela via judicial, já que não há nenhuma perspectiva de entendimento com os movimentos sociais”, afirmou Vieira. “O pessoal me recebeu com muita educação, fomos bem tratados, não há nenhum sinal de violência ou de intenção de praticar violência. Eles estão conscientes do que estão fazendo”.
A coordenadora regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Bahia, Marina da Rocha Braga, disse que os líderes do acampamento questionaram o tipo de diálogo proposto pelo Ministério da Integração Nacional, já que, ao mesmo tempo em que foi enviado um interlocutor, o governo prepara uma ação na Justiça.
Em relação à reivindicação da tribo Truká, que considera a área como terra indígena, Vieira disse que existe apenas uma pequena parte da tribo solidária à manifestação dos assentados. “A grande maioria do povo Truká não participa do movimento e não fala em reivindicação das terras”.

Soldados libaneses matam 3 manifestantes palestinos

Por Nazih Siddiq
BEDDAWI (Reuters) - Soldados libaneses atiraram contra civis palestinos que exigiam na sexta-feira regressar para suas casas, localizadas em um campo de refugiados atualmente cercado pelas Forças Armadas, e acabaram matando três deles e ferindo outros 50, contaram testemunhas e funcionários de um hospital.
Segundo os relatos, os soldados dispararam primeiro para o alto enquanto centenas de refugiados, entre os quais mulheres e crianças, tentavam passar por um posto de controle das Forças Armadas e caminhar até o campo de Nahr al-Bared, palco de quase seis semanas de conflito entre os militares e o grupo Fatah al-Islam.
Quando a multidão não se dispersou e, ao contrário, atacou os soldados com pedras e pedaços de pau, os soldados atiraram com seus fuzis automáticos contra os manifestantes, deixando um grande número de vítimas.
Testemunhas contaram que os refugiados de Nahr al-Bared haviam dado início à passeata no campo próximo de Beddawi, onde procuraram abrigo após o início dos conflitos, no dia 20 de maio.
Os refugiados expulsos de Nahr al-Bared mostram-se impacientes devido ao longo período de afastamento de suas casas e devido às condições de vida precárias que enfrentam em Beddawi, um campo superpovoado. Eles dizem estar determinados a voltar para suas casas, apesar dos conflitos ali.
O ministro libanês de Defesa, Elias al-Murr, declarou vitória e o final dos combates contra o Fatah al-Islam, um grupo inspirado na Al Qaeda.
Mas o Exército diz que Nahr al-Bared continuará a ser uma zona militar fechada, enquanto não conseguir convencer os militantes abrigados ali a se renderem.
Devido a um acordo firmado em 1969, as forças de segurança libanesas não podem ingressar em nenhum dos 12 campos de refugiados palestinos existentes no país.
Grande parte de Nahr al-Bared, que abrigava 40 mil refugiados antes da explosão da violência, viu-se destruída. Além disso, minas e bombas ainda continuam escondidas nos prédios e vielas do local.
Um membro das Forças Armadas disse que franco-atiradores do Fatah al-Islam mataram dois soldados em um choque ocorrido na sexta-feira, elevando para 203 o número total de mortos na batalha, o pior conflito interno surgido no Líbano desde a guerra civil (1975-1990).

No PR, falso agente de saúde dopa idosos para roubar

BRASIL
Agencia Estado
A morte do agricultor aposentado Humberto Emilio Vecchi, de 89 anos, na quarta-feira, em Cambé, a 400 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná, levou a polícia a alertar a população sobre um golpe que já foi aplicado pelo menos três vezes nas últimas semanas. Idosos têm sido procurados por supostos agentes de saúde, que lhes oferecem vacina contra gripe. Na verdade, a pessoa é dopada com medicamentos e a casa fica à disposição do bandido para roubar. "Recomendamos que essas pessoas mais idosas não recebam nada de estranhos", disse o delegado-chefe da 10ª. Subdivisão de Londrina, Sérgio Barroso.
No caso do idoso de Cambé, a vacina oferecida pelo estranho foi recusada, pois um vizinho avisou que no posto de saúde tinha o medicamento. Mas o suspeito insistiu dizendo que daria um chá. Ele saiu e voltou mais tarde, quando conseguiu que o idoso e uma filha, que sofre problemas mentais, tomassem o chá. A dose do tranqüilizante consumida por Vecchi foi excessiva. Sua filha salvou-se por ter tomado pouco. Ele foi encontrado caído na casa por uma vizinha, que acionou o socorro. O idoso morreu no hospital. O homem que ofereceu o chá, que tem entre 30 e 40 anos, teria furtado um aparelho de som e a carteira de dinheiro que estava no bolso de Vecchi.
Além do caso do aposentado que morreu em Cambé, que é apurado pela delegacia da cidade, a polícia do município vizinho de Londrina investiga outras duas ocorrências, em que não houve morte, mas as pessoas acabaram assaltadas. "Eles se aproveitam da boa-fé das pessoas, normalmente doentes e que precisam de ajuda", salientou Barroso. Ele pediu que, ao serem abordadas por pretensos agentes de saúde, as pessoas peçam identificação. Se houver dúvidas, que entrem em contato com o posto de saúde mais próximo.

28 de junho de 2007

Sharapova vence outra em Wimbledon

Campeã em Wimbledon em 2004, Maria Sharapova segue tentando o bi no Grand Slam britânico
Musa russa aplica pneu em francesa e chega à terceira rodada do Grand Slam britânico
GLOBOESPORTE.COM
Londres
Maria Sharapova segue firme rumo ao bicampeonato em Wimbledon, onde foi campeã em 2004. Ela superou a francesa Severine Bremond, 37ª do mundo, nesta quinta-feira, por 6/0 e 6/3 e avançou à terceira rodada do torneio britânico, o terceiro Grand Slam da temporada.
Na próxima rodada, a musa do tênis terá pela frente a japonesa Ai Sugiyama, 237ª do mundo. Seu primeiro grande desafio, porém, deve vir nas oitavas-de-final, provavelmente contra a americana Venus Williams (31ª), tricampeã em Wimbledon.
Williams, porém, terá de passar antes pela japonesa Akiko Morigami (71ª), sua adversária na terceira rodada.
O SporTV transmite o Torneio de Wimbledon ao vivo.

IGP-M acelera por reajustes na construção e alimentos

Por Vanessa Stelzer e Renato Andrade
SÃO PAULO (Reuters) - A inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou fortemente em junho, pressionada por reajustes salariais sazonais na construção civil e por alimentos agrícolas em fim de safra, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Os salários devem ter um impacto apenas residual em julho, enquanto o efeito do setor agrícola provavelmente se estenderá e se intensificará nos próximos meses, segundo Salomão Quadros, responsável pelo índice. Por outro lado, o dólar baixo continuará ajudando a manter a inflação sob controle.
O IGP-M subiu 0,26 por cento, depois da variação de 0,04 por cento em maio. No primeiro semestre, o índice acumula alta de 1,46 por cento.
"Este é o mês do INCC e, com movimentos menores, da alta dos preços agrícolas porque várias colheitas já terminaram e há também alguns problemas internacionais", disse Quadros.
O Índice Nacional de Custo da Construção avançou 1,67 por cento, ante alta de 0,55 por cento em maio, sendo responsável por dois terços do IGP-M deste mês. Quadros prevê para julho alta de 0,35 por cento do INCC.
A alta dos alimentos agrícolas foi sentida tanto no varejo quanto no atacado.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,01 por cento, depois de ter recuado 0,09 por cento no mês anterior. O IPA agrícola avançou 0,11 por cento no mês, frente à queda de 2,67 por cento em maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,35 por cento, ante 0,20 por cento em maio. Os preços de alimentação subiram 0,73 por cento em junho, depois de caírem 0,48 por cento em maio.
"A soja está subindo porque já terminou a colheita; os bovinos estão subindo porque estão perto da entressafra; e o leite está subindo porque, além de estar perto da entressafra, há uma conjuntura internacional de maior demanda e de problemas de safra (de bovinos) em alguns países", afirmou Quadros.
Ele acrescentou que, apesar da aceleração do IGP-M em junho, o índice está voltando para o patamar da média mensal dos últimos anos, em torno de 0,30 por cento. Esse nível é condizente com uma inflação anual em torno de 3,7 por cento.
"O cenário internacional está um pouco mais adverso, com a alta das commodities principalmente, então se você não tivesse o dólar baixo, o IGP-M estaria maior."

Afeganistão: 15 talibãs mortos em ofensivas da NATO e exército

Pelo menos 15 talibãs morreram e três ficaram feridos em duas ofensivas conjuntas do exército afegão e das forças da NATO em diferentes pontos do Afeganistão, indicou hoje o Ministério da Defesa afegão em comunicado.
As forças afegãs e da Aliança Atlântica atacaram quarta-feira esconderijos dos insurrectos na província de Helmand, no sul do país, matando oito talibãs e destruindo o respectivo arsenal. No centro do país, a NATO e o exército afegão lançaram uma ofensiva contra posições talibãs no distrito de Trin Kot, na província de Uruzgan, causando a morte de sete insurrectos, e três feridos.
No próprio distrito de Trin Kot, um comandante talibã morreu quarta-feira nos combates das últimas 48 horas entre duas facções de insurrectos, acrescentou o comunicado.

Chávez afirma que pode desenvolver programa nuclear

Para presidente, Venezuela tem o direito de investir em tecnologia nuclear civil
Ansa
MOSCOU - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira, 28, durante visita oficial a Moscou, que a Venezuela também poderá desenvolver uma tecnologia nuclear civil no futuro.
Ao ser questionado sobre o direito do Irã de desenvolver seu programa nuclear, Chávez concordou com a iniciativa de Teerã e completou dizendo que o Brasil também teria o direito de desenvolver o seu programa civil.
"O Irã tem o direito de desenvolver uma indústria nuclear civil, pois é um país soberano", disse Chávez, citado pela agência Interfax. "E também o Brasil, cujo chefe de Estado (o presidente Lula) se pronunciou pela realização de centrais atômicas, tem este direito. No futuro, Caracas também poderá seguir nesta direção"
Chávez fez as declarações durante a inauguração em Moscou do Centro Cultural Latino-americano intitulado "Simón Bolivar".
O presidente venezuelano iniciou, na quarta-feira, uma viagem pela Rússia, Belarus e Irã para estreitar relações econômicas, políticas e militares que incluem a possibilidade de compra de armamentos. Na Rússia, Chávez deve se reunir com o presidente Vladimir Putin e visitar uma fábrica de helicópteros em Rostov del Don, visando "continuar comprando" aeronaves como informou recentemente.
Há alguns dias, Chávez afirmou que "é possível" que o governo venezuelano compre, durante sua viagem, submarinos e um sistema de defesa aéreo. Segundo a imprensa russa, Chávez comprará durante a viagem cinco submarinos, por US$ 2 bilhões.

Deputado do PSol denuncia abuso na operação no Alemão

"A favela está como sempre. Homens fortemente armados e a ausência total do Estado". A declaração foi feita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, Marcelo Freixo, do PSol, que esteve hoje nas favelas da Grota e da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, acompanhado da ONG Justiça Global e do coordenador do Afroreggae, José Junior.
De acordo com o parlamentar, os moradores relataram que a operação de ontem deixou um saldo de abusos policiais, extorsões e inocentes mortos. "Os moradores reconhecem que nove dos mortos eram ligados ao tráfico, mas os outros seriam inocentes e, alguns deles, teriam sido mortos a facadas", declarou Freixo, que se encontrará hoje com o secretário estadual de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame, junto com uma comissão de moradores do conjunto de favelas.
Tiros pela manhã - Após uma madrugada sem confrontos, a situação de aparente tranqüilidade no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, foi quebrada na manhã desta quinta-feira com a incursão de um carro blindado do 16º Batalhão de Polícia Militar (Olaria), apelidado de "caveirão", na favela da Fazendinha - local da morte de pelo menos quatro dos 19 traficantes que morreram ontem em confronto com a polícia.
O veículo foi alvejado por cerca de três tiros, mas os policiais não revidaram, segundo a PM. Agentes da Força Nacional de Segurança e homens da Polícia Militar voltaram a ocupar os acessos das favelas do Complexo nesta quinta-feira.
Sete escolas e uma creche permanecem fechadas nos arredores do conjunto de favelas. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 4,6 mil crianças permanecem sem aula. Policiais militares não descartam a possibilidade de encontrar mais corpos de criminosos dentro das favelas. O chefe do tráfico local, conhecido como Tota, estaria ferido na perna.
Noite violenta - O Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista coletiva que 13 pessoas morreram e 9 ficaram feridas durante a megaoperação realizada no fim da tarde desta quarta-feira pelas polícias Civil e Militar no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. No fim da noite, porém, uma kombi com seis corpos chegou ao Hospital Getúlio Vargas, no bairro da Penha, e o saldo de mortos subiu para 19.
A polícia divulgou um balanço das apreensões em três pontos do complexo na última quarta-feira, Chuveirinho, Matinho e Areal: 40 quilos de cocaína, 115 quilos de maconha, 50 explosivos, cinco fuzis, cinco pistolas e duas metralhadoras antiaéreas ponto 30 e 2 mil projéteis. A operação tinha como objetivo desarmar a facção criminosa que controla o tráfico de drogas no complexo. O cerco aos acessos das favelas que integram o Complexo do Alemão continuará por tempo indeterminado.
Quatro acusados foram presos, mas o apontado como chefe do tráfico na aérea, José Antonio de Souza Ferreira, conhecido como Tota, continua solto, segundo o chefe da Polícia Civil Gilberto Ribeiro.
“Como sabíamos das dificuldades que encontraríamos no local, entramos com mais de 1.300 homens e posso dizer que logramos êxito em desarmar uma facção expoente no Rio de Janeiro”, disse Beltrame.
“Este material (armas) não chegou lá a partir de 2007. O tráfico acumulou equipamentos enormes durante anos e anos. Não vamos compactuar com o estado de violência, como estava acontecendo ali. Temos a obrigação de agir e levar paz e tranqüilidade aos cidadãos.”
Opção - Beltrame acrescentou que houve um “baque muito forte” ao comando do tráfico de drogas no local e confirmou que a ocupação policial permanecerá no complexo de favelas.
“A sociedade também tem que optar. Se ela quer que as pessoas fiquem sem tiros em determinadas favelas, mas a mercê do tráfico, ou se elas querem que o Estado ali se imponha e expulse o tráfico”, declarou o secretário.
Segundo ele, a operação foi planejada diariamente durante três meses para que houvesse o menor risco à população civil.
Depois que o tiroteio começou, no entanto, o comércio da região fechou as portas, e pais correram para tirar seus filhos das escolas. Os traficantes, por sua vez, fizeram barricadas e espalharam óleo para impedir que os blindados da polícia subissem o morro. Mesmo assim, asseguram os policiais, a ação chegou a locais dentro do conjunto de favelas que não eram alcançados há dez anos.
A força federal – cerca de 150 agentes da Força Nacional de Segurança estiveram na operação – foi enviada ao Rio no começo do ano, depois de uma onda de ataques a postos policiais e ônibus. O chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, disse que a ação no Alemão seria “cirúrgica”, com base em atividades de inteligência realizadas desde que a polícia ocupou a vizinha favela de Vila Cruzeiro, no dia 2 de maio.
Até terça-feira, mais de 20 pessoas já haviam sido mortas e cerca de 70 feridas – a maioria, vítimas de balas perdidas dos freqüentes tiroteios entre policiais e traficantes.
Jogos Pan-americanos - A violência na cidade desperta preocupações para os Jogos Pan-Americanos, já que o Rio tem uma das maiores taxas de homicídios das Américas --1.800 assassinatos foram registrados na Região Metropolitana nos quatro primeiros meses do ano.
Uma reportagem publicada nesta quinta-feira no jornal argentino "La Nación" afirma que as autoridades cariocas estão apreensivas com a segurança durante os jogos. O Rio deve receber 5.500 atletas de 42 países e territórios, além de quase 800 mil turistas, durante os 16 dias do evento, que será aberto oficialmente em 13 de julho.
Cerca de 6.000 agentes da Força Nacional de Segurança vão vigiar as ruas da cidade durante os Jogos, ajudados por 16,5 mil policiais estaduais, alguns dos quais vão ocupar as favelas mais perigosas. Parte do esquema especial de segurança entra em vigor no sábado.

27 de junho de 2007

Brasil acena com proposta industrial para destravar Doha

Negociação na OMC entra na fase do ´tudo ou nada´ após fracasso de acordo
Denise Chrispim Marin, do Estadão
BRASÍLIA - O governo brasileiro acena com propostas adicionais na área industrial como meio de assinalar que "não abrirá mão" de um acordo na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Depois do fracasso na tentativa do G-4 (União Européia, Estados Unidos, Brasil e Índia) alcançar um pré-acordo na semana passada, a negociação entrou em uma espécie de "tudo ou nada". Desta vez, entre os 150 membros da OMC e com espaço de tempo ainda mais curto, o mês de julho.
"Ou os ministros voltam com propostas mais flexíveis ou não teremos nenhum acordo", afirmou o subsecretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, Roberto Azevêdo, referindo-se às posições dos principais negociadores da União Européia, dos Estados Unidos e também do Brasil.
"O processo multilateral continua, embora seja mais difícil chegar a um acordo final sem o acerto prévio entre os quatro parceiros do G4", completou.
A proposta adicional na área industrial envolve a liberalização de alguns setores brasileiros, como o de jóias e de pedras e mármores, que já estava sobre a mesa. Mas há outras sugestões, expressas experimentalmente apenas nas salas de negociação, que foram bem recebidas por europeus e americanos, segundo Azevedo.
Tarifas de importação
A oferta oficial de abertura do setor - o Coeficiente 30, que reduziria a tarifa máxima de importação de 35% para 16,15% - será mantida. O limite da posição brasileira, para o caso de um excelente acordo agrícola, será o Coeficiente 25 - que derruba a mesma tarifa a 14,58%. A rigor, essa iniciativa seria uma espécie de boa vontade. Na semana passada, a negociação do G-4 ruiu quando o Brasil se negou a aceitar um pacote fechado entre a União Européia e os Estados Unidos - uma abertura muito mais ampla do setor industrial em troca de um acordo muito menos ambicioso na área agrícola.
Encontro no Itamaraty
Essa questão foi tratada nesta segunda-feira por Azevêdo em um encontro, no Itamaraty, com representantes dos demais ministérios que acompanham a Rodada Doha e, especialmente, de entidades empresariais.
Segundo Soraya Rosar, chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o relato feito pelo principal negociador brasileiro deixa claro que a Rodada Doha "não está morta, mas as perspectivas sobre sua conclusão são pessimistas". O setor privado, entretanto, apoiou a decisão do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de recusar o pacote trazido por europeus e americanos.
Última chance

A última chance para a Rodada depende, agora, da forma como os 150 sócios receberão as propostas de acordo para as áreas agrícola e industrial/serviços que devem ser divulgadas pelos presidentes dos comitês de negociação da OMC. Essa apresentação estava prevista para esta semana. Mas deve ser retardada pelo risco ainda presente de acabarem por enterrar a Rodada. Azevêdo advertiu que será preciso haver um clima político propício e uma substância aceitável pelos 150 membros da OMC para que esses papéis não sejam "torpedeados em dó". "Será menor esperar que obter um mau acordo agora", afirmou.

Para Beltrame, desarticular CV é a prioridade

Alexandre Rodrigues
O secretário José Mariano Beltrame assumiu como prioridade de sua política de combate à criminalidade a desarticulação do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio. Em entrevista exclusiva ao Estado em maio, ele revelou que o objetivo das operações na Vila Cruzeiro, favela adjacente ao Complexo do Alemão, iniciadas com o assassinado de dois policiais militares por traficantes locais, era na verdade atingir o quartel-general da facção, localizado na comunidade. Para ele, mais da metade dos crimes ocorridos no Rio, principalmente os roubos de carro, tem ligação com o tráfico do Alemão.O secretário busca as reservas de armas e drogas da quadrilha, mas quer alcançar principalmente líderes do tráfico e a logística de contabilidade da facção, que está baseada no Alemão.
Delegado federal que atuou na Missão Suporte (Serviço de Inteligência) da Polícia Federal, Beltrame conquistou o aval do governador Sérgio Cabral (PMDB) para manter a pressão policial sobre a favela, apesar da controvérsia provocada pelo alto número de feridos e mortos por balas perdidas.
"Temos que optar e seguir em frente", defende. Para o secretário, os confrontos são inevitáveis por causa da capacidade bélica dos traficantes. Ao Estado, ele chegou a dizer que não pode "fazer um bolo sem quebrar os ovos". Hoje repetiu: "A ação da polícia não é violenta. Nós não vamos a essas áreas buscar nem produzir violência, mas a cada vez que entramos somos rechaçados".
Em seguida às primeiras operações na Vila Cruzeiro, a polícia concentrou-se na retirada de barreiras instaladas pelos traficantes nas ruas para impedir o acesso da polícia. Até um carro roubado atravessado numa viga foi usado pelos bandidos para atrapalhar a movimentação do caveirão. A polícia conseguiu prender o traficante Marcelo PQD, tido como responsável pelas táticas de guerrilha adotadas pela quadrilha, produzindo o primeiro grande baque na organização da quadrilha.
Durante o primeiro mês de ocupação, a secretaria monitorou a entrada de munição na Vila Cruzeiro e a movimentação de traficantes e resolveu ampliar a atuação para todo o Complexo do Alemão. Desde o último dia 14, homens da Força Nacional de Segurança ajudam a PM no cerco aos acessos do conjunto de favelas, de onde a polícia acredita vir o reforço. A operação de hoje é mais uma etapa na estratégia do secretário, que quer chegar a uma situação em que possa implantar na região uma nova política permanente de policiamento, sem dar chance para que novos territórios paralelos, como ele mesmo define, se legitimem.
Para tanto, o secretário vem insistindo na necessidade de a população colaborar com a polícia, dando informações para que o trabalho de inteligência tenha mais sucesso. Os 58 dias em que a polícia permanece no Alemão estão sendo usados pelos órgãos de segurança para levantar dados que permitam novas ações cirúrgicas como a de hoje. "O período que ficamos lá nos serviu para conhecer cada vez melhor a área, para ver como o tráfico se movimenta, qual o modus operandi, que tipo de armamento eles usam para fazermos operações com o maior número de dados possíveis".
No entanto, o secretário não tem pressa. Ele afirmou que esperará o tempo que for preciso para reunir informações que levem a operações com objetivo definido como a de ontem, com o objetivo de minimizar os riscos para a população.

Jarbas Vasconcellos diz que Senado ´fede´

´Senado está indo para o imponderável, está se estrangulando´, diz senador
Christiane Samarco, do Estadão
BRASÍLIA - No figurino de porta-voz informal da chamada "banda ética" do PMDB, o senador Jarbas Vasconcellos (PE) disse nesta quarta-feira, 27, que o Senado está "fedendo". Segundo Jarbas, "o Senado está indo para o imponderável, está se estrangulando como instituição".
Ele avaliou que a terceira renúncia no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa está "atrapalhando a vida do Senado", que não pode ficar "na perplexidade" em que se encontra, sob pena de se desmoralizar. Jarbas cobrou do Conselho de Ética e Decoro que tome uma decisão sobre o caso Renan Calheiros (PMDB-AL) o mais rápido possível, "doa a quem doer, chateie a quem chatear", e encerrou: "O que não pode é ficar sangrando e, mais do que isto, fedendo."
Em outra linha, o senador do PMDB de Pernambuco articula com os líderes da oposição e informais da base governista uma ofensiva para pedir o afastamento de Renan da presidência da Casa com o objetivo de tentar negociar uma saída à crise política.
"Essa crise, hoje, é um problema do Senado, não é mais um problema dos integrantes do Conselho de Ética", afirmou.
Vasconcellos se disse convencido de que é necessária uma "providência urgente" porque o presidente do Congresso teria perdido as condições políticas de se manter na presidência do Senado.
Em conversas com aliados do governo na Casa, o senador do PMDB pernambucano ouviu a ponderação de que Renan é fundamental para a manutenção da estabilidade política do governo de coalizão por ser o grande articulador do partido, principal partido governista na coalizão.

26 de junho de 2007

Ratinho nega camisa do Benfica

Eduardo Ratinho não quis tirar foto com a camisa do Benfica
Lateral não quis seguir companheiro Willian e disse não a foto segurando camisa
Marcel Rizzo Do GLOBOESPORTE.COM, em São Paulo
O lateral-direito Eduardo Ratinho, do Corinthians, se negou a posar com uma camisa do Benfica para foto do jornal português "A Bola". A informação é do jornalista João Esteves, que esteve no Brasil na semana passada realizando reportagens com jogadores da seleção brasileira sub-20 que se preparava em Teresópolis (RJ) para o Mundial da categoria, no Canadá, entre 30 de junho e 22 de julho.
Willian, também do Timão, fez a foto, publicada na capa do diário nesta terça-feira. A imagem repercutiu no Parque São Jorge, já que a reportagem diz que Willian foi vendido por 14 milhões de euros (R$ 39 milhões) ao MSI, que vai repassá-lo por empréstimo ao Benfica. A diretoria corintiana não confirma a negociação.
- Falamos com vários atletas. O Willian topou fazer a foto. O Cássio (goleiro do Grêmio) fez uma foto com a camisa do Benfica, o Leandro Lima (do São Caetano) posou com a camisa do Porto. Falamos com o David Luiz, zagueiro que já é do Benfica. O único que não quis tirar a foto foi o Eduardo Ratinho – diz João Esteves. Ele afirmou que o Benfica já tem outras opções para a lateral direita e não tem mais interesse em Ratinho.
E se na terça-feira pela manhã Carlos Leite, empresário de Willian, ameaçava até processar o jornal "A Bola", à tarde disse que a foto era verdadeira, após contato com Willian, como já havia informado ao GLOBOESPORTE.COM o jornalista João Esteves. Leite segue negando que Willian foi negociado.

Bolívia deve tomar posse de refinarias da Petrobras nesta 3ª

Com a renegociação do seguro das unidades, transferência pode ser realizada
Carlos Alberto Quiroga e Marcelo Teixeira, da Reuters
LA PAZ e RIO - A petrolífera estatal boliviana YPFB tomará posse das duas refinarias recém-compradas da Petrobras nesta terça-feira, 26, informaram na segunda-feira fontes oficiais do governo boliviano, citadas pela também estatal Agencia Boliviana de Información (ABI).
O anúncio foi feito horas depois de a Petrobras informar que renegociou os seguros das refinarias com a empresa La Boliviana Ciacruz, filial do Zurich Financial Services Group. A não-renovação do seguro havia provocado a suspensão da transferência das unidades, programada inicialmente para 11 de junho.
"Os atos de transmissão, com o endosso de 100% de ambas as plantas acontecerão (...) com a presença do presidente da República, Evo Morales, e das principais autoridades do setor", disse a ABI, que citou fontes oficiais não identificadas.
A recuperação das refinarias foi definida anteriormente pelo governo boliviano como um símbolo da nacionalização da indústria petrolífera, decretada há pouco mais de um ano.
A subsidiária boliviana da Petrobras informou em comunicado que a nova cobertura para as operações das refinarias Gualberto Villarroel e Guillermo Elder Bell, localizadas nas cidades de Cochabamba e Santa Cruz, respectivamente, não depende da operadora das unidades.
A nova apólice era necessária pois a anterior perderia validade se os ativos segurados deixassem de ser operados pela Petrobras.
A YPFB concordou em pagar US$ 112 milhões por ambas as refinarias, cuja capacidade conjunta de processamento é de 40 mil barris diários e pelas quais a Petrobras havia desembolsado US$ 104 milhões, há pouco mais de sete anos.
O presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa, reiterou na segunda-feira à mídia boliviana que a estatal já pagou a primeira parcela de US$ 56 milhões e entregou à Petrobras garantias de pagamento da outra metade.
As refinarias foram adquiridas pela Petrobras durante uma onda de privatizações que Morales busca agora reverter.

25 de junho de 2007

Conferência sobre Darfur fixa plano actuação e ameaça Cartum

A conferência ministerial hoje realizada na capital francesa sobre a crise em Darfur, oeste do Sudão, aprovou um plano de actuação para os próximos meses e ameaçou com sanções as autoridades de Cartum.
O plano de acção visa sobretudo pressionar o executivo sudanês e os movimentos guerrilheiros responsáveis pela situação em Darfur.
Um total de 18 governos, na maioria ocidentais, bem como seis organizações não-governamentais lançaram uma mensagem de esperança para que seja dada rapidamente uma solução à crise no oeste sudanês, saldada até à data em 200.000 mortos e 2,5 milhões de refugiados.
«Há uma pequena luz no fundo do túnel», declarou aos jornalistas o chefe da diplomacia de Paris, Bernard Kouchner, embora sublinhando que ainda há muito por fazer.
Por ora, a comunidade internacional está apostada em pressionar intensamente o executivo do presidente sudanês Omar el-Beshir e os 19 grupos rebeldes que têm contribuído para uma das maiores crises humanitárias das últimas décadas no mundo, a de Darfur.
A conferência de Paris expressou apoio à União Africana (UA) e às Nações Unidas (ONU), cujos enviados especiais a Darfur, respectivamente Salim Ahmed Salim e Jan Eliasson, elaboraram recentemente um Roteiro de Paz.
O objectivo é o de, no fim do Verão, haver negociações entre o executivo sudanês e os rebeldes, criando condições para a entrada no terreno de uma força mista UA/ONU, finalmente aceite - após muitas reticências - por El-Beshir.
Esta força será basicamente africana, mas deixará a porta aberta a apoio ocidental, logístico, de equipamento e homens.
O chefe das operações de manutenção de paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno, frisou a necessidade de que esta força tenha «capacidade e muita mobilidade» para actuar no terreno com apoio aéreo de helicópteros.
A força em causa, tendo com base os actuais 7.000 efectivos da UA, seria incrementada até 19.000 e poderia ser uma realidade no início de 2008, data avançada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo o qual o maior desafio pela frente é, agora, o do financiamento da missão.
Os pagamentos estão incumbidos aos países ocidentais e compreenderão não apenas a vertente militar, mas a da reconstrução das infra-estruturas, visando o regresso dos refugiados aos lugares de origem.
O chefe da diplomacia do Quai d´Orsay revelou o interesse de vários países europeus em contribuírem com ajuda humanitária e fornecerem polícias para dar segurança aos refugiados. Condoleezza Rice, chefe da diplomacia dos Estados Unidos, o maior doador para o Darfur, com 2.000 milhões de dólares (quase 1.500 milhões de euros), insistiu em que as autoridades de Cartum - já alvo de sanções de Washington - revejam a sua posição.
Rice frisou que se El-Beshir não cumprir serão reforçadas as sanções e insistiu na concessão de «garantias políticas» para animar Cartum e os rebeldes a chegarem a entendimento.
Kouchner anunciou que haverá uma nova conferência sobre Darfur em Setembro, com o grupo de contacto alargado, à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
Por seu turno, Frank-Walter Steinmeier, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, com a presidência da União Europeia (UE) até ao fim do mês, indicou que o seu país não fornecerá mais de duas centenas de homens para o transporte dos militares da UA, com um custo suplementar de 20 milhões de euros.
Diário Digital / Lusa

Tropas portuguesas reforçam segurança

LÍBANO
Foram reforçadas as medidas de segurança em torno do contingente militar português no Líbano. A medida surge depois do atentado que, domingo, causou a morte a seis soldados espanhóis. As causas ainda estão a ser averiguadas.
As medidas de segurança em torno do contingente militar português presente no Líbano foram reforçadas depois do atentado que, domingo, vitimou seis soldados espanhóis.
O contingente português, integrado na Força de Interposição das Nações Unidas no Líbano (FINUL), actua numa zona que fica a cerca de 50 quilómetros do local do atentado.
Ouvido pela TSF, Pedro Sasseti Carmona, porta-voz das Forças Armadas revelou que os militares portugueses continuam a desempenhar normalmente as suas funções.
Ainda assim, adiantou aquele responsável, «passou a haver um ligeiro aumento de preocupações nos movimentos externos das forças.
O estado geral de alerta mantém-se. Apenas nos movimentos externos tem havido alguma preocupação e mais cuidado no movimento destas forças»No Líbano estão actualmente cerca de 150 soldados portugueses.
FINUL: ataque é «o mais grave desde o último Verão»A Força de Interposição das Nações Unidas no Líbano (FINUL) qualificou o ataque contra o contingente espanhol como «o mais grave desde o último Verão».
Os seis soldados espanhóis perderam a vida devido à explosão de um engenho à passagem do blindado em que seguiam, no Sul do Líbano.
Para o general italiano Cláudio Graziano, responsável da FINUL, afirmou que «os que realizaram este atentado tinham não só como objectivo atacar a FINUL, como também a paz, a segurança e a estabilidade na região».
Em comunicado, a FINUL indicou que a explosão em que morreram os seis soldados ter-se-á dado devido a um carro armadilhado que explodiu a quando da passagem da patrulha espanhola.
A FINUL acrescenta que as investigações continuam a decorrer «para se conhecerem as circunstâncias exactas do que aconteceu»
Responsáveis e grupos libaneses, entre os quais o líder da maioria parlamentar, Saad Hariri, e a Força 14 de Março, já condenaram o ataque aos capacetes azuis espanhóis.
Apesar do ataque, p governo espanhol não tem intenções de retirar do Líbano o seu contingente, composto por cerca de mil homens.

Crime foi filmado, diz pai de garçom morto nos Jardins

Rapaz que passava teria registrado imagens da confusão em câmera de celular.Jovem de 19 anos foi morto com facada no peito em bar em área nobre de SP.
Luciana Bonadio

Do G1, em São Paulo
O gerente de restaurante Ricardo Amaral Batista, pai do garçom John Clayton Moreira Batista, de 19 anos, morto na madrugada de sábado (23) em um bar nos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo, disse que um rapaz que passava pelo local filmou o crime com a câmera do celular.
“Tivemos uma surpresa ontem (domingo). Um rapaz que estava passando no momento do fato tem uma filmagem em um telefone celular, que mostra meu filho correndo”, afirmou Batista em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (25).
O jovem, que trabalha em um supermercado na região do crime, foi até a casa da família de John, mas o pai preferiu não ver as imagens. “É muito trágico”, disse.
O garçom foi morto a facadas por um grupo que seria de jovens punks em um bar na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Lorena. Quatro maiores de idade foram presos em flagrante e outros quatro menores (entre eles duas adolescentes) foram apreendidos, suspeitos de participação no crime.
O pai viu os suspeitos no sábado, enquanto tentava liberar o corpo do filho. “É complicado. O crime foi nos Jardins e (feito por) pessoas que conhecem seus direitos”, afirmou. Batista acha que a filmagem pode ajudar a esclarecer quem deu a facada que matou o jovem. “Eles não tiveram piedade nenhuma.”
Batista diz que aconselhou o filho a trabalhar em uma região nobre da cidade por temer a violência no bairro em que morava no município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Ele era garçom há quatro anos no Café Armani. “A gente sempre temia que acontecesse este tipo de coisa aqui, por isso a gente colocou ele para trabalhar em locais afastados”, disse.
John era uma pessoa cativante, de acordo com o pai. “Ele cativava as pessoas por não ter maldade nenhuma”, afirma. Batista diz que a prova da personalidade do filho foi o carinho das pessoas que foram ao enterro do jovem, ocorrido no sábado no Cemitério da Saudade, em Taboão da Serra.
O gerente de restaurante acha que as investigações estão “indo bem”. Em entrevista logo após o crime, ele disse temer a impunidade. “Aquilo que a gente temia, que seria a liberação dos criminosos logo, não aconteceu e eles ainda estão presos.”
O crime
O garçom foi ao bar na noite de sexta-feira (22) para tomar cerveja com dois amigos após terminar seu trabalho em um café no mesmo bairro. Após uma confusão, o rapaz morreu esfaqueado. John estava numa mesa externa do bar, por volta das 21h30 de sexta-feira, quando um grupo teria começado a agredir clientes da casa e a atirar garrafas em sua direção. Perseguido por dois integrantes do bando, ele se refugiou no bar e foi esfaqueado no peito. Morreu enquanto era socorrido no Hospital das Clínicas, na região central de São Paulo.
Isqueiro emprestado

Estavam na mesa com Batista Tatiana Polacow Augusto, de 25 anos, e Rafael Rodrigues, também de 25. Tatiana contou que era comum ir àquele bar depois do trabalho, com os dois amigos. “Estávamos bebendo numa mesa da calçada, quando uma garota punk se aproximou e pediu isqueiro para o Rafael. Ele disse que não tinha e dei o meu a ela. Depois de acender o cigarro, ela se retirou fazendo gesto obsceno para o Rafael. Logo depois chegou o grupo agredindo todo mundo.”
Eles vestiam roupas pretas, rasgadas e coturnos, mas a polícia não confirma que o grupo era de punks. “Ainda não confirmamos se eles são dessa facção. Eles têm algumas características como as armas usadas, vestiam jaqueta, tinham cabelos arrepiados e dois com cabelo raspado”, disse o delegado que estava de plantão no momento da ocorrência, Rodrigo Fiacadori. “Eles negam que sejam de qualquer grupo.”
Tacos de beisebol

As testemunhas disseram à polícia que os agressores utilizaram como armas uma bola de bilhar envolta em uma meia, taco de beisebol, taco de beisebol com ponta de ferro e uma faca chamada butterfly. As armas não foram encontradas após a prisão dos envolvidos, que haviam fugido do bar depois da confusão.
As testemunhas afirmam que o grupo não tinha um alvo específico como pessoas negras ou homossexuais, e sim que estavam em busca de briga. “Eles queriam ferir quem estivesse pela frente. Eu corri e atravessei a Alameda Lorena. O John estava comigo. Dois caras vieram atrás de nós. O John mudou o rumo e correu para dentro do bar. Os punks saíram correndo atrás dele. Aí eu vi que ele estava caído no chão. Antes disso, vi um deles mostrar uma faca, mas não sei se foi ele que o agrediu”, contou Tatiana.
Ana Paula del Conte, outra testemunha, tem relato parecido. “Levei chute, soco na nuca e vi garrafas voando para todos os lados. Foi provocação, eles queriam briga de qualquer jeito.”
Punks

Para o delegado titular do 78º DP, Marcos Gomes de Moura, os acusados “são punks, mas o motivo do crime seria banal. São jovens de classe média que saem para fazer baderna.” O delegado afirmou ainda que na região acontece uma ocorrência por mês cometida por grupos de punks. “Eles freqüentam a região porque tem muitos bares de rock.” O delegado descarta que o crime tenha relação com o esfaqueamento do francês Grégor Erwan Landouar, de 35 anos, que ocorreu na mesma região durante a Parada Gay.
Os criminosos teriam afirmado ao delegado que haveria mais um integrante do grupo, e que ele estaria foragido. “Todos serão responsabilizados pelo crime. Apesar de se dizerem inocentes, as testemunhas foram enfáticas em dizer que foram eles”, diz Moura. Entre os crimes a que os infratores serão indiciados está o de homicídio doloso e lesão corporal dolosa. A princípio, nenhum deles tem passagem pela polícia.
Os detidos têm entre 15 e 21 anos. A pivô da confusão foi uma menor de 17 anos.

24 de junho de 2007

Portenhos vão às urnas e votam contra Kirchner

Mundo
Ariel PalaciosAgência Estado
Maurício Macri tornou-se o virtual novo líder da oposição ao governo do presidente Néstor Kirchner, ao vencer as eleições para chefe de governo da cidade de Buenos Aires, centro financeiro, político, sindical e cultural do país. Macri, líder do Compromisso para a Mudança (CpC), partido que integra a coalizão de centro-direita Proposta Republicana (PRO), obteve, segundo as primeiras bocas-de-urna, 61% dos votos. O derrotado foi o candidato de Kirchner, o ministro da Educação, Daniel Filmus, do Frente pela Vitória, facção do Partido Peronista, que teria conseguido 39% dos votos válidos. No entanto, possivelmente insatisfeitos com ambos candidatos, abstiveram-se de votar 30% dos eleitores portenhos, um recorde histórico na politizada Buenos Aires.
A vitória de Macri constitui a primeira esperança para a oposição, que desde a posse de Kirchner, em 2003, estava desarticulada e sem autoconfiança.
Nas fileiras da oposição considera-se que a eleição portenha foi o calcanhar-de-Aquiles de Kirchner, o que mostra que o governo é vulnerável. Segundo o analista político Rosendo Fraga, o mito da invencibilidade de Kirchner foi quebrado. Mas, Fraga duvida que a oposição possa derrotar o governo nas urnas nas eleições presidenciais de outubro.
No entanto, a vitória de Macri, afirmam os analistas, dificilmente poderia ter o efeito de gerar uma grande coalizão opositora. Essa "fantasia de uma frente comum", segundo o sociólogo Heriberto Muraro, "não prosperará", já que a oposição não conseguirá resolver o problema de lideranças que possui, além de suas tradições políticas radicalmente diferentes.
Presidente do time Boca Juniors e filho do empresário Franco Macri, o eleito prefeito portenho comanda uma coalizão que atualmente conta com pouca estrutura fora da capital do país. No entanto, mostrou jogo de cintura de marketing político e que pode ser uma alternativa de poder a Kirchner.
Macri desmente que aspire ser candidato presidencial daqui a poucos meses, apesar do desejo de vários setores da oposição. O cenário mais provável é que ele forneça seu respaldo a um dos líderes da centro-direita. O ex-ministro da Economia e da Defesa Ricardo López Murphy, líder do partido Recrear, que integra a
coalizão PRO,

espera que Macri declare seu respaldo à sua candidatura presidencial.
Buenos Aires é um distrito de características rebeldes. Ao longo de sua história, com raras exceções, votou contra o presidente de plantão. O Partido Peronista, e próprio Kirchner, desde sua posse, foram pessoas non grata na capital do país. Nas eleições parlamentares de 2005, Kirchner não conseguiu mais de 20% dos votos portenhos.
Desta forma, a obtenção de cerca de 39% por Filmus está sendo encarado como uma "vitória" por Kirchner, já que ultrapassa todos os níveis conseguidos pelo Peronismo nos últimos 25 anos.
Apesar da derrota em Buenos Aires, Kirchner controla com mão de ferro outros distritos eleitorais no resto da Argentina. Os analistas afirmam que nas próximas semanas ele anunciará sua eventual candidatura à reeleição. Caso ele não se apresente, a candidata do governo seria sua esposa, a senadora Cristina
Fernández de Kirchner. Segundo as pesquisas, o presidente e sua esposa contam com mais de 50% de imagem positiva em todo o país. As pesquisas também indicam que se fossem realizadas eleições presidenciais hoje, qualquer dos dois Kirchner venceria.
Kirchner corria o risco de sofrer mais uma derrota hoje, desta vez da centro-esquerda, na província de Tierra del Fuego. Seu candidato, o governador Hugo Cóccaro, segundo as primeiras bocas-de-urna, perdia por uma pequena margem de votos para Maria Ríos, candidata do centro-esquerdista
Argentinos por uma República Igualitária (ARI).

Mais do mesmo: Senador é flagrado negociando partilha de dinheiro

Política
Escutas feitas pela polícia com a autorização da Justiça lançaram suspeita sobre o ex-governador do Distrito Federal e senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). De acordo com reportagem da revista "Época" deste final de semana, as gravações flagraram conversas entre Roriz e Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), preso há duas semanas durante a Operação Aquarela.
Numa das conversas, Roriz e Moura negociam a divisão de dinheiro no escritório de Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol, dono de uma frota de ônibus e de uma empresa prestadora de serviços para o governo do Distrito Federal.
De acordo com a reportagem, Moura diz a Roriz: "E de lá [do escritório de Constantino] sai cada um com o seu".
Essa conversa foi gravada em 13 de março. Neste mesmo dia, segundo relatório do Coaf (Controle de Atividades Financeiras), vinculado ao Ministério da Fazenda, Constantino sacou R$ 2,2 milhões no BRB.
Para o Ministério Público, esse dinheiro teria sido dividido entre Roriz, Tarcísio e uma terceira pessoa a quem o ex-presidente do BRB chama de "chefe" nas conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça. O "chefe" seria Benjamin Roriz, primo do senador e ex-secretário de seu governo.
De acordo com a reportagem da "Época", o assessor de Roriz deu duas versões para o negócio fechado no escritório de Constantino. Primeiro disse que Roriz teria descontado um cheque do BRB --operação que teria sido executada por Moura.
Depois, o assessor informou que Roriz pediu R$ 300 mil emprestados a Constantino para comprar parte de uma bezerra nelore da Universidade de Marília.
Como Roriz tem foro privilegiado, o Ministério Público enviou para a Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação contra Roriz. Cabe agora ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, decidir se requisita ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito criminal contra Roriz.

Goiás vence por 2x0 e joga água na fogueira do Náutico

Série A Do JC OnLineCom informações da JC/CBN Recife

Domingo de São João amargo para a torcida do Náutico. Jogando em casa, o time alvirrubro até conseguiu segurar o jogo no primeiro tempo, mas terminou cedendo ao Goiás no tempo complementar e perdeu por 2x0, com gols do atacante Fabrício Carvalho. Para o time pernambucano, já são cinco rodadas sem vencer e a amarga 18ª colocação no Campeonato Brasileiro da primeira divisão, com apenas cinco pontos.

Já o Goiás sai embalado do jogo. Com os pontos conquistados, chegou à quarta colocação da competição, com 12 pontos somados. O próximo desafio dos alvirrubros será diante do Sport, na Ilha do Retiro, quinta-feira (28), às 20h30, no Clássico dos Clássicos. Já o Goiás enfrenta o América/RN, no estádio Machadão, na capital do Rio Grande do Norte, dia 30, às 16h.

O JOGO - À vontade em casa, o Náutico iniciou com maior volume de jogo. Tanto que primeira chance de gol veio logo aos 5 minutos, com uma tabelinha entre Kuki e Felipe, que driblou os adversários e, sem pontaria, terminou mandando para fora. Por outro lado, o Goiás se apoiou na postura defensiva e explorando a velocidade nos contra-ataques. E cumpriu bem seu papel.

Em outra jogada de sorte, Baiano, da intermediária, mandou uma bola fraca que quase vinga. Mas Harlei terminou salvando com a ponta dos dedos. Mais tarde, em uma nova jogada de efeito, Acosta fez um belo lançamento para Felipe, mas Amaral chegou para barrar a jogada.

Aos 26 minutos Acosta é empurrado perto da área e o árbitro marca uma falta perigosa a favor dos Timbus. Acosta mandou certeiro de pé esquerdo mas Harlei espalmou, no canto da trave, salvando mais uma. O jogo segiu homogêneo até o fim do primeiro tempo, sem nenhum gol.

DECLÍNIO - No segundo tempo, o panorama mudou completamente para os mandantes. O placar do jogo foi aberto logo aos 10 minutos, quando, após um escanteio pela esquerda cobrado pelo lateral-esquerdo Diego, Fabrício Carvalho mandou uma cabeçada violenta na rede de Fabiano. Depois do gol, o técnico PC Gusmão foi duramente vaiado pela torcida quando decidiu substituir Kuki por Fábio Saci.

O segundo gol da noite veio com uma marcação polêmica de um pênalti a favor do Goiás, aos 21 minutos. Em uma jogada pela esquerda, Welliton mandou de cabeça na trave. No rebote, Fabrício Carvalho foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou a punição. O mesmo Fabrício Carvalho preparou-se e mandou rasteiro, para ampliar a vantagem do time esmeraldino. Após os gols, o Náutico ficou atordoado em campo. A chance de diminuir a diferença veio aos 36 minutos, em um cruzamento de Sidny. Beto surgiu livre e cabeceou. Harlei chegou para fazer uma bela defesa e manter o resultado que deixou o Náutico na fogueira.

FICHA DO JOGO:

Náutico Fabiano; Onildo, Alysson e Daniel Paulista; Sidny, Elicarlos (Marcelinho), Baiano, Acosta e Hamilton; Felipe (Beto) e Kuki (Fábio Saci). Técnico: Paulo César Gusmão. Goiás Harlei; Leonardo, Paulo Henrique e Amaral; Vitor, Fábio Bahia, Cléber Gaúcho, Felipe (Jeferson) e Diego; Wellington e Fabrício Carvalho. Técnico: Paulo Bonamigo. Local: Aflitos. Horário: 18h10. Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA). Assistentes: Alessandro Rocha e Belmiro da Silva (BA). Ingressos: arquibancada R$ 25 e estudante e dependente de sócio R$ 12. Público: 10.397 Renda: R$ 112.987,00