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18 de abril de 2007

Dossiê mostra ligação do Judiciário com máfia

Agencia Estado
Ao longo de suas 2.878 páginas distribuídas em 12 volumes recheados de grampos, relatórios e documentos apreendidos, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal descrevem uma organização criminosa claramente associada ao Judiciário e dedicada a pagar propinas em troca de decisões judiciais favoráveis aos interesses de proprietários de locadoras de máquinas de videopôquer, caça-níqueis e casas de bingo. Na sexta-feira, a Operação Hurricane (Furacão) prendeu 25 pessoas, entre juízes, policiais, advogados e bicheiros.
O relato da investigação, obtido pelo "Estado", mostra que a PF conseguiu mapear uma rede de negociações entre intermediários dos bicheiros e bingueiros e o advogado Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, além de outros expoentes do Poder Judiciário.
Conforme os grampos telefônicos, Virgílio chegou a pedir R$ 1 milhão - depois reduzido para R$ 600 mil - para obter de seu irmão ministro uma decisão favorável à empresa Betec Games, dona de caça-níqueis apreendidos por decisão judicial no Rio. No inquérito, a PF aponta que Virgílio Medina, preso pela PF, atuou ?com o único propósito de fazer a intermediação e negociação da decisão a ser proferida por seu irmão?. O ministro Medina concedeu decisão favorável à empresa.
As informações são de O Estado de S.Paul
{Costa}

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