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16 de janeiro de 2008

Lobão assume Minas e Energia e descarta apagão

Reuters/Brasil Online

BRASÍLIA (Reuters) - O senador Edison Lobão (PMDB-MA) foi confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o novo ministro das Minas e Energia, nesta quarta-feira, e garantiu que o país não enfrentará nenhuma crise no abastecimento energético.

"Não haverá apagão nenhum. As autoridades do ministério têm tomado todas as providências e nós temos que ser otimistas. Otimismo com responsabilidade", afirmou Lobão a jornalistas logo após anunciar sua própria nomeação, ao lado do ministro das Relações Institucionais, José Mucio Monteiro.

O novo ministro foi indicado pelo PMDB e toma posse na segunda-feira.

O partido desejava reaver a pasta desde que Silas Rondeau deixou o ministério em maio de 2007, acusado de ter recebido propina da construtora Gautama, envolvida na Operação Navalha comandada pela Polícia Federal.

Nesse período, a pasta foi ocupada interinamente por Nelson Hubner, um técnico do ministério que trabalhara na gestão de Dilma Rousseff, atual ministra-chefe da Casa Civil, e na de Rondeau.

Sem conhecimento do setor, Lobão terá o desafio de administrar uma possível crise de abastecimento de energia devido à falta de chuvas, que compromete o nível dos reservatórios.

O novo ministro reagiu às críticas à falta de experiência no setor e de ter sido nomeado apenas por critérios políticos.

"Este ministério já teve 11 ministros políticos. Eu não sou um técnico, sou um político e sou um administrador. Um administrador capaz de formar a sua equipe", afirmou.

"Um administrador muitas vezes enxerga exatamente onde um técnico, que é tão útil, não enxerga. O presidente quando tem que nomear um ministro, imagina um ministro que saiba administrar e não exatamente um técnico para tomar determinada providência", completou.

Lobão também afirmou que o ministro interino Nelson Hubner deve deixar o ministério, pois teria dito que tem novos projetos. E anunciou a característica da sua equipe.

"Vou formar a equipe mais competente possível, sem intenção de demolir o que se encontra lá", disse o ministro, acrescentando que o PMDB será ouvido "naquilo que for razoável de suas indicações".

No Senado, a vaga de Lobão será preenchida pelo seu filho e suplente, Edison Lobão Filho (DEM-MA), sobre o qual surgiram denúncias nos últimos dias.

Ele teria usado laranjas para ocultar sua participação em uma distribuidora de bebidas no Maranhão que sonegaria impostos. Ele nega. O Democratas quer explicações de Lobão Filho e insinuou que ele deveria mudar para o PMDB, como fez o pai no final do ano passado.

Lobão admitiu que seu filho poderá se licenciar do Senado para responder às acusações.

"Estamos examinando isso. Ele pode se licenciar se for conveniente. É uma hipótese. Ele deseja se defender fora do Senado."

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