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14 de abril de 2007

Dengue avança 33% em 15 dias

Agencia Estado
Em 15 dias, um aumento de 33% dos casos de dengue no Estado foi computado pela Secretaria Estadual de Saúde, passando de 15.237 para 20.341 registros. Subiu também o número de pessoas infectadas pela forma mais grave da doença, a hemorrágica, com 14 ocorrências, frente a cinco no balanço anterior. No mesmo período de tempo, a única morte provocada pelo mosquito Aedes aegypti saltou para seis óbitos no total.
Para conter o avanço da dengue nos municípios paulistas, o governo estadual aposta agora em um batalhão de agentes, formado por 60 técnicos em saúde, além de apoio de policiais militares. Batizados pela secretaria de Esquadrão Antidengue, os profissionais, todos uniformizados, vão atuar nas cidades com os piores quadros de infecção, a partir desta segunda-feira, nebulizando as casas com inseticida.
O primeiro município escolhido para receber o esquadrão foi Sumaré, interior do Estado, próximo à região de Campinas, com 526 casos confirmados. Cada operação dura cinco dias. Programamos as nossas ações em cidades que estão com dificuldade em fazer frente à transmissão da doença, afirmou o pesquisador científico da Superintendência de Controle de Endemia (Sucen), Ricardo Ciaravolo.
A próxima cidade a receber a força-tarefa deve ser Hortolândia. Mas não há um cronograma fixo, porque varia de acordo com o levantamento epidemiológico de cada quinzena. Ciaravolo não descartou que o Esquadrão Antidengue venha para capital, apesar de o município ainda não estar incluído na lista.
A quantidade de casos de dengue em paulistanos também cresceu na última semana. Os novos dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram 162 casos autóctones - contraídos na própria cidade. Na semana passada, eram 112 registro, um crescimento de 44%.
Além do Esquadrão Antidengue, a pasta estadual de saúde também anunciou a contratação de 120 pessoas para auxílio às prefeituras contra a dengue. O edital do concurso público será publicado em 10 dias no Diário Oficial do Estado e terá vagas para 90 desinsetizadores, 20 motoristas, nove oficiais administrativos e um engenheiro. Os salários variam de R$ 864,95 a R$ 2.804,05. Reforçamos o combate, mas precisamos do apoio populacional, diz o pesquisador. Cerca de 80% dos criadouros dos mosquitos estão dentro dos domicílios.
{Costa}

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