Agencia Estado
O presidente dos EUA, George W. Bush, deixa Washington amanhã para começar na quarta-feira uma viagem de oito dias por seis países do Oriente Médio. A prioridade na agenda do presidente - que visitará Israel, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito - será a negociação de um acordo para o conflito entre israelenses e palestinos. A Casa Branca afirmou hoje que, apesar de o presidente ter sido ameaçado pela rede terrorista Al-Qaeda, Bush não vai mudar os planos de sua viagem. No domingo, o americano Adam Gadahn, que atua como porta-voz da Al-Qaeda, pediu a militantes que recebam o presidente dos EUA no Oriente Médio com "bombas em vez de flores ou aplausos".
Durante os dias que passará em Israel, Bush deve continuar seguindo a direção pautada pela conferência de paz realizada em novembro em Annapolis, nos EUA. Na reunião, israelenses e palestinos anunciaram a criação de um comitê de coordenação das negociações de paz, liderado pelos dois lados e supervisionado pelos americanos. Na quarta-feira, Bush dará seqüência às conversas e se reunirá com o premiê israelense, Ehud Olmert, e com o presidente de Israel, Shimon Peres. Já na quinta-feira, o presidente americano encontrará o presidente palestino, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro Salam Fayyad. Antes de partir para o Kuwait, na sexta-feira, Bush vai se reunir com o ex-premiê britânico Tony Blair, atual enviado de paz do Quarteto para o Oriente Médio, grupo formado pelos EUA, Rússia, União Européia e ONU.
Outro tema que estará presente na viagem de Bush a Israel é o das colônias judaicas na Cisjordânia. O porta-voz de Olmert, Mark Regev, afirmou hoje que, durante a visita de Bush à região, o governo israelense dirá ao presidente americano estar comprometido a desmantelar as colônias ilegais. Segundo o jornal israelense Haaretz, as autoridades do país se negam a tornar público um relatório oficial sobre a colonização na Cisjordânia por temerem que seus resultados tenham um efeito negativo nas relações internacionais. Na semana passada, o ministério da Defesa israelense pediu ao tribunal do distrito de Tel-Aviv que dê respaldo à decisão de não tornar o relatório público que, em sua opinião, pode causar danos "à segurança do Estado". Para a comunidade internacional, todas as colônias israelenses em territórios ocupados desde junho de 1967 são ilegais - mesmo as que tiveram aprovação oficial do governo de Israel.
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