A oposição diz que o presidente queniano ocupa o Governo de forma ilegal.
O presidente Kibaki diz estar pronto a formar um Governo de unidade nacional no Quénia. Numa primeira reacção, os opositores insistem que Kibaki ocupa a chefia de estado de forma ilegal. Um eventual acordo está a ser negociado com uma diplomata enviada pelos Estados Unidos, que reuniu com o presidente Kibaki e o líder da oposição, Raila Odinga.
A posição de Mwai Kibaki foi assumida num comunicado de poucas palavras. O presidente queniano disse, na manhã deste sábado, estar pronto para formar um Governo de unidade nacional, num apelo à união das diferentes etnias. Um processo de reconciliação que pode pôr termo à onda de violência que tem varrido o Quénia.
O discurso é uma volta de 180 graus por parte de um presidente eleito sob forte suspeita de fraude e bastante contestado pela oposição, liderada pelo partido de Odinga, o Movimento Democrático Laranja.
O comunicado de Kibaki não impediu, no entanto, que a onda de violência prosseguisse neste sábado. As Nações Unidas emitiram um relatório com números que ilustram bem da violência dos últimos dias no Quénia. A ONU fala em 250 mil deslocados, meio milhão de pessoas afectadas pelo conflito e, numa região a norte do país, 100 mil quenianos precisam de ajuda imediata.
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