Resultados de Pesquisa

.

12 de abril de 2007

Sem-terra devem deixar o Incra esta manhã

Os cerca de 500 integrantes do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) devem desocupar a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife no início da manhã de hoje. Um ônibus do Batalhão de Choque está estacionado nas imediações do prédio, mas espera-se que a ação policial não aconteça, uma vez que os sem-terra prometem sair do local de forma ordenada e pacífica.
Uma liminar da Justiça determinou a desocupação sem necessidade de intervenção policial, em até oito horas após a comunicação da decisão, feita às 19h10 de ontem. A superintendente do Incra, Maria Oliveira, informou às 23h59 de ontem o fechamento de uma negociação, dez minutos antes, entre o MTL e o titular da Ouvidoria Agrária Nacional, Gersino José da Silva. Pelo acordo, após a retirada da sede, será entregue uma pauta de reivindicações numa reunião entre os representantes do movimento e o Incra, às 10h.
Apesar do fechamento da negociação, a superintendente Maria Oliveira afirmou que mesmo tendo sido solicitada a sentar à mesa com os representantes do MTL, ainda não decidira que atitude tomar. "Não é revanche não. É algo que tenho aprendido com eles", disse. Antes, já havia se recusado a participar da negociação. "Do mesmo jeito que eles me desrespeitaram, não quero estar presente neste momento", salientou, acompanhando à distância. Na sede, ninguém aceitava dar entrevista. Pelo telefone, Maria José se recusava a dar detalhes das reivindicações do MTL. Maria Oliveira havia adiantado que nada ocorreria à noite porque uma lei federal proíbe que as desocupações ocorram entre as 18h e 6h. Se ocorresse, acrescentou, a ação seria comandada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar.
O MTL ocupou a sede do Incra na segunda-feira, horas antes de bloquear a avenida Rosa e Silva, às 16h30, provocando congestionamentos nos Aflitos e em bairros vizinhos como Derby, Espinheiro, Graças e Parque Amorim. Dois veículos do Incra foram retirados da garagem e colocados na área pública porque havia informação de que seriam incendiados. O MTL reivindicava a substituição da superintendente, alegando que não tinham mais como negociar com ela. Não ajudou em nada o movimento pela reforma agrária, pelo contrário", avaliou.
Da Redação do PERNAMBUCO.COM, com informações do Diario de Pernambuco
{Costa}

Nenhum comentário: