da Folha Online
Equipes do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) buscam uma ossada em um terreno que fica na divisa de Embu-Guaçu e Juquitiba, ambas na Grande São Paulo, nesta sexta-feira. Ontem (3), outra ossada foi encontrada no local. Trata-se da mesma região em que os namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé foram mortos, em 2003.
Essas novas investigações começaram por conta de uma denúncia segundo a qual o jovem que liderou o seqüestro e assassinato do casal matara outras duas pessoas anteriormente e as enterrara naquela área. O jovem foi recentemente interditado pela Justiça de São Paulo por ser "incapaz" e permanece internado em uma unidade da Fundação Casa (ex-Febem).
O autor da denúncia tem a identidade preservada pelos policiais. Em depoimento, ele teria confessado ter ajudado o jovem a cometer os dois crimes anteriores à morte do casal.
Quatro homens cumprem pena por terem ajudado o jovem a seqüestrar, torturar e matar Liana e Felipe. A maior pena aplicada a um dos réus foi de 124 anos a Antônio Caetano da Silva. Conforme a legislação, o condenado fica, no máximo, 30 anos na prisão.
A Folha Online não publica o nome nem o apelido do jovem porque o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não permite que sejam divulgadas identidades de menores envolvidos em crimes. Na época da morte do casal, ele tinha 16 anos.
Crime
Os namorados foram rendidos enquanto acampavam em Embu-Guaçu. Os estudantes mentiram sobre a viagem para os pais --Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com amigos.
No dia 2 de novembro de 2003, um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Pernambuco--, enquanto Liana estava com um jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta pelo adolescente a facadas, no dia 5 do mesmo mês.
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