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23 de abril de 2007

Barclays e ABN Amro anunciam plano de fusão

Aquisição do grupo financeiro holandês pelo britânico vai criar o 5º maior banco
João Caminoto
LONDRES - Os bancos Barclays e ABN Amro anunciaram nesta segunda-feira, 23, os detalhes de seu plano de fusão, um negócio avaliado em 45 bilhões de libras esterlinas, ou cerca de R$ 185 bilhões. O negócio, que na realidade consiste na aquisição do grupo financeiro holandês pelo britânico, se confirmado, vai criar o quinto maior banco do mundo, com operações em vários países, entre eles o Brasil, com 47 milhões de clientes e um valor de mercado de cerca de R$ 350 bilhões.
Mas o futuro do banco holandês ainda não está totalmente definido. Executivos do ABN Amro vão receber nesta tarde os detalhes de outra oferta, que será apresentada por representantes de um consórcio formado pelo britânico Royal Bank of Scotland, o espanhol Santander, e o belgo-holandês Fortis.
Sede em Amsterdã
Segundo o plano anunciado na manhã desta segunda-feira, o nome do novo banco será apenas Barclays, sem referência ao grupo holandês, mas sua sede seria localizada em Amsterdã.
O Barclays vai usar 3,225 de suas ações ordinárias para comprar cada ação do ABM Amro. Isso representa um valor de 36,25 euros para cada ação do banco holandês, um pouco acima do que era esperado pelos analistas de mercado. A oferta, que representa um prêmio de 33% sobre o preço da ação do ABN Amro antes das negociações pela fusão terem sido anunciadas, prevê que a unidade do ABN nos Estados Unidos, o banco LaSalle, será vendida para o norte-americano Bank of America por US$ 21 bilhões.
Se o negócio for concretizado, o Barclays controlará 52% do novo banco e o ABN Amro 48%. A fusão prevê que o atual executivo-chefe do Barclays, John Varley, assuma o mesmo cargo na nova instituição. Arthur Martinez, atual presidente do ABN Amro, manterá esse posto no novo banco.
Os dois bancos calculam que, combinados, serão capazes de economizar 3,5 bilhões de euros até 2010. Cerca de 80% dessa redução de custos deve resultar de sinergias e o restante de melhoras no faturamento.
A fusão prevê um corte de 23.600 empregos dos 217 mil funcionários do "novo" Barclays, 12.800 mil vagas serão extintas e outras 10.800 serão transferidas para locais com custos de mão de obra mais baratos. O Barclays tem 123 mil funcionários e o ABN Amro 94, excluindo-se os empregados do banco La Salle.
{Costa}

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