Efe Reuters
Membros do Hamas mostram armas durante treinamento
GAZA - As Brigadas de Ezzedeen Al-Qassam, braço armado do grupo islâmico Hamas, anunciou formalmente nesta terça-feira, 24, a suspensão de um cessar-fogo firmado em novembro com Israel. Com a decisão, o grupo, que compõe o governo palestino, voltará a realizar ações contra o Estado judeu na Faixa de Gaza.
O anúncio foi feito pelo porta-voz das Brigadas, Abu Obaida, em comunicado lido a meios de comunicação na Faixa de Gaza.
O Hamas e a maior parte das facções armadas palestinas declararam em 26 de novembro uma trégua unilateral temporária em suas ações contra Israel lançadas a partir de Gaza, e que pretendiam estender também à Cisjordânia.
"O cessar-fogo terminou e Israel é responsável por seu fracasso, e não os palestinos", indicou Obaida no comunicado.
O braço armado do Hamas assumiu também nesta terça-feira a autoria do lançamento de foguetes e bombas da Faixa de Gaza contra o território israelense.
Em comunicado enviado à imprensa, as Brigadas de Ezzedeen Al-Qassam indicaram que o número total de foguetes Qassam disparados contra Israel foi de 20, e o de bombas, 75. Pelo menos dez foguetes Qassam e várias bombas caíram pela manhã sobre o território israelense procedentes do norte da Faixa de Gaza.
Segundo os meios de comunicação israelenses, alguns foguetes caíram em áreas abertas no deserto do Neguev, sem causar maiores danos ou deixar feridos.
Helicópteros da Força Aérea israelense dispararam vários mísseis contra as áreas utilizadas pelos milicianos palestinos para disparar os projéteis.
Fontes do Hamas indicaram que os ataques têm o objetivo de "reduzir a pressão sobre o norte da Faixa de Gaza", que o Exército israelense estuda invadir.
O Hamas exortou seus milicianos a retomar a violência contra Israel em resposta a uma série de operações militares israelenses realizadas na Cisjordânia e em Gaza, que mataram nove palestinos no fim de semana.
Desde que o Hamas chegou ao poder, há mais de um ano, a comunidade internacional mantém - com fissuras recentes - um boicote econômico e político ao governo palestino.
O Ocidente exige que o Hamas reconheça Israel, renuncie à violência e respeite os acordos já firmados com os israelenses.
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