Brasília
Marcelo TokarskiDo Correio Braziliense
O mercado de trabalho formal abriu recordes 399.628 vagas de janeiro a março deste ano, o que representa crescimento de 17,6% sobre o mesmo período de 2006. O volume de postos criados também supera os 347.392 abertos no mesmo período de 2004, até então o melhor primeiro trimestre da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992. Os números levaram o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a apostar que 2007 será o melhor ano para o emprego com carteira assinada no país. “Acredito que vai ser recorde histórico”, afirmou.
A alta é puxada pela indústria, com 110.448 vagas abertas, pelo setor de serviços (166.670) e pela agricultura (50.558). Estes dois últimos segmentos também registraram o melhor primeiro trimestre de toda a série. Na indústria, o desempenho perde para o mesmo período de 2004. Em março foram criados 146.141 empregos formais. Foi também o melhor desempenho para o mês.
Na avaliação do ministro Carlos Lupi, a vigorosa elevação do emprego formal já é reflexo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que sequer foi totalmente aprovado no Congresso. “O PAC começa a dar um balizador para a sociedade, começa a ser a locomotiva do crescimento”, afirmou. “Alguns serviços começam a ser executados para preparar o que vai acontecer”, sustentou.
No entanto, para a economista Cláudia Oshiro, da consultoria Tendências, o PAC ainda não se refletiu na geração de empregos. “O setor formal vem crescendo há muito tempo, fruto de uma economia aquecida”, afirmou. Para ela, o emprego está crescendo devido ao dinamismo da indústria e do setor de serviços. “É prematuro dizer que o PAC está gerando empregos”, rebateu.
Lupi confirmou mudanças em sua equipe. Para a Secretaria Executiva do ministério, convidou o ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT). A Secretaria de Políticas Públicas de Emprego será ocupada pelo também pedetista Sérgio Vidigal, ex-prefeito de Vila Velha (ES). O ministro também escolherá um substituto para a secretária de Fiscalização do Trabalho, Ruth Vilela, que pediu desligamento. Nas outras duas secretarias — Relações do Trabalho e Economia Solidária —, ocupadas por Luiz Antônio de Medeiros e Paul Singer, respectivamente, não haverá mudanças. Os dois foram indicados pelo presidente Lula.
{Costa}
Nenhum comentário:
Postar um comentário