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28 de abril de 2007

Advogado irmão de Medina é acusado de negociar sentença

DEPOIMENTOS O advogado Virgílio Medina, irmão do ministro Paulo Medina (do STJ), deve depor na 6ª Vara Criminal Federal no Rio, na próxima semana. Um dos detidos na Operação Furacão, o bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, está em hospital PAULO MEDINA, do STJ: suspeito (Foto: Divulgação/STJ)
O advogado Virgílio Medina retornou para o Rio de Janeiro, após ter sido notificado, em Brasília, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por crime de co-responsabilidade em corrupção na denúncia de envolvimento com a máfia especializada na venda de sentenças para beneficiar a máfia do jogo. Irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, Virgílio foi de manhã de Brasília para o Rio, onde deve depor na 6ª Vara Criminal Federal da capital fluminente na próxima semana.
Quinta-feira à noite, ele tinha voltado para Brasília, onde foi notificado pelo STF pelo co-responsabilidade em corrupção. Ele foi preso no dia 13 com mais 24 pessoas acusadas de envolvimento com a máfia do jogo. Segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF), Paulo Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão (por meio de seu irmão Virgílio) uma liminar concedida em 2006 e depois cassada pelo STF.
Com essa liminar, foram liberadas 900 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas em Niterói (RJ). O advogado de Virgílio, Renato Tonini, informou que agora seu cliente está sendo processado em dois tribunais diferentes. Antes de notificar Medina, o relator do inquérito no STF, Cezar Peluso, havia desmembrado o inquérito em dois.
O bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, foi transferido ontem para o Hospital Penitenciário de Bangu, Zona Oeste do Rio, para exames médicos. Os exames foram solicitados pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio. De posse dos resultados, a juíza deve avaliar o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados de Turcão.
Entre os exames a serem realizados estão os testes neurológico, circulatório e de apnéia.
Turcão foi detido no dia 13 durante a Operação Furacão da Polícia Federal. Ele foi transferido quinta-feira de Brasília para o Rio, onde depôs para a juíza Ana Paula.
Após o depoimento, foi transferido com os demais acusados para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, no bairro de Benfica, Zona Norte do Rio. Após a tomada de todos os depoimentos, os acusado serão transferidos para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).Quinta, antes de depor, Turcão chegou a passar mal.
A juíza conduziu ontem, por seis horas, a segunda série de interrogatórios dos presos na Operação Furacão. Júlio César Guimarães Sobreira, sobrinho do contraventor Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, optou por permanecer em silêncio. O advogado dele, Nélio Machado, queixou-se da falta de um encontro reservado com o cliente.
Foi num imóvel de Sobreira que a PF encontrou quase R$ 10 milhões escondidos atrás de uma parede falsa. Machado disse que ele explicará a origem do dinheiro em momento oportuno. Os outros dois interrogados, Paulo Roberto Ferreira Lino e José Renato Granado Ferreira, negaram participação no esquema de compra de sentenças judiciais em benefício de casas de bingo.
(das agências de notícias)
{Costa}

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