da Folha Online
Os eleitores de New Hampshire --Estado predominantemente branco e cada vez mais rico-- terá nesta terça-feira as primeiras prévias para as eleições presidenciais norte-americanas.
A senadora e ex-primeira-dama, Hillary Clinton, enfrenta o risco de ver sua campanha --que antes parecia praticamente imbatível-- sofrer um novo abalo, cinco dias após a derrota no "caucus" (assembléia de eleitores) de Iowa.
De acordo com algumas pesquisas eleitorais, Hillary fica atrás de seu principal adversário, Barack Obama, por uma diferença de dois dígitos. Ontem, ela teve de fazer um esforço para transmitir a seus eleitores a mensagem de que continua forte.
Para Obama, uma nova vitória em New Hampshire iria solidificar sua vantagem no Partido Democrata.
Do lado republicano, lidera o senador pelo Arizona John McCain, que colocou dezenas de milhões de dólares dos seu próprio bolso nas campanhas. Ele, porém, aparentava favoritismo em Iowa, onde acabou em segundo lugar na disputa, atrás do ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee.
Os resultados da disputa em New Hampshire devem ser conhecidos no final da noite desta terça, provavelmente já de madrugada no Brasil.
Os oficiais que atuam nas eleições prevêem que haverá um número recorde de eleitores em New Hampshire. As campanhas deste ano nos Estados Unidos são consideradas as mais abertas em 50 anos --sem que um atual presidente ou vice-presidente esteja na disputa.
Nas últimas horas desta segunda-feira, os candidatos tentavam reforçar suas mensagens aos eleitores e incentivá-los a participar das prévias.
"Alguns de nós vamos até lá e fazemos [as campanhas], contra a todas as dificuldades, porque nos importamos com este país. Mas alguns de nós estão certos e outros estão errados", afirmou, de forma emocional.
Obama em destaque
As câmeras de TV registram cada movimento dos candidatos durante campanhas, mas as maiores expectativas recaem sobre Barack Obama, que poderá tornar-se o primeiro negro da história dos EUA a chegar à Casa Branca.
Obama lidera sete das dez pesquisas eleitorais divulgadas recentemente. Já o ex-senador da Carolina do Norte, John Edwards, aparece na frente em duas delas.
Do lado republicano, McCain lidera quatro das sete sondagens. Atrás dele, aparece Mitt Romney --que ganha duas-- e o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, que lidera uma.
Para McCain, este também é um momento crucial. Caso vença, sua campanha ganhará impulso nacional. Nos últimos tempos, seus esforços eram considerados infrutíferos --o apoio à guerra no Iraque o deixou em uma posição de pouca popularidade.
No entanto, a redução da violência no país e a percepção de que os Estados Unidos estão na direção certa, podem fortalecer seu discurso.
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