Policiais, pistoleiros e empresários são suspeitos de participar dos crimes
Solange Spigliatti
SÃO PAULO - Pelo menos 20 pessoas haviam sido presas até o início da tarde desta quinta-feira, 12, durante a Operação Aveloz da Polícia Federal (PF), que tem como objetivo desarticular uma quadrilha formada por policiais, pistoleiros e empresários que atuavam na área de Caruaru, agreste do Estado.
Durante as investigações, iniciadas na primeira quinzena de fevereiro, a PF constatou que uma média de três a quatro homicídios eram cometidos semanalmente pelos criminosos, produzindo a estatística de aproximadamente 200 homicídios por ano. Os preços das "encomendas" variavam de 1.000 a 5.000 reais.
A quadrilha atuava de diversas maneiras, como uma "empresa do homicídio", que atendia a uma variada demanda de empresários, agiotas, pessoas contrariadas e desafetos em geral. Durante a operação serão cumpridos mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão, de quebra de sigilo bancário e fiscal, de bloqueio de contas correntes, e seqüestro de bens, na região do agreste pernambucano, no Pará e em Alagoas.
São alvos de prisão dois dos principais mandantes, que também funcionavam como financiadores dos crimes; e policiais militares, com patentes de soldado a sargento. Os policiais chegavam antecipadamente à cena do crime, desfazendo os vestígios do homicídio, para garantir a impunidade dos cúmplices.
A operação está sendo executada por policiais federais do Comando de Operações Táticas da PF e cerca de 350 policiais das superintendências do DPF em Pernambuco, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte, todos coordenados pela Superintendência da Polícia
Federal em Pernambuco.
{Costa}
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