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O memorial Yad Vashem de Jerusalém recebeu com "comoção e decepção" a negativa do representante do Vaticano em Israel de assistir na próxima semana às cerimônias da Shoah nesse museu, uma ausência que o núncio atribuiu a seus desejo de respeitar a memória do Papa Pio XII.
"Fico aborrecido em ir a Yad Vashem e ver como Pio XII é representado lá", declarou o monsenhor Antonio Franco, núncio apostólico em Israel, falando nesta quinta-feira à agência de notícias dos bispos italianos, SIR, confirmando assim a informação publicada por um jornal israelense.
"Estamos abalados e decepcionados porque o representante do Vaticano em Israel tenha escolhido não respeitar a memória da Shoah (Holocausto)", assinala uma nota da Entidade para a Recordação dos Mártires e Hérois do Holocausto (Yad Vashem).
Pio XII, que estava à frente a Igreja católica entre 1938 e 1958, aparece numa imagem exposta em uma das salas do museu, inaugurado em 2005, e cuja legenda faz menção ao controvertido trabalho do Papa frente ao regime nazista.
Muitos historiadores destacam a passividade de Pio XII na época, enquanto o Vaticano enfatiza suas intervenções para tentar salvar os judeus de Roma da deportação quando a cidade foi ocupada pelas tropas de Hitler.
AFP
{Costa}
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