Por Adam Entous
JERUSALÉM (Reuters) - Israel e os palestinos iniciaram na segunda-feira sua principal iniciativa de paz dos últimos sete anos, apesar das diferenças significativas nos objetivos de cada lado.
A retomada do processo de paz havia sido anunciada em novembro na conferência internacional de Annapolis (EUA). Na semana passada, o presidente George W. Bush fez sua primeira visita oficial a Israel e Cisjordânia e revelou a meta de que um tratado de paz seja assinado até o final do seu mandato, dentro de um ano.
A chanceler israelense, Tzipi Livni, e o ex-premiê palestino Ahmed Qurie, os negociadores-chefe, se reuniram num hotel de Jerusalém para começar a tratar das chamadas "questões do status definitivo", como a definição das futuras fronteiras, a situação de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos.
Mas uma fonte oficial israelense disse que Livni dificilmente aceitará tratar dessas questões neste estágio preliminar. "É a primeira reunião, e a primeira reunião por natureza precisa ser preparatória", disse uma fonte do governo.
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, autorizaram o início das discussões sobre o status final, mas os líderes não se entendem a respeito da possível abrangência do acordo.
Israel diz que Olmert busca definir uma "moldura" para o futuro Estado palestino, com sua implementação apenas depois que os palestinos conseguirem dar garantias de segurança a Israel.
Abbas quer que um tratado final de paz lhe permita declarar a criação de um Estado até o final do ano.
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