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21 de abril de 2007

FortalezaGovernador Cid Gomes cobra rigor na investigação do caso

Fortaleza
Durante o lançamento dos editais para compra de equipamentos e veículos do Ronda no Quarteirão, o governador Cid Gomes classificou a série de execuções ocorrida nas últimas semanas como um caso de "pistolagem e queima de arquivo". "Há indícios de que um policial civil graduado tem prática repetida de queimação de arquivos. Embora um ou outro fale nessa coisa de grupo de extermínio, não é o que o caso aparentemente indica. Aí é uma coisa de pistolagem que é diferente de grupo de extermínio", disse.
Mesmo sem citar nomes, o governador fez referência ao delegado da Polícia Civil Roberto de Castro, que é investigado no caso Valter Portela. Ele disse que o governo anterior foi "conivente" ao lidar com esse assunto. "Foi aberto inquérito administrativo desde 1998 e até hoje, por uma liminar da Justiça, o Estado está impedido de demitir a pessoa (o delegado Roberto de Castro), está impedido de prosseguir no processo. É bem verdade que houve a determinação judicial e o Estado recorreu só em cima dela. Mas não conseguiu ganhar no tribunal e simplesmente parou. Ao meu juízo, foi conivente. Porque deveria ver o que há exatamente, reabrir o processo", afirma.
Cid Gomes ressaltou ainda que irá assumir uma postura rigorosa contra os desvios ocorridos na corporação. "Eu parto do pressuposto de que as pessoas são pessoas boas. Eu parto desse pressuposto até que me prove o contrário. Mas também, a minha disposição é firme, não duvide um milímetro disso, no sentido de coibir e coibir exemplarmente qualquer desvio de função", assegurou.
Falando sobre o Ronda no Quarteirão, o governador quer que exista uma "cumplicidade" entre o policial e a comunidade, mas isso só será possível, segundo ele, se "a comunidade tiver sinais muito claros de que os abusos cometidos terão uma resposta por parte do governo, da secretaria da Segurança e do Comandante da PM".
Para inibir práticas ilícitas, as viaturas do Ronda do Quarteirão terão câmeras instaladas. Elas serão acionadas a partir do início da ocorrência e deverão registrar a abordagem policial. As gravações poderão ser usadas para efeito de inquérito e investigação.
Além disso, com a tecnologia já existente, os carros poderão ser acompanhados pela central da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (novo nome do Ciops). Segundo o governador, o mesmo rigor será aplicado na seleção dos novos policiais militares. O perfil psicológico dos candidatos incluirá a análise do comportamento do futuro policial em sua família e na comunidade onde mora. (Ricardo Moura)
O POVO tentou entrar em contato com a advogada do delegado Roberto de Castro, Ninon Tauchmann, mas o telefone dela estava fora de área ou desligado.
{Costa}

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